Quatro policiais militares do Ceará foram afastados da corporação nesta terça-feira (21) por envolvimento na agressão de um jovem de 22 anos. O comandante da operação, um cabo e dois soldados foram flagrados, em imagens divulgadas hoje pela TV Jangadeiro –afiliada do SBT em Fortaleza–, aplicando vários golpes com um cassetete no frentista Carlos Renan da Silva.
Nas imagens, Silva estava em frente à casa de sua ex-mulher, no bairro Conjunto Palmeiras, periferia de Fortaleza e tentava ver o filho. Na época da gravação, em agosto do ano passado, o menino tinha um ano e meio. A ex-companheira não permitiu que o frentista encontrasse a criança e chamou a polícia. Os militares, então, pediram para que o rapaz se retirasse e, com a negativa, começaram a ameaçá-lo. “Tu já ouviu falar que tem cidadão que pede para apanhar da polícia? (...) Tu sai daqui quebrado. Se tu fosse vagabundo, tu já tava na peia. Mas a gente ta vendo que tu é um cidadão, aparentemente, e nós temos que resolver na maior tranquilidade”, diz um dos policiais.
Mesmo com as ameaças, o frentista permanece irredutível. Os policiais então começam a desferir golpes em Silva. Um dos policiais chega a atingir a cabeça do homem, que parece desmaiar. Três militares aparecem no vídeo. O quarto policial, de acordo com o relações públicas da PM do Ceará, tenente-coronel Fernando Albano, gravava as imagens a partir de seu celular.
Os quatro envolvidos prestaram depoimento na tarde de hoje. “Todos eles vão fazer parte de um processo administrativo disciplinar que vai ser aberto, e eles já foram afastados”, afirmou. A polícia tem 45 dias até a conclusão das investigações. O processo pode resultar na expulsão dos quatro militares.“Um episódio nessa natureza não comunga com a realidade da PM do Ceará”, alega o tenente-coronel.
A mãe do frentista agredido, Maria de Lurdes, disse que o filho não quer comentar o caso, por enquanto. Segundo ela, foi com surpresa que a família recebeu a notícia da divulgação do vídeo. “Meu filho chegou a registrar B.O (boletim de ocorrência) na época, mas não deu continuação à denúncia de agressão”, informa. A dona de casa informou que o Carlos Renan está confuso com a divulgação das imagens. “E hoje ele já pode ver o filho”, conta a mãe.
Na verdade a polícia militar tenta mascarar as suas ações perante a população, certo que quando encontra pessoas desprotegidas que não tem uma ação violência ou ação repressora de modo que policiais desses tipo, a sociedade não precisa necessitamos de pilicias competentes e coerentes com suas ações.
Alccy Marthins