Não adianta: por mais que você se exercite, algumas regiões continuam flácidas. É o caso do tríceps – o famoso "músculo do tchauzinho" –, da panturrilha e da parte interna da coxa. E essa não é uma preocupação exclusivamente feminina ou dos mais gordinhos.
Para fortalecer esses pontos “indomáveis”, o preparador José Rubens D'Elia e o educador físico Valmor Tricoli deram dicas de movimentos no Bem Estar desta terça-feira (19). Ao todo, uma pessoa tem cerca de 660 músculos, que costumam ser mais "puxadores" que "empurradores".
A repórter Marina Araújo foi até Fortaleza, no Ceará, para ver como a população lida com esses músculos difíceis e o que faz para deixá-los mais durinhos. Ela e a produtora Fabiane Leite também conversaram com jogadores de futebol e bailarinas para saber qual é o segredo de um corpo invejável. Segundo Tricoli, as pessoas começam a perder massa muscular após os 30 anos e acumular gordura nesse espaço. Isso porque os músculos vão se atrofiando se não exercitados.
O tríceps é mais difícil de ser “domesticado” e, quando carrega muito peso, dói mais que o bíceps, por exemplo. Por isso, é preciso acostumá-lo ao movimento. A parte superior, em geral, é menos treinada que a inferior, motivo pelo qual se torna mais sensível. A dor ou queimação, segundo Tricoli, não é sinal de que a área está machucada, e sim que está praticando algo novo. Portanto, não há perigo: apenas faça um intervalo para que esse "lixo metabólico" seja processado.
Já a parte interna da coxa, cujo nome oficial é músculo adutor, acaba fazendo com que uma perna encoste na outra na hora de andar de shorts ou minissaia, no caso das mulheres. Algumas, além da malhação, apelam para drenagem linfática na tentativa de enrijecer o local, que junto com o bumbum e a barriga forma o centro da atenção corporal feminina.
A panturrilha é importante para o sistema circulatório, tanto que é considerada o “coração de baixo”, pois ajuda no trajeto de volta do sangue das pernas para o músculo cardíaco. Para aumentar a massa e a resistência dela, alguns optam por andar de bicicleta, correr, “puxar ferro” ou subir escadas.
Todos esses músculos são difíceis, mas não impossíveis de serem transformados. A recomendação é mexê-los repetidas vezes, e não precisa ser na academia. O indicado é que atividades de força, como musculação, sejam feitas após a puberdade: 13 anos para as meninas e 15 para os meninos. E a competição nesse caso não deve ser estimulada para não causar lesões, de acordo com o educador físico.
Dependendo da profissão de cada um, o trabalho já é um treino e tanto para braços e pernas. Outra maneira de evitar que os músculos “balancem” é fazer natação ou se exercitar usando garrafas PET, como mostrou D’Elia durante o programa.
Três séries de 15 a 20 repetições são o ideal. O consultor também deu dicas de movimentos com uma bola para tonificar a parte interna da coxa. Em seis semanas, os resultados começam a aparecer.
Tipos de músculos
A musculatura lenta, de cor mais avermelhada, é menos elástica e aguenta menos peso. É o grupo em que as costas se encaixam. A rápida, por sua vez, é mais esbranquiçada, elástica e resistente ao peso. Mas, assim que usada, se cansa. É o caso do tríceps. A panturrilha e a região interna da coxa são um misto dos dois tipos de fibras, que podem se comparar a um espaguete.
A musculatura lenta, de cor mais avermelhada, é menos elástica e aguenta menos peso. É o grupo em que as costas se encaixam. A rápida, por sua vez, é mais esbranquiçada, elástica e resistente ao peso. Mas, assim que usada, se cansa. É o caso do tríceps. A panturrilha e a região interna da coxa são um misto dos dois tipos de fibras, que podem se comparar a um espaguete.
Alccy Marthins