Dom Raymundo Damasceno é o novo presidente
da CNBB
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Um dia após ser eleito presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) com 196 votos ante os 75 recebidos pelo segundo colocado, o arcebispo de Aparecida (SP), cardeal Raymundo Damasceno Assis, disse nesta terça-feira (10) que sua eleição foi uma “surpresa”. O mandato dele tem duração de quatro anos. “Essa época de eleição é sempre uma surpresa. A gente respeita a decisão dos bispos”, afirmou, durante a 49ª Assembleia Geral da CNBB em Aparecida, no Vale do Paraíba, em São Paulo.
Dom Raymundo, que entrega no segundo semestre o cargo de presidente do Conselho Episcopal da América Latina (Celam), atribuiu sua vitória ao fato de ter experiência em cargos importantes – por oito anos foi secretário-geral da CNBB, posto considerado bastante ativo na entidade. “Aceito com humildade”, finalizou o cardeal. Ele negou que sua proximidade com o Vaticano - o papa Bento 16 o nomeou cardeal em novembro do ano passado - tenha interferido na decisão dos bispos que o elegeram. “O santo padre não interfere.”
O novo presidente da CNBB, eleito no segundo escrutínio porque não houve na primeira tentativa os dois terços de votos necessários (182), não quis comentar como será sua ação para os próximos quatro anos. Disse que em outra oportunidade dará uma entrevista com o vice-presidente e o secretário-geral, que também foram eleitos. Com 75 votos, o segundo colocado na votação para a presidência foi dom Odilo Pedro Scherer, cardeal de São Paulo.
A vice-presidência da CNBB fica com dom José Belisário da Silva, arcebispo de São Luís (MA). Na tarde desta terça, dom Leonardo Ulrich Stainer, bispo de São Félix (MT), foi eleito secretário-geral da entidade. Ele recebeu 202 votos dos 268 votantes no primeiro escrutínio realizado pela manhã. Os dois terços requeridos para a eleição eram de 179 votos. O segundo colocado foi o bispo auxiliar de Belo Horizonte (MG), dom Joaquim Giovani Mol Guimarães com 33 votos.
Preferido
O nome de dom Raymundo esteve entre os mais cotados ao longo dos últimos dias. A eleição para a diretoria da CNBB é um dos temais centrais do encontro anual, que vai até sexta (13). O cardeal de São Paulo, dom Odilo Scherer, segundo colocado na disputa, comentou a vitória do arcebispo de Aparecida. “Ele desempenhará com muita capacidade a missão. É um grande trabalhador.” O bispo emérito de Blumenau (SC) dom Angélico Sândalo não economizou nos elogios a dom Raymundo, considerado como um “irmão”. “Há dois anos eu já o tratava como cardeal. É um bispos altamente preparado.
O nome de dom Raymundo esteve entre os mais cotados ao longo dos últimos dias. A eleição para a diretoria da CNBB é um dos temais centrais do encontro anual, que vai até sexta (13). O cardeal de São Paulo, dom Odilo Scherer, segundo colocado na disputa, comentou a vitória do arcebispo de Aparecida. “Ele desempenhará com muita capacidade a missão. É um grande trabalhador.” O bispo emérito de Blumenau (SC) dom Angélico Sândalo não economizou nos elogios a dom Raymundo, considerado como um “irmão”. “Há dois anos eu já o tratava como cardeal. É um bispos altamente preparado.
Ao eleger o dom Raymundo, os bispos foram iluminados”, disse dom Angélico. Ele lembrou que a Arquidiocese de Aparecida, mesmo pequena, é muito importante por abrigar o Santuário Nacional, templo de peregrinação o ano todo no país. Na tarde desta terça, os bispos reunidos em Aparecida também escolheriam os 12 presidentes das comissões pastorais subordinadas à CNBB e o delegado da entidade junto ao Celam. Até as 17h, o resultado não havia sido divulgado.
Alccy Marthins