quinta-feira, 30 de junho de 2011

AARON CARTER SE DIZ VÍTIMA DE MICHAEL JACKSON

O cantor Aaron Carter (Foto: Divulgação/Myspace do artista) 
 
Aaron Carter (Foto: Divulgação/Myspace do artista)


O cantor Aaron Carter, irmão do vocalista dos Backstreet Boys Nick Carter, revelou à revista australiana "OK Magazine" que Michael Jackson ofereceu para ele cocaína e vinho quando tinha apenas 15 anos. "Nunca falei sobre isso, é a primeira vez. Sinto falta de Michael, passei momentos incríveis ao seu lado. Fiz coisas com ele que ninguém sabia", revelou. "Ele me deu vinho. 


Quero dizer, eu poderia ter recusado, mas tinha 15 anos. Drogas? Ele me deu cocaína. Me sentia estranho sobre isso e outras coisas", continuou. O artista, hoje com 23 anos, afirmou à publicação que "passava horas" ao lado de Michael no telefone. "Eu o admirava muito, mas seu comportamento me chateava muito. Então foi aí que minha mãe chamou a polícia".


Alccy Marthins

OBESIDADE PODE SER UM TRANSTORNO SOCIAL

O vendedor Leonardo Rodrigues Oliveira, de 29 anos, sempre teve um sonho: de um dia poder trabalhar como bombeiro. Mas para tornar o sonho realidade ele teve de recorrer à Justiça. Leonardo foi reprovado por ter Índice de Massa Corporal (IMC) sete pontos acima do exigido no concurso, que era 28. O IMC é calculado dividindo o peso pela altura ao quadrado. Com 1,78 m de altura e pesando 110 kg na época dos exames, Leonardo não se considera gordo. Mas após os exames afirma que ficou preocupado. "Fiquei com esse negócio na cabeça e por causa disso me senti gordo”, desabafa o vendedor.


Para participar do processo seletivo que saiu em 2009, Oliveira conta que deixou o emprego para se preparar. “Meu sonho é ser bombeiro. Foram três meses estudando direto e me preparando para a prova física uns cinco meses”, conta o candidato. Ele relata que passou pelos testes escrito e psicológico normalmente. O problema surgiu no exame de saúde. O vendedor conta que foram exigidos aproximadamente 20 exames a todos os candidatos, todos por conta dos inscritos, que deveriam entregar os laudos dentro de um prazo de 20 dias. “Era o dia inteiro fazendo exames. Uma correria total”, resume Oliveira. “Eles conferiram na hora o resultado dos exames e foi aí que fizeram a medição do IMC. O máximo era 28 e eu tinha 35. Eles me disseram 'você está fora'. Foi aí que o desespero tomou conta”, afirma Oliveira. O vendedor sempre foi acostumado a frequentar academias e tem grande massa muscular. Sentindo-se injustiçado, procurou um advogado e, com uma liminar obtida na Justiça, continuou no processo seletivo para provar que era capaz de atuar na profissão.

Outros testes
A etapa seguinte, segundo ele, eram os testes de preparação física. Oliveira foi avaliado em testes de barra, apoio, abdominal, natação, corrida e força. Em todos eles, de acordo com o candidato, obteve aprovação e pontuação excelentes. “Fiz 12 barras quando o mínimo era uma. Cinquenta apoios quando o mínimo era cinco”, conta. Depois de concluir e ser aprovado, aguarda o anúncio da convocação para, enfim, entrar para o Corpo de Bombeiros. Oliveira ficou em 164º lugar. Os 104 primeiros já foram chamados e se formaram bombeiros no final de 2010.  Os 87 remanascentes devem ser chamados ainda dentro do prazo de validade do concurso público.

Justiça
O advogado de Oliveira, Paulo Belarmino de Paula Júnior, explica ter entrado com mandado de segurança contra a Escola de Governo (Escolagov), órgão público responsável pela seleção. O estado chegou a recorrer e teve o recurso negado. O mandado de segurança, que permitiu que Oliveira fizesse todas as etapas do processo seletivo, será julgado pela 3ª Turma Cível. Inicialmente, a audiência estava prevista para o último dia 20 de junho, mas, a pedido do relator do processo, foi remarcada para 18 de julho. Caso a decisão seja favorável ao candidato, o estado poderá recorrer novamente. O advogado considerou inconstitucional a exclusão do candidato em função do IMC. “Esse parâmetro, na verdade, é inutilizado até mesmo pelos profissionais da saúde. Ele não mede o índice de massa corpórea”, explica o advogado.

UltrapassadoA nutricionista Andreia Gomes Martins João explica que o Índice de Massa Corporal é calculado dividindo o peso pela altura ao quadrado. Segundo ela, o resultado não aponta com precisão a existência de gordura no corpo. “O IMC não consegue distinguir o que é massa magra, massa gorda, água e tecido ósseo. Ele não é um parâmetro muito bom para ser utilizado principalmente por bombeiros, que são homens ativos, que fazem atividades físicas intensas e têm massa magra maior”, explica Martins. O cálculo da massa corporal por meio do IMC, na opinião da nutricionista, tornou-se popular por ser mais fácil, quando o método mais eficiente, chamado composição corporal, utiliza fórmulas e análise mais complexos. “A composição corporal separa todos os tipos de tecidos. È feita mediante medição de certas dobras do corpo”, resume Martins.



Alccy Marthins

sábado, 25 de junho de 2011

MARINA SILVA: QUAL SERÁ SEU DESTINO?

Marina Silva, a mulher de saúde frágil que aprendeu a ler aos 16 anos e quase virou freira, sonha em ser presidente do Brasil. Acriana do vilarejo de Breu Velho, pobre e filha de seringueiros, Marina entrou na política em 1985, aos 27 anos, por influência do ambientalista Chico Mendes, com quem fundou o PT no Estado. A militância em favor dos seringueiros a levou rapidamente à Câmara de Vereadores de Rio Branco e, em seguida, à Assembleia do Acre. Em 1994, aos 36 anos, tornou-se a senadora mais jovem da história do país. Sempre com a causa verde na ponta de sua afiada retórica, em 2003 Marina virou ministra do Meio Ambiente do governo Lula – e começou a cobiçar a Presidência da República. No PT, porém, suas chances de disputar o cargo seriam nulas.



Em nome da utopia, Marina fez uma escolha pragmática. Convidada a ser candidata à Presidência, aceitou filiar-se ao Partido Verde, o PV, uma pequena legenda identificada não apenas com a agenda ambientalista – mas também com propostas liberais, como a legalização da maconha e do aborto. Marina, que se convertera à religião evangélica em 1997, ignorou as latentes tensões entre suas convicções religiosas e as posições liberais da plataforma verde. Apesar do bom desempenho na campanha presidencial do ano passado, não deu certo. Dois anos e 19,5 milhões de votos depois, Marina decidiu: deixará o PV. O anúncio ocorrerá nesta semana.


A união entre Marina e o PV começou com promessas e terminou em desilusões. Desilusões produzidas, sobretudo, ao sabor das inevitáveis divergências de uma campanha eleitoral. Marina e o PV, especialmente por meio de seu presidente, José Luiz Penna, discordaram em quase tudo nas eleições. Aos poucos, sua campanha separou-se da estrutura do partido. Os problemas começaram na arrecadação de dinheiro. O vice da chapa, o empresário e fundador da Natura, Guilherme Leal, centralizou os trabalhos de coleta de recursos. Os tradicionais arrecadadores do PV se incomodaram com a resistência de Leal aos métodos tradicionais – e heterodoxos – de financiamento de campanhas no Brasil, do qual o partido nunca foi exceção. Um dos dirigentes do PV conta como anedota o dia em que Marina mandou devolver uma mala de dinheiro “não contabilizado”, em linguajar delubiano, ao empresário paulista que o havia enviado.


