sexta-feira, 20 de maio de 2011

PROFESSOR: UM PROFISSIONAL DE GRANDE VALOR

Apesar de avanços pontuais em alguns Estados, o professor brasileiro continua muito mal pago, em comparação com seus colegas em outros países. Como se não bastasse isso, aqui no Brasil as classes são mais cheias, com mais alunos por professor, o que demanda mais tempo e atenção do profissional. Essas constatações, feitas por uma pesquisa da Unesco, mostram fatos já conhecidos dos brasileiros, mas que ganham relevância quando comparados com a situação de outros países.

De um total de 38 países, o Brasil só não paga pior aos seus professores em início de carreira do que o Peru e a Indonésia. Aqui, o salário anual, em dólares, é de US$ 4.818, metade do valor que nossos vizinhos Argentina e Uruguai pagam e um sexto do que ganha um professor na Suíça. É bom lembrar que, nessa comparação, o raciocínio de que aqui, com os mesmos dólares, se vive melhor do que na Suíça não vale porque os pesquisadores já levaram em conta o custo de vida em cada país.

Além de pagarmos mal, as condições que damos aos professores são piores do que em outros países. No ensino médio, segundo a Unesco, o número de alunos por professor é de 38,6. É a maior razão encontrada em 33 países desenvolvidos e em desenvolvimento onde foi possível comparar essa taxa. A taxa do Brasil é preocupante, mas, para os catastrofistas, é bom lembrar que poderíamos estar muito pior. Na África, há países pobres em que essa média chega a 70. Isso significa que é tão comum encontrar salas de aula com 100 alunos quanto encontrar com 40.


Usar a África como exemplo para dizer que não estamos tão mal assim é uma atitude cretina, é verdade. Mas, como a comparação com a África é frequentemente citada para mostrar o quadro mais negro do que ele é, acho que vale a pena colocar as coisas nas devidas dimensões. O que o estudo aponta para o Brasil que merece reflexão é que, como dizem seus autores, em países em que as condições de trabalho dos professores são boas, a qualidade da educação tende a ser melhor.

Discutimos tanto as razões para a falta da qualidade da nossa educação que às vezes esquecemos o óbvio: professores mais bem pagos e com menos alunos em sala têm condições de desenvolver um trabalho muito melhor.

A diretoria do Sindicato-APEOC convocou os professores e a categoria lotou o plenário da Assembleia Legislativa na manhã desta segunda-feira (16/05) para a discussão do Projeto de Lei do Plano Nacional de Educação (PNE) 2011-2020. O professor Reginaldo Pinheiro, vice-presidente do Sindicato-APEOC, alertou em pronunciamento no plenário aos professores, Comissão de Educação da Assembleia, Comissão Especial do PNE, imprensa, telespectadores da TV Assembleia e ouvintes da FM Assembleia 96,7 que “o Plano de Educação não seja apenas uma Carta de Intenções; que o PNE não foca as principais conquistas dos professores como a Lei do Piso Salarial do Magistério com pelo menos 1/3 da carga horária para planejamento”.

Também declarou o vice-presidente do Sindicato-APEOC: “A sociedade civil, APEOC e CNTE defendem a aplicação de pelo menos 10% do PIB na educação brasileira; é chegada a hora da valorização efetiva dos professores”. Ao final do pronunciamento no plenário 13 de Maio, durante o Seminário sobre o projeto de lei do Plano Nacional de Educação (PNE), o professor Reginaldo Pinheiro foi aplaudido pela categoria que lotou a Assembleia Legislativa.

DIA 06 DE JUNHO NOVA AUDIÊNCIA DO SINDICATO-APEOC COM O GOVERNADOR CID GOMES! QUEM É DE LUTA NÃO CANSA!
Precisamos nos organizar no sentido de que a educação só será um fruto bom, ou seja, benefico se de fato ocorrer investimentos suficientes na educação. Todos os professores sejam efetivos ou temporários devem está unidos por uma só causa que é a educação e vaolrização o professor como um profissional de valor realmente. 
Alccy Marthins