quarta-feira, 24 de agosto de 2011

DILMA ROUSSEFF ELEITA A 3ª MULHER MAIS PODEROSA DO MUNDO

Presidente Dilma Rousseff
Foto: Agência Brasil
 


A presidente do Brasil, Dilma Rousseff, é a terceira mulher mais poderosa do mundo, de acordo com o ranking da revista norte-americana Forbes, divulgado nesta quarta-feira (24). Na primeira posição, aparece a primeira-ministra da Alemanha, Angela Merkel, seguida pela secretária de Estado dos Estados Unidos, Hillary Clinton.



A lista da revista norte-americana é dominada por políticas, empresárias e líderes dos setores de mídia e entretenimento. A modelo brasileira Gisele Bündchen está no 60º lugar.



Empresárias
Entre as mulheres do mundo dos negócios, a mais bem colocada é a indiana Indra Nooyi (4ª no ranking geral), que comanda a PepsiCo, seguida pela chefe de operações do Facebook, Sheryl Sandberg (5ª), e pela presidente da norte-americana Kraft Foods, Irene Rosenfeld (10ª). Nenhuma brasileira aparece na lista nessa categoria.



Tecnologia
Na 6ª posição está Melinda Gates, mulher do fundador da Microsoft, Bill Gates, e cofundadora da Fundação Bill e Melinda Gates. O Google apareceu na lista, na 16ª posição, com Susan Wojcicki, de 43 anos, vice-presidente da empresa e responsável por 96% das receitas do Google. E no 42º lugar, com a vice-presidente de mapas e serviços de localização, Marissa Mayer.



No 20º lugar ficou Cher Wang, de 52 anos, cofundadora da HTC, responsável por um em cada cinco smartphones fabricados no mundo. Na 31ª posição apareceu Arianna Huffington, editora-chefe do site Huffington Post, que foi comprado pelo AOL por US$ 315 milhões. Carol Bartz, presidente-executiva do Yahoo!, está no 37ª lugar, seguida por Safra Catz, na 40ª posição, presidente da Oracle. Katie Jacobs Stanton, vice-presidente de estratégia internacional do Twitter, apareceu na 56ª posição. E no 82º lugar está Virginia Rometty, promovida em 2010 a líder global em vendas, marketing e estratégia da IBM.


Política
A primeira-dama dos Estados Unidos, Michelle Obama, que no ano passado ficou no topo do ranking, este ano caiu para a oitava posição. A presidente da Argentina, Cristina Kirchner, aparece na 17ª posição. Oito chefes de Estado e 29 presidentes-executivas estão na lista das 100 mulheres mais poderosas do mundo. Elas têm em média 54 anos e controlam, juntas US$ 30 trilhões. Vinte e duas delas são solteiras.



Moda e entretenimento
Lady Gaga foi a melhor colocada, em 11º lugar. A cantora também foi considerada a celebridade mais importante do mundo pela “Forbes”, estando a frente de Oprah Winfrey (14ª colocada). A apresentadora de TV, cuja fortuna é estimada em US$ 2,4 bilhões, largou seu talk show neste ano para criar a sua própria emissora de TV. Quem também entrou no top 20 foi a cantora Beyoncé, no 18º lugar. Angeline Jolie conseguiu a 29ª posição no ranking.
 
 
Colocação Nome O que faz País
Angela Merkel Primeira-ministra da Alemanha Alemanha
Hillary Clinton Secretária de Estado dos EUA EUA
Dilma Rousseff
Presidente do Brasil

Brasil
Indra Nooyi Presidente e diretora executiva da PepsiCo EUA
Sheryl Sandberg Chefe de operações do Facebook EUA
Melinda Gates Cofundadora da fundação Bill & Melinda Gates EUA
Sonia Gandhi Presidente da India India
Michelle Obama Primeira-dama dos EUA EUA
Christine Lagarde Diretora-gerente do FMI França
10ª Irene Rosenfeld Presidente da Kraft Foods EUA
11ª Lady Gaga Cantora EUA
12ª Jill Abramson Editora executiva do New York Times EUA
13ª Kathleen Sebelius Secretária de Saúde dos EUA EUA
14ª Oprah Winfrey Apresentadora de televisão EUA
15ª Janet Napolitano Secretária de Segurança Interna dos EUA EUA
16ª Susan Wojcicki Vice-presidente do Google EUA
17ª Cristina Fernandez Presidente da Argentina Argentina
18ª Beyoncé Knowles Cantora EUA
19ª Georgina Rinehart Presidente executiva da HPPL Austrália
20ª Cher Wang Cofundadora e presidente do conselho da HTC Taiwan
60ª Gisele Bündchen Modelo Brasil



Motivos
Conforme a publicação, Dilma fez história como a primeira mulher a liderar a maior potência econômica da América Latina, enquanto Merkel foi citada como a única mulher chefe de uma economia global real da Europa. Hillary foi elogiada por ter lidado com as revoluções no Oriente Médio e revelações do WikiLeaks em seu segundo ano no cargo.



"Ao longo das múltiplas esferas de influência, essas mulheres alcançaram o poder por meio da conectividade, habilidade de construir uma comunidade ao redor de organizações que elas supervisionam, países que lideram, causas que encabeçam e marcas pessoais", acrescentou a "Forbes".




Alccy Marthins
@alcy_martins




ENTENDA O CANCER CHAMADO LINFOMA