O segundo ponto de atrito entre Marina e o PV deu-se em razão da entrada de líderes evangélicos na organização política da campanha. Pastores da Assembleia de Deus, igreja de Marina, influenciavam decisivamente na elaboração da agenda da candidata. A força deles no comando da campanha não casava com o perfil histórico do PV. Se em sua plataforma e em seu discurso o PV era favorável à legalização da maconha, do aborto e do casamento gay, era uma clara incoerência que sua candidata à Presidência se colocasse contra essas posições. O PV temia perder o eleitorado urbano, moderno, descolado. As lideranças evangélicas argumentavam que isso não seria um problema e prometiam trazer 40 milhões de votos para a candidata, caso a campanha se voltasse aos eleitores evangélicos.
 
Marina quer criar um partido para concorrer novamente à Presidência nas eleições de 2014. Era tão difícil conciliar a dualidade entre os evangélicos de Marina e os liberais do PV que, até o meio da campanha, Marina cumpria duas agendas: uma política, com as tradicionais visitas a prefeitos e comícios, e outra religiosa, que incluía reuniões em igrejas com pastores. Marina sofria pressão dos evangélicos para que não visitasse terreiros de umbanda e candomblé. Na pré-campanha, ela aquiesceu. Em seguida, porém, a candidata foi convencida a gastar menos tempo com os eventos religiosos – e mais em busca de votos.


Ao longo da campanha, Marina não abdicou dos jejuns religiosos que costuma fazer pelo menos uma vez por mês. Alguns próceres do PV consideram os jejuns uma irresponsabilidade de Marina, em função de sua instável saúde – ainda jovem, ela foi contaminada por metais pesados e acometida por graves doenças, como malária e hepatite. Em entrevista a ÉPOCA, há um mês, ela se irritou diante de uma pergunta sobre esse tipo de crítica. “A minha vida espiritual é assim desde que me entendo por gente. Se um critério para ser do PV é abandonar minha vida espiritual, então já sei pelo que vou optar. Vivo a minha fé e visitar igrejas faz parte da minha fé. Sou missionária da Assembleia de Deus”, disse Marina.


O terceiro motivo para o desgaste entre Marina e o PV foi político. Apesar de ter rompido com o PT, Marina mantém uma relação ambígua com o ex-presidente Lula. Suas recusas em criticar Lula publicamente durante a campanha provocaram estremecimentos entre a candidata e Guilherme Leal. Leal é simpático ao PSDB e doou dinheiro para a campanha do tucano Geraldo Alckmin à Presidência, em 2006. Por outro lado, Marina contrariou aliados ex-petistas quando decidiu não usar uma campanha em vídeo preparado por seu marqueteiro cujo slogan era “Marina, a verdadeira sucessora de Lula”. “A campanha era maravilhosa, impactante, contava a trajetória de vida dos dois, a proximidade deles”, diz um aliado. Marina mantém sua decisão: “Acho pretensioso, poderia parecer pretensioso (o vídeo). Eu tenho muita consciência do meu tamanho”.


O resultado da eleição confirmou que Marina é, ao menos em votos, a maior terceira via que o país já teve desde a redemocratização. Confirmou, também, que não havia lugar para Marina no PV – e no PV para Marina. “Não houve nenhuma sinalização do PV de que os compromissos com ela serão cumpridos, então não há condições de que ela permaneça filiada”, afirma João Paulo Capobianco, coordenador da campanha de Marina. Ele a acompanhará na desfiliação nesta semana, ao lado de outras lideranças do PV. A saída do partido não significa que Marina desistiu do sonho de ser presidente. Ela pretende criar um partido para se candidatar novamente, em 2014.



Alccy Marthins

LEI 12.403 ALTERA O CÓDIGO DE PROCESSO PENAL BRASILEIRO

A nova lei que regulamenta a prisão deve obrigar juízes a rever mais de 200 mil casos em todo o país. Esta é a opinião de especialistas ouvidos pelo G1 sobre as mudanças previstas na Lei 12.403, que altera o Código de Processo Penal e entram em vigor no dia 5 de julho. Para juristas, a norma pode beneficiar presos provisórios e detidos em flagrante.

A partir de agora, a prisão preventiva está proibida para crimes com penas inferiores a 4 anos, como os furtos simples, crimes de dano ao patrimônio público, entre outros, desde que o acusado não seja reincidente. A prisão em flagrante também não servirá mais para manter um suspeito atrás das grades, como hoje acontece. Além disso, os valores para fianças aumentam e serão revertidos, obrigatoriamente, em favor das vítimas de criminosos condenados.


“É uma lei que permite separar o joio do trigo, quem deve ficar preso e quem não deve”, afirma o ex-juiz e criminalista Luiz Flávio Gomes. “O Brasil é um dos últimos países a ter essa lei. Nem todo mundo tem que ir preso. Os casos vão ser analisados um a um. Se o preso é primário, a facilidade vai ser maior. Para crimes violentos, é cadeia e não tem conversa, não tem liberdade”, afirma. "Não existe isso de soltar bandido perigoso, isso não vai acontecer."


O preso provisório, aquele que ainda aguarda o fim do processo, ou seja, o que está detido mesmo sem ter sido condenado, pode requerer a revisão da prisão se o caso se enquadrar na nova lei. Segundo dados do Ministério da Justiça, até dezembro de 2010, eles representavam 44% do total do país.
 
 
Presos provisórios no país (Foto: Arte/G1)

'Triste de ver'
A norma, na opinião de juristas, deve servir para impedir prisões como a de Paula (nome fictício), detida furtando em um supermercado. Entre os objetos estavam velas, pratinhos e garfinhos de aniversário. “A filha, que fazia aniversário, não parava de perguntar pela mãe, que estava na prisão. O marido dela veio aos prantos, porque ela tinha 40 e poucos anos e era primária. A Promotoria disse que tinha visto muitos casos assim e foi contra a liberdade, alegando que era para garantir a ordem pública. Ela passou o final de semana presa. É muito tempo. Só depois a juíza soltou”, critica a defensora pública Virgínia Sanches Rodrigues Caldas Catelan, sobre um dos casos mais marcantes que atendeu.


Catelan é coordenadora da Defensoria Pública no Dipo (Departamento de Inquéritos Policiais) de São Paulo. É lá onde são lavrados todos os flagrantes da capital paulista e também onde são atendidas as famílias dos presos assim que tomam conhecimento dessas prisões. “É uma rotina bem pesada. As famílias chegam nervosas, nem sabem por que o parente foi preso. A gente brinca que aqui é o pronto socorro da defensoria", diz ela. A média é de mil atendimentos por mês, e quase 2 mil flagrantes.

Crimes para os quais não haverá mais prisão preventiva
Furto simples, dano, apropriação indébita, receptação, violação de direito autoral, ato obsceno em local público, bigamia, falsidade de atestado médico, resistência à prisão, desacato, entre outros
 
 
 
Segundo Virgínia, a maioria são crimes patrimoniais e pequenos furtos. “Furtos de óleo, de pares de tênis. São casos de pessoas que estavam desempregadas. O que tem de furto de produtos de higiene... Coisas que, para o cidadão comum, que só pensa no grande ladrão, não existem. São furtos de sabonete, deixa a gente triste de ver”, afirma. "A esperança é que essa lei sirva para não mandar mais esse tipo de pessoa para as cadeias." Em outro dos casos que chegou ao Dipo, um senhor, aos seus 50 anos, ficou duas semanas preso por furto e classificado como mendigo após ter tentado abrir a porta de um carro. “Dois dias depois da prisão, o filho dele veio e contou que o pai tinha problema de saúde e desapareceu de casa e que tinha tentado abrir a porta do carro para dormir. Ele ficou muito tempo preso, mais de duas semanas, porque foi véspera de um feriado”, conta a defensora.


Há ainda os que correm perigo na prisão. Um jovem preso porque estava na mesma rua onde havia ocorrido um furto à residência precisou de atenção especial. Portador de um transtorno, o jovem insistia em afirmar que tinha uma irmã policial militar em meio aos colegas de cela. “Ele ficou com vários outros presos, mais ou menos uma semana preso. Tivemos que correr pra que ele não fosse pra um centro de detenção provisória, e sim, para outro distrito, só com parentes de policiais, sendo que ele não precisaria estar preso nenhum dia”, afirma. “Foi um pouco desesperador.”

Soltura em massa
Para o defensor público Patrick Cacicedo, coordenador do Núcleo Especializado de Situação Carcerária na Defensoria Pública de São Paulo, a lei pode ajudar a diminuir a superlotação nas cadeias brasileiras. Segundo ele, a grande maioria das prisões provisórias no país é mal fundamentada.
Relação entre presos e vagas disponíveis em presídios no país (Foto: Arte/G1)


“Posso dizer categoricamente que a regra absoluta é de prisão de pessoas presumidamente inocentes. Esse número de presos provisórios no país é um verdadeiro escândalo. A prisão preventiva é banalizada no Brasil, quando ela deveria ser exceção”, critica. "O que se vê é que essa é uma lei que foi necessária diante de uma ilegalidade. A Defensoria está se preparando para fazer valer o cumprimento dessa lei”, adianta.


Marivaldo Pereira, secretário de Assuntos Legislativos do Ministério da Justiça, admite que há muitos casos em que o preso acaba cumprindo uma pena muitas vezes maior do que a sentença, mas acredita que a lei não deve causar uma soltura em massa de presos. "Me assusta um pouco esse argumento de que vai ter uma soltura em massa. Pode gerar um certo pânico. Vai ser uma análise criteriosa, e não vai ter nenhum prejuízo para a sociedade. Muito pelo contrário”, afirma.


O secretário também critica quem considera que a lei trará impunidade e nega que a norma restringirá a prisão preventiva. "O objetivo central dessa lei é criar instrumentos além da prisão preventiva, para que o juiz consiga garantir a ordem pública. A prisão tem que ser aplicada em último caso. Se de fato o suspeito representa um risco, o juiz vai poder continuar determinando a prisão", afirma.

Principais mudanças trazidas pela lei:
Antes Depois
O código previa prisão ou liberdade provisória Passa a prever hipóteses de medidas cautelares além da prisão
O flagrante delito e sentenças condenatórias respaldavam a prisão (art. 282) A nova lei exige adequação das medidas à gravidade do crime e, em último caso, decretar a prisão preventiva
Presos provisórios deveriam ser separados dos definitivamente condenados (art. 300) Lei acrescenta a expressão "sempre que possível"
O juiz deveria ouvir o Ministério Público sobre uma prisão em flagrante para decidir se liberaria o detido (art. 310) Agora o juiz deve, imediatamente ao receber o auto de prisão, decidir: relaxar a prisão ilegal, converter o flagrante em preventiva, ou conceder liberdade provisória, com ou sem fiança
A prisão preventiva era cabível a todo tipo de crime doloso (art. 313) Passa a ser possível somente para crimes dolosos punidos com pena privativa de liberdade máxima superior a 4 anos
Não havia medidas cautelares além da prisão Acrescenta como medida cautelar: proibição de acesso ou frequência a determinados lugares; de manter contato com pessoa determinada; de ausentar-se da Comarca; recolhimento domiciliar no período noturno quando tiver residência e trabalho fixos; suspensão do exercício de função pública ou de atividade de natureza econômica; internação provisória; fiança e monitoração eletrônica
Fiança é permitida em casos punidos com detenção e prisão simples, com pena superior a 2 anos, contravenções, crimes que provoquem clamor público, entre outros
Valor de 1 a 5 salários mínimos (pena até 2 anos); de 5 a 20 salários mínimos (até 4 anos); e de 20 a 100 (pena superior a 4 anos)
Prevê casos em que não é concedida fiança, como racismo, tortura, tráfico de entorpecentes, entre outros, e arbitra novos valores: de 1 a 100 salários mínimos (pena menor de 4 anos); e de 10 a 200 salários mínimos (superior a 4 anos), e leva em conta a situação econômica do preso
Fiança ficaria sujeita a ser revertida à indenização do dano se o réu for condenado (art. 336) Fiança servirá necessariamente para esse fim

“A lei só vale para crimes como furtos simples, apropriação indébita simples, réus primários, coisas realmente não relevantes, que não justificam uma prisão”, avalia Luiz Flávio Gomes. “O casal Nardoni, por exemplo, seria preso mesmo com essa lei. Não existe esse argumento.”


Monitoramento e fiança
A lei prevê nove novas maneiras de medida cautelar além da prisão. Entre elas, estão o comparecimento perante o juízo, a proibição de frequentar certos locais, proibição de manter contato com determinadas pessoas, de se ausentar de uma cidade, ter de ficar em casa durante a noite e o monitoramento eletrônico. Outro ponto positivo apontado é o pagamento de fiança, que pode chegar a cem salários mínimos (para penas inferiores a 4 anos) e 200 salários mínimos (penas superiores a 4 anos). O valor pode chegar até R$ 109 milhões. “Em crime de corrupção, pode aplicar a fiança e recuperar o dinheiro para o poder público”, diz Gomes. “A vítima, até hoje esquecida, também pode ter garantido no futuro o direito à indenização.”


O ex-ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Sydney Sanches, também considera que a nova lei não restringe as hipóteses em que a prisão é necessária. “Essa lei traz outras formas de cautelar aos juízes. Antes, eles tinham que prender ou soltar. Agora, vão poder aplicar medidas mais proporcionais em relação a esses crimes de menor potencial”, afirma. “A lei não traz impunidade, muito pelo contrário, ela flexibiliza a ação do juiz”, complementa o procurador de Justiça aposentado Antonio Scarance Fernandes, professor de Direito Processual Penal na Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo.
 
 
 
O secretário do Ministério da Justiça defende ainda que haverá uma melhoria econômica e social. “Para cada acusado que não vai para a prisão, tem um ganho financeiro, porque cada preso custa hoje R$ 1.800 para o estado, e há também um ganho social, porque ele não vai mais ser jogado nos presídios, onde a chance de se tornar uma pessoa pior é muito grande.” Para a defensora pública, a nova lei não traz novidades, mas sim, deixa explícito o que já previa a Constituição Federal e deveria estar sendo respeitado. “Tenho esperança de que isso ajude nesses casos. Estamos participando de debates para traçar uma estratégia de ação. A lei tornou mais claro que a prisão cautelar é exceção, e a liberdade, é a regra.”

Desigualdades
Um dos problemas abordados por juristas, porém, é que a lei não deve diminuir a desigualdade entre ricos e pobres nas cadeias brasileiras. “Não muda o cenário. Essa lei favorece inclusive o rico, na medida em que cabe fiança muito alta. Ele paga fiança e vai embora. Por outro lado, muito pobre deixará de ir para a cadeia”, avalia o Luiz Flávio Gomes.

Para o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Gilmar Mendes, apenas uma lei não resolverá o problema. “É preciso fazer com que o Estado de Direito funcione. Não basta uma reforma na lei. O CNJ [Conselho Nacional de Justiça, que realiza mutirões carcerários para acelerar os processos de presos provisórios que aguardam um julgamento] encontrou casos de presos há 14 anos, provisoriamente”, afirma. “Temos múltiplas razões de demora, de retardo no processo, excesso de recurso, falta de gestão. É preciso que a Justiça Criminal dê uma resposta no tempo adequado, mas, sobretudo, é preciso uma mudança de cultura, com mais alternativas e mecanismos”, defendeu o ministro.


Alccy Marthins

quarta-feira, 22 de junho de 2011

POLICIAIS MILITARES DO CEARÁ SÃO AGRESSORES PROFISSIONAIS

Quatro policiais militares do Ceará foram afastados da corporação nesta terça-feira (21) por envolvimento na agressão de um jovem de 22 anos. O comandante da operação, um cabo e dois soldados foram flagrados, em imagens divulgadas hoje pela TV Jangadeiro –afiliada do SBT em Fortaleza–, aplicando vários golpes com um cassetete no frentista Carlos Renan da Silva.



Nas imagens, Silva estava em frente à casa de sua ex-mulher, no bairro Conjunto Palmeiras, periferia de Fortaleza e tentava ver o filho. Na época da gravação, em agosto do ano passado, o menino tinha um ano e meio. A ex-companheira não permitiu que o frentista encontrasse a criança e chamou a polícia. Os militares, então, pediram para que o rapaz se retirasse e, com a negativa, começaram a ameaçá-lo. “Tu já ouviu falar que tem cidadão que pede para apanhar da polícia? (...) Tu sai daqui quebrado. Se tu fosse vagabundo, tu já tava na peia. Mas a gente ta vendo que tu é um cidadão, aparentemente, e nós temos que resolver na maior tranquilidade”, diz um dos policiais.


Mesmo com as ameaças, o frentista permanece irredutível. Os policiais então começam a desferir golpes em Silva. Um dos policiais chega a atingir a cabeça do homem, que parece desmaiar. Três militares aparecem no vídeo. O quarto policial, de acordo com o relações públicas da PM do Ceará, tenente-coronel Fernando Albano, gravava as imagens a partir de seu celular.


Os quatro envolvidos prestaram depoimento na tarde de hoje. “Todos eles vão fazer parte de um processo administrativo disciplinar que vai ser aberto, e eles já foram afastados”, afirmou. A polícia tem 45 dias até a conclusão das investigações. O processo pode resultar na expulsão dos quatro militares.“Um episódio nessa natureza não comunga com a realidade da PM do Ceará”, alega o tenente-coronel.


A mãe do frentista agredido, Maria de Lurdes, disse que o filho não quer comentar o caso, por enquanto. Segundo ela, foi com surpresa que a família recebeu a notícia da divulgação do vídeo. “Meu filho chegou a registrar B.O (boletim de ocorrência) na época, mas não deu continuação à denúncia de agressão”, informa. A dona de casa informou que o Carlos Renan está confuso com a divulgação das imagens. “E hoje ele já pode ver o filho”, conta a mãe.


Na verdade a polícia militar tenta mascarar as suas ações perante a população, certo que quando encontra pessoas desprotegidas que não tem uma ação violência ou ação repressora de modo que policiais desses tipo, a sociedade não precisa necessitamos de pilicias competentes e coerentes com suas ações.


Alccy Marthins

terça-feira, 21 de junho de 2011

BAN KI-MOON REELEITO SECRETÁRIO - GERAL DA ONU





A Assembleia Geral da ONUaprovou nesta terça-feira (21), por unanimidade e aclamação, um segundo mandato de cinco anos para o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon. O segundo período do sul-coreano à frente do organismo começa em 1º de janeiro de 2012. O ex-chanceler sul-coreano, de 67 anos, está no cargo desde janeiro de 2007, quando substituiu Kofi Annan.


Ban Ki-moon, secretário-geral da ONU (Foto: Reuters / via BBC)
Ban Ki-moon, secretário-geral da ONU (Foto: Reuters / via BBC)
 
 
 
Alto, mas de aspecto frágil e voz suave, Ban Ki-moon tem uma carreira diplomática de 41 anos, que inclui 15 missões relacionadas com as Nações Unidas. Ele chegou à liderança da ONU depois de uma reforma para que a instituição fosse mais eficiente, menos esbanjadora e mais transparente, temas que levou muito a sério. Durante seu primeiro mandato de cinco anos, tentou controlar com muito cuidado sua relação com os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança, todos eles com direito a veto sobre sua reeleição.


Na sexta-feira, por unanimidade e por aclamação, o Conselho de Segurança recomendou sua continuidade no cargo. A Assembleia Geral ratificou a votação nesta terça-feira. Ban Ki-Moon, "profundamente honrado" pelo voto unânime, disse que estava "motivado e disposto a continuar trabalhando com os Estados-membros". "Estou orgulhoso de tudo o que fizemos juntos, apesar de estar consciente dos enormes desafios adiante", disse, depois da votação. Alguns diplomatas dizem que ele se encontra especialmente perto dos Estados Unidos. Esteve em um momento sob os olhares dos russos por ignorar a independência de Kosovo em 2008 e durante a guerra relâmpago entre Rússia e Geórgia em agosto do mesmo ano.

Também teve o cuidado de não provocar a China, evitando criticar seu questionável histórico no que diz respeito aos direitos humanos. As principais falhas que lhe são atribuídas são sua falta de carisma e um inglês ruim, assim como seu francês. Mas nos últimos tempos, Ban melhorou significativamente sua imagem diante dos olhos de defensores dos direitos humanos ao manifestar seu apoio às revoluções nos países árabes, sem hesitar em utilizar uma linguagem decidida em favor dos rebeldes e exortando os governantes ao diálogo.


Não lhe falta coragem. Emitiu um informe no fim de abril condenando o governo do Sri Lanka, acusado de possíveis "crimes de guerra" durante a repressão da rebelião tâmil, e foi veemente contra o ex-presidente marfinense Laurent Gbagbo. "Ban superou seus críticos, mostrando que podia sustentar um discurso contundente em matéria de direitos humanos e proteção de civis, sobretudo no mundo árabe e na Costa do Marfim. Na Costa do Marfim, seu compromisso é crucial para resolver o conflito", disse um diplomata ocidental. "Apesar de o primeiro mandato do secretário-geral ter sido em média decepcionante em matéria de direitos humanos, Ban há pouco encontrou sua voz ao falar com mais firmeza sobre Egito, Líbia e Costa do Marfim", observa Philippe Bolopion, da organização Human Rights Watch. "Uma vez liberado das pressões de sua reeleição, ele não terá nenhuma desculpa para se negar a se opor quando for necessário aos membros permanentes do Conselho de Segurança", completa.


Depois de se formar diplomata na Universidade Nacional de Seul em 1970, Ban completou seus estudos na prestigiada Universidade de Harvard, nos Estados Unidos. Ban começou a trabalhar com as Nações Unidas em 1975, no Ministério de Relações Exteriores de seu país. Nascido em 13 de junho de 1944 em um país em guerra, Ban, junto a seus pais e irmãos, teve de fugir de sua província natal quando a guerra começou, nos anos 1950. Ban é casado com Yoo (Ban) Soon-taek, a qual conheceu na escola secundária em 1962. Tem um filho e duas filhas.



Alccy Marthins

sexta-feira, 17 de junho de 2011

UNAIDS E O CENÁRIO DA AIDS/HIV NO BRASIL


Há dez anos, uma assembleia geral da ONU sobre aids reuniu líderes mundiais e declarou a doença "uma emergência global". Agora, a partir do próximo dia 8, 30 chefes de Estado e representantes de governo voltam a se reunir na ONU para avaliar as três décadas da epidemia. Nesta entrevista, o diretor do Programa Conjunto das Nações para o HIV e Aids, Michel Sidibé, médico responsável pela única cura da aids diz que método não pode ser usado em larga escala, afirma que o preconceito ainda é um dos maiores obstáculos à prevenção da doença. Confira também os comentários do especialista em Saúde Pública Alccy Martins, sobre a AIDS.


O Globo: Já são três décadas da mais letal epidemia conhecida pela Humanidade, com um total de 60 milhões de pessoas atingidas. O que mudou nesses anos?

MICHEL SIDIBÉ: Há 30 anos, tratava-se de uma doença misteriosa, chamada de praga gay (ou câncer gay), as pessoas ficavam apavoradas. Hoje, conseguimos romper essa conspiração silenciosa, redistribuir oportunidades, baixar o preço das drogas do coquetel, forjar um novo pacto entre o sul e o norte e parcerias entre os países do sul. Para mim, a aids ajudou a demonstrar que o movimento social pode mobilizar e produzir resultados.


ALCCY MARTINS: Não vamos agora elogiar a epidemia da AIDS por nossa falta de compreensão humana, sendo esta última uma reação inata do ser humano. Ora, se pararmos para pensar veremos que quando ocorreu a descoberta do HIV era sim tido como o mau dos gays, ou seja, a doença estava programada socialmente para contaminar homens que eram homossexuais. Para termos uma ideia a discriminação era tão grande que em alguns países homens eram mortos ou sofriam atrocidades contra sua vida. Hoje 30 anos depois percebemos que a vítima é a mulher casada que cofia no seu parceiro e acaba sendo contaminada pelo vírus.



De 1980 a junho de 2009 foram registrados 544.846 casos de aids no Brasil, com 217.091 mortes; há de 33 mil a 35 mil novos casos notificados anualmente, e a estimativa é de que haja 630 mil pessoas infectadas pelo HIV. A razão de sexo (número de casos em homens dividido por número de casos em mulheres) se estabilizou a partir de 2003: para cada 15 casos em homens há 10 em mulheres. Mas entre jovens de 13 a 19 anos é o contrário: nessa faixa etária, o número de casos de aids é maior entre as meninas, tendência que se verifica desde 1998, com 8 casos em meninos para cada 10 casos em meninas


O Globo: Quais os desafios imediatos?

MICHEL SIDIBÉ: Há 10 milhões de pessoas ainda sem tratamento no mundo. Há países que ainda negam acesso aos serviços (medicamentos e prevenção) a homens que fazem sexo com homens, prostitutas e viciados em drogas. Esse é um desafio imediato hoje. Por isso, pessoalmente, acho que a reunião deve focar nesses elementos para revolucionar a prevenção.

ALCCY MARTINS: O acompanhamento do HIV fez o mundo compreender que uma dada sindromiopatia requer não apenas conhecimento mais disposição para testar ideias e muitas vezes obter fracassos astronômicos, de caráter humano. Os desafios agora é tentar formar pessoas com a ideia de que a AIDS continua matando, porque se começarmos a publicar que a cura da AIDS chegou ocorrer um aumento na incidência desta síndrome. Estabelecer tratamento para todos os identificados e recrutar os que estão por ai sem tratamento algum.


Se pararmos para pensar veremos que a África do Sul reúne mais soropositivos do que qualquer outra nação — com 50 milhões de habitantes, tem 5,7 milhões de infectados pelo HIV e 1.000 mortes diárias. Zuma conclamou a população “a lutar contra a aids como combateu o apartheid”. Entre as medidas está o tratamento precoce da tuberculose segundo as novas recomendações da OMS. A tuberculose é a principal causa de morte entre os sul-africanos infectados pelo HIV, e o número de óbitos pela doença mais do que triplicou no país desde 1997. Aqui no Brasil temos a falta de apoio da população em não se cuidar veementemente.


O Globo: O preconceito ainda é muito forte? Ainda é um problema sério na prevenção?

MICHEL SIDIBÉ: Para você ter uma ideia, em 116 países do mundo existe algum tipo de lei que criminaliza os profissionais do sexo ou que simplesmente não reconhecem a existência de homens que fazem sexo com homens. Confrontar o estigma e a discriminação é fundamental para uma resposta. A diferença é que hoje, ao contrário de apenas 5 anos atrás, esse assunto está na agenda. A epidemia seguiu cursos diferentes nos países desenvolvidos e nos em desenvolvimento.


ALCCY MARTINS: Veja o preconceito nao está na pessoa que discrimina e sim na que aceita, essa é minha opinião para iníco de conversa, se uma pessoa contraiu o HIV a mesma tem que enfrentar tudo se quizer sobreviver alguns dias a mais, seja com pessoas te aceitando ou não. A falta de prevenção não é uma quetão de preconceito e sim de bom senso, a partir do momento em que você se corrigi para melhor atuar seja em qual for a situação consegui bons resultados, com a AIDS é o mesmo caso, a população precisa ter medo da AIDS só assim se previne. E digo mais todas as campanhas em sua maioria não formam apenas informa, e isso está errado, seja qual for o país


Pessoas infectadas com HIV no Brasil sofrem mais com problemas sociais e psicológicos do que com a ação do vírus no organismo, informa a pesquisa Percepção da Qualidade de Vida e do Desempenho do Sistema de Saúde entre Pacientes em Terapia Antirretroviral no Brasil, divulgada (dez.2009) pelo Ministério da Saúde. A Fiocruz entrevistou 1.260 pacientes, entre os 200 mil em tratamento, e descobriu que, dos 65% de entrevistados que responderam ter bom estado de saúde, boa parte não superou os traumas psicológicos provocados pelo diagnóstico da doença: 33% das mulheres e 23% dos homens afirmaram sofrer de depressão; e 34% e 47% têm grau intenso ou muito intenso de preocupação ou ansiedade.


Segundo o ex-ministro da saúde Temporão, afirma que ainda há pessoas que acreditam que soropositivos deveriam ficar isolados por representar perigo. “O Brasil é o primeiro país do mundo em desenvolvimento a oferecer tratamento de forma universal, mas precisamos amadurecer como sociedade”, essa é a realidade não aprendemos ainda que falta de informação não se qur dizer falta de cuidados.

O Globo: Isso era esperado? Os bons resultados foram alcançados apenas no mundo rico?

MICHEL SIDIBÉ: Nós não temos uma epidemia, mas múltiplas epidemias. E isso não é uma surpresa por causa das disparidades. Práticas globais propiciaram o crescimento da aids. Quanto menos justiça, educação e nutrição, mais aids. A aids mostra que o valor da vida não é o mesmo em diferentes partes do mundo. Numa parte, as pessoas não morrem mais da doença. Em outra parte, no entanto, há milhões esperando tratamento. Numa parte, bebês não nascem mais com a Aids . Em outra, são 400 mil todos os anos. São dois lados da mesma moeda. Por isso é importante sim que as pessoas questionem a justiça social.


ALCCY MARTINS: Não podemos deixar de lutar para diminuir os casos de aids, porque sentimos a necessidade de que aja mais investimentos nessa área. Por isso é necessário termos condições de trabalharmos de maneira segura e apropriada, se partirmos do pressuposto de que aqui no Brasil a AIDS só entra em evidência no período do Carnaval estamos alimentando um mal sem prescendentes, isso porque são investidos verbas públicas em campanhas que trata apenas do uso da camisinha, e isso na minha opinião representa um descaso público. Cito algumas medidas que podem ter resultados bons, como:

1. Pesquisar em todos os estados para saber a real situação dos casos de AIDS.
2. Dar assistência ao portador do HIV.
3. Desenvolver programas de sensibilização contra a AIDS, nas escolas públicas e privadas.
4. Trabalhar as famílias sobre os riscos de contaminação.
5. Estabelecer pontos de exames de HIV em todo o país, para se fazer estimativas reais, e para se detectar os casos que são desconhecidos.
6. Investir em pesquisas sobre anti-retrovirais.


O Globo: A epidemia está mais controlada hoje?

MICHEL SIDIBÉ: Estamos quase revertendo a trajetória. Em 60 países o número de novas infecções está estabilizado ou sendo reduzido. No Brasil, a epidemia está estabilizada desde 2000 - o que mostra como avanços socioeconômicos e uma liderança forte reduzem o impacto da doença. Em 1996, quando o Brasil começou a distribuir remédios e preservativos, o país mudou o curso da epidemia. Naquela ocasião, Brasil e África do Sul tinham o mesmo nível de infecção. Hoje, o Brasil tem 0,6% e a África do Sul quase 20% de suas populações infectadas. Mesmo entre usuários de drogas, o Brasil conseguiu baixar de 16% para 5% a prevalência. Esses são exemplos de como a disponibilização de serviços têm um impacto importante.

ALCCY MARTINS: Não está sobre controle até mesmo porque as informações e os impactos atinge a todos, quero de um modo geral, isso dificulta. No Brasil os números deveriam ser mais precisos, isso porque ainda temos muitos soropositivos sem notificação das secretarias de saúde dos municípios, estados e do próprio Ministério da Saúde.


O cenário da Aids no Brasil se divide em dois momentos: enquanto na maior parte dos grandes centros houve uma redução de novos casos, nos municípios menores, a doença avançou 23,7%, de 1997 a 2007. Apesar do trabalho de conscientização e de repetidas campanhas, Fortaleza capital do Ceará, não acompanhou a tendência brasileira e registrou um aumento de 44,3% no mesmo período. Os números fazem parte de um relatório divulgado, pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pelo Programa Conjunto das Nações Unidas para HIV/Aids.


O Boletim Epidemiológico 2010, do Ministério da Saúde, também traz os resultados. São, em média, 355 novos casos da doença, em Fortaleza, por ano. A Capital cearense está entre os 15 municípios brasileiros com maiores aumentos. Em último lugar, ficou Salvador, com índice de 41%. Ananindeua, no Pará, primeiro no ranking dos piores, marcou 380%. São Luís, no Maranhão, também tem muito a fazer contra o avanço da doença. Lá, foram 272,1% de aumento de novos casos. No lado positivo dos municípios com maiores quedas nos índices, São Paulo dá exemplo, com redução de 45%. Outra capital que conseguiu redução foi Curitiba, contabilizando menos 34,4%. Ribeirão Preto (SP) também tem o que comemorar: é o primeiro na lista dos melhores, queda de 72,5% nos casos.


Como posso falar de controle se Fortaleza-CE, por exemplo tem 2 milhões de habitantes e registra 5.510 casos ,isso significa que existem 363 pessoas contaminadas para cada habitante ou melhor explicando para cada indivíduo sadio tem-se 363 pessoas querendo ou atrás de contaminá-la(o). Não posso chamar isso de controle epidemiológico.



Alccy Marthins






OBB-2011: EEEP PRESIDENTE ROOSEVELT DO CEARÁ APROVA 28 ALUNOS (AS)

OLIMPÍADA BRASILEIRA DE BIOLOGIA OBB-2011
RESULTADO DA 1ª FASE



ALUNOS(AS)
SÉRIES
ALESSON MOURA ALVES
1º Informática
CARLOS AUGUSTO TEIXEIRA SILVA
3º Informática
CAROLINE OLIVEIRA
3º Informática
CATARINA MODESTO ALENCAR
3º Edificações B
ERASMO DA SILVA CASTRO
2º Informática
FRANCISCO BRUNO ALEXANDRE
2º Edificações
FRANCISCO LEONARDO PEREIRA LOBO
3º Edificações A
GISELE DO ESPIRÍTO SANTO MOREIRA
2º Estética
ILLANA LARISSA ALVES MOURA
3º Edificações A
ISABOR DE CASTRO MAIA MENEZES
3º Estética
JESSICA DE SOUSA ROCHA
1º Estética
JESSICA LIMA MENDES
2º Informática
JOAO CAIRO PEREIRA ALCANTRA
3º Edificações B
JOAO PEDRO SOUSA XAVIER
1º Informática
IVAN LUCAS ARAUJO
3º Informática
JULIANE OLIVEIRA SILVA
2º Estética
LUANA MARIA SOUSA DOS SANTOS
3º Estética
LUIZ FILIPE BRAZ
2º Edificações
MAURO JUSTINO FILHO
2º Informática
NICHOLAS LIMA RODRIGUES
2º Informática
RIANNA BEATRIZ BARBOSA BRASIL
3º Edificações B
RONALD WILLI SOMBRA DE OLIVEIRA
1º Informática
SAMLA RAVERA BARBOSA SILVA
1º Estética
VANESSA DE MENEZES
1º Edificações
WENDERSON MATOS M. DE OLIVEIRA
1º Edificações
WEVERTON DA SILVA SOUSA
1º Informática
WEVERTON DUTRA DO NASCIMENTO
1º Estética
YTALO FERNANDES DE SOUSA NERES
1º Edificações


Prof.: responsáveis: José Alcy de Pinho Martins
Maria Socorro Albuquerque Vieira

terça-feira, 14 de junho de 2011

OIT DECLAROU DIREITOS IGUAIS PARA DOMÉSTICAS


Após 50 anos de debates, trabalhadoras domésticas terão finalmente o mesmo direito dos demais trabalhadores no mundo, o que obrigará o governo brasileiro a reformar a Constituição para garantir a mudança no status das domésticas. Nesta segunda-feira, 13, a Organização Internacional do Trabalho (OIT) concluiu negociação para criação de uma convenção internacional para garantir direitos às trabalhadoras domésticas.

A votação do projeto vai ocorrer ainda nesta semana. Governos e sindicatos apostam na aprovação do tratado. Se for ratificado pelo Brasil, o governo terá de iniciar processo para modificar a Constituição.

O ministro do Trabalho, Carlos Lupi, acha que a votação não trará mais surpresas e disse que a mudança constitucional vai ocorrer. No Brasil, não há necessidade de reconhecer o FGTS no caso das domésticas. O Fundo de Garantia é apenas um "benefício opcional" que o empregador pode ou não conceder. Mas, ao se equiparar o estatuto dessa classe, será obrigatório.

Lupi, que admitiu a explosão que o setor sofre no Brasil, garantiu aos sindicatos que haverá projeto de lei nesse sentido e que o governo quer ser um dos primeiros a ratificar a convenção. A principal mudança terá de ocorrer no artigo 7 da Constituição, que fala dos direitos dos trabalhadores. "Já estamos em negociação com o governo para permitir que a mudança na Constituição seja apresentada ao Congresso", disse Rosane Silva, secretária da Mulher Trabalhadora da CUT. Segundo ela, foram os países europeus que mais resistiram ao acordo. "Os europeus querem os direitos máximos para seus trabalhadores e os mínimos para os imigrantes", acusou Rosane, que participou das negociações.

Dados do Ministério do Trabalho indicam que 15% das trabalhadoras domésticas do mundo estão no Brasil. Existem no País cerca de 7,2 milhões de trabalhadoras nessa classe. Apenas 10% têm carteira assinada. Desde 2008, o número de domésticas aumentou em quase 600 mil.

"A maioria está sem contratos formais de trabalho e submetidas a jornadas excessivas e sem proteção social", disse Lupi. Segundo o governo, a média é de 58 horas semanais de trabalho para essa classe de trabalhadoras.

Segundo o Ministério, o salário médio de uma empregada doméstica é inferior ao salário mínimo. Os cálculos apontam que não passaria de R$ 400 por mês. "As trabalhadoras domésticas fazem parte de uma das categorias profissionais historicamente mais negligenciadas do mundo do trabalho", disse Lupi. Segundo o IPEA, um terço dos domicílios chefiados por trabalhadoras domésticas são domicílios pobres ou extremamente pobres.

Meia década. No mundo, as trabalhadoras domésticos somam mais de 52 milhões de mulheres, mas a convenção está prestes a ser votada 50 anos depois do primeiro pedido feito à OIT.

Se no Brasil o tema é um dos mais delicados, no resto do mundo também é explosivo. Por trabalharem em casas, muitas dessas empregadas são invisíveis. "Pela primeira vez essas trabalhadoras estão sendo trazidas para a luz do dia", afirmou William Gois, representante da Migrant Forum in Asia, entidade que se ocupa da situação de milhares de filipinas que trabalham na Europa, Estados Unidos e Japão.

"Em muitos lugares, empregadores confiscam os passaportes de suas domésticas para impedir que deixem o trabalho", disse. "Quando pedem aumento, são ameaçadas de expulsão", explicou. A filipina Marissa Begonia disse que foi alvo de um tratamento abusivo quando trabalhava em Hong Kong como doméstica. "Depois de 17 anos trabalhando nessa situação, hoje posso comemorar", afirmou.
 
 
 
Alccy Marthins

segunda-feira, 13 de junho de 2011

PROFESSORES MUNICIPAIS DE FORTALEZA-CE CONTINUAM EM GREVE

Os professores da rede municipal de ensino em greve há 48 dias resolveram realizar um ato de protesto em frente ao Paço Municipal de Fortaleza, sede administrativa da Capital cearense, ao mesmo tempo em que fizeram um "despacho" com uma boneca, um caixão e velas pretas.

Segundo a diretora do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação do Ceará (Sindiute) e coordenadora do comando de greve, Gardênia Bayma, o protesto foi uma forma de manifestar o repúdio pela repressão violenta que os professores foram vítimas na terça-feira passada, durante votação de matéria do interesse da categoria na Câmara Municipal de Fortaleza, além do que chamou de "ameaças", como o não pagamento do 13º salário e o pedido de ilegalidade do movimento paredista.

"Não aceitamos ameaças, porque essas ficaram para os fracos. Também queremos que o gestor municipal aja de forma madura e discuta conosco de forma a encontrar uma solução para o impasse e não com intimidações", afirmou Gardênia.

Estimativa
Segundo Wellington Monteiro, que também integra o Comando de Greve, a estimativa é que cerca de um mil servidores participaram da manifestação. "Não queremos tumultos, mas chamar a atenção de que nosso movimento está mais forte do que nunca e cada vez mais, há uma adesão dos professores", salientou.

Segundo Monteiro, desde os conflitos ocorridos na sede do Legislativo Municipal a adesão dos professores somente aumentou. Ele informou que o quadro do magistério ligado à Escola de Filgueiras Lima, que até então não havia aderido ao movimento, participou ontem do ato de repúdio contra a administração municipal.

A movimentação começou por volta das 9 horas e sob um sol intenso os professores falaram nos microfones. Foram repassados informes e o advogado do Sindiute, Valdeci Alves, prestou esclarecimentos sobre os próximos passos da mobilização da categoria. Hoje, segunda-feira, dia 13, a partir das 13 horas, está marcada uma audiência no Tribunal de Justiça do Estado, no Cambeba, envolvendo os representantes do comando de greve e da Prefeitura de Fortaleza.

Pacífica
Apesar de toda a movimentação ocorrida na parte da manhã, que se estendeu até as 11 horas, o ato aconteceu de forma pacífica e foi discreta a presença dos guardas municipais, mobilizados para conter possíveis confrontos com os grevistas.

Ainda ontem, o deputado federal Chico Lopes, ao lado do senador Inácio Arruda e do também deputado federal João Ananias (todos do PCdoB), enviou ofício ao ministro da Educação, Fernando Haddad, informando detalhes sobre a greve dos professores do Município e solicitando a cooperação do MEC na busca de uma solução que garanta o pleno cumprimento da lei do piso salarial nacional do magistério e o retorno da categoria às atividades.

"Sabemos que a matéria já foi objeto de regulamentação por parte desse Ministério, por meio da Portaria MEC 213/2011, que estabelece os critérios para viabilizar o repasse de recursos federais às prefeituras, para complementação do Piso, quando necessário. Em face do exposto, apelamos a Vossa Excelência que realize esforços no sentido de garantir a complementação financeira necessária para que o município de Fortaleza implemente a Lei do Piso Nacional do Magistério integralmente", sugere no documento.

Para o deputado Chico Lopes, os professores estão certos em cobrar o pleno respeito à lei do piso salarial nacional. "O direito ao piso como vencimento-base e à utilização de 1/3 da jornada de trabalho dos professores para atividades extra-sala é definido na lei e tem que ser cumprido", enfatizou.

Para o secretário de Administração do Município, Vaumik Ribeiro, a Prefeitura tem a convicção de que está pagando o piso nacional. "O projeto aprovado na Câmara Municipal adequou o salário ao piso nacional e à determinação do STF. Fora isso, o secretário afirma que está assegurado, para agosto de 2011, a progressão por qualificação de 12% e ainda a progressão por tempo de serviço de 2% do vencimento-base, para outubro deste ano. "Os professores tiveram ganho real de 71,66% acima da inflação, entre janeiro de 2005 e janeiro de 2011. Com a nova lei, o ganho real eleva-se para 86%.

Quanto ao pedido de ilegalidade da greve que será feito pela Prefeitura, Vaumik explica que é a única forma de propiciar a retomada das aulas para evitar mais prejuízos aos alunos. Já a suspensão do pagamento da primeira parte do 13º salário, o secretário garante que não é uma resposta ao movimento, mas em razão da não prestação do serviço. Cadê a valorização dos professores.



Alccy Martins

domingo, 12 de junho de 2011

ANDRÉ CAUBÓI EX-BBB É ASSASSINADO COM TIRO NA NUCA

O Instituto Médico-Legal (IML) divulgou nesta sexta-feira (10) o laudo sobre a morte do ex-BBB André Luis Gusmão de Almeida, o André Caubói. Ele foi assassinado com um tiro na nuca em 1º de junho, na chácara onde vivia em Alumínio, no interior de São Paulo. De acordo com o documento, o disparo foi a menos de um metro de distância. O laudo mostra também que não houve luta corporal e o ex-BBB não apresentava outra lesão. O Instituto de Criminalística vai investigar qual o calibre da arma usada no crime.

André Caubói, morto com tiro na nuca em 1º de junho (Foto: (Foto: Naná Coutinho/BBB))
André Caubói, morto com tiro na nuca em 1º de
junho (Foto: Divulgação/TV Globo)



A morte ocorreu na madrugada do dia 1º de junho no local onde também funciona o Sushi Bar Rancho do Cowboy, de propriedade da vítima e de sua mulher. Segundo a polícia, após ouvir latidos de cachorro, o ex-BBB saiu de dentro de casa onde morava para ver o que estava acontecendo, quando foi atingido por um tiro na nuca, segundo a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo.

A investigação da delegacia trabalha com duas hipóteses para explicar o assassinato: que ele tenha sido morto durante um assalto ou por vingança. Uma TV LCD de 32 polegadas e um computador foram levados. A Polícia Civil segue os rastros dos cheques emitidos pelo ex-BBB e por sua mulher para investigar também se a morte tem ligação com a cobrança de dívidas. A polícia recebeu denúncias anônimas apontando para supostos mandantes do crime, moradores na região metropolitana de São Paulo.


Segundo as denúncias, os crimes foram encomendados por causa das dívidas acumuladas pelo casal. André ficou apenas 12 dias na casa do Big Brother, tendo sido eliminado na ocasião com 71% dos votos. Em sua curta estadia no programa, o músico provocou polêmica. Ele discutiu com Naiá e a catarinense Ana Carolina Madeira. Na página do programa, o ex-BBB afirmava ao entrar na casa que queria ganhar fama para ter sucesso em sua carreira como cantor sertanejo.



Alccy Martins

ESTÁDIO CASTELÃO-CE TEM ARQUIBANCADA IMPLODIDA

A implosão de parte da arquibancada do estádio Governador Plácido Castelo, o Castelão, foi acompanhada por centenas de curiosos. Ela ocorreu pontualmente às 9h da manhã deste domingo. De acordo com o titular da Secretaria Especial da Copa, Ferruccio Feitosa, a implosão foi 'bem-sucedida'. "Foi um sucesso total e absoluto", comemora o secretário. O próximo passo, de acordo com Ferruccio, é a limpeza e construção da nova estrutura.






Pelo menos uma pessoa passou mal durante a implosão, uma senhora de 70 anos. Ela foi atendida por uma ambulância que estava de prontidão no entorno do Castelão. Outras pessoas reclamaram da forte poeira nos olhos. Elas assistiram a 200 metros de distância do estádio. As famílias que moram nas proximidades tiveram de sair de casa; às 10h elas foram liberadas para retornar. As avenidas e ruas que sofreram desvio no trânsito também serão liberadas às 10h, de acordo com Empresa de Transporte Urbano de Fortaleza (Etufor).


Várias toneladas de poeira e concreto se espalharam ao redor da arena esportiva. O serviço de limpeza deve começar também na manhã deste domingo, segundo autoridades no local. O Castelão tem 38 anos de fundação e passa pela segunda reforma. Esta última para se adaptar às exigências da Fifa e sediar a Copa do Mundo 2014. De acordo com o secretário Ferruccio Feitosa, o Castelão é o estádio em fase mais avançada de construção entre as 12 arenas que receberão jogos da Copa. Após a implosão, um grupo de pessoas que assistiu à implosão tentou invadir o Castelão pela parte destruída. Eles foram contidos pelos policiais presentes. Ninguém foi preso. 


Alccy Marthins

sábado, 11 de junho de 2011

HORMÔNIOS DOS SENTIMENTOS - PAIXÃO E AMOR

Explicação da paixão vai muito além da bioquímica. Envolve gostos, cheiros, memórias e sensações particulares. Mas os sinais típicos desse sentimento, como palpitação, frio na barriga, suor, brilho nos olhos, leveza e perda de fome e sono, também têm uma base hormonal. Glândulas neurotransmissores são responsáveis pelas mudanças do corpo e da mente nessa fase. Para aprofundar como age a paixão - que vem do grego pathos e significa sofrimento, como em Paixão de Cristo - o endocrinologista Alfredo Halpern e o psicólogo Ailton Amélio da Silva, que coordenou uma pesquisa sobre o "mapa do amor" em quatro cidades brasileiras.




Paixão (Foto: Arte/G1)



Segundo Halpern, a paixão é uma união química, que só ocorre quando se trata de uma via de mão dupla, ou seja, há reciprocidade. Ela faz bem para a alma, o coração e a saúde em geral – mas, quando acontece o afastamento, pode vir a depressão, porque existe uma dependência provocada pela dopamina. Esses sintomas duram de 1 ano e meio a 3 anos, que é o tempo em geral, sob o ponto de vista biológico, de os indivíduos casarem e terem filhos.



A maioria das pessoas conhece o grande amor da vida no trabalho, na escola ou na academia – locais que os dois já frequentavam. E a chance de um relacionamento dar certo depende também se o casal tinha uma amizade anterior, com identificações e afinidades percebidas previamente ao envolvimento amoroso. Há também quem se conheça inesperadamente, no trânsito, no supermercado ou pela internet. Mas o campeão de encontros e parcerias é mesmo o ambiente profissional. E alguns dizem que o rendimento é maior nesse caso, porque o outro serve de inspiração no dia a dia.







Para que a paixão nasça, é necessário que haja admiração, idealização e esperança de ser correspondido. Um dia, porém, ela acaba, e o sentimento pelo companheiro se solidifica e vira amor. Ou, então, ela começa por outra pessoa. Para se relacionar, é importante oferecer sempre mais coisas boas que ruins. Pode ser uma comida, uma conversa, a celebração de uma data ou sexo. A unidade entre os dois é fundamental, mas a individualidade não pode deixar de existir.




A internet pode ser uma forma eficiente de aproximação, principalmente para os mais tímidos, mas é preciso saber escrever a palavra certa para o alvo certo. Muitas vezes, a paixão do mundo virtual desaparece após um clique, já que a realidade é bem diferente e, ao vivo, as máscaras caem e cada um se mostra como realmente é. Para não se entregar logo tente conhecer a pessoa primeiro "baixa a bola" do parceiro, fazendo com que a pessoa veja quem ele é de verdade, não idealizado nem demonizado. Não deixe de acreditar que existe uma pessoas  por ai esperando por é só ser inteligente para perceber
ás vezes está bem próximo e não damos ver, então se liga.




Alccy Marthins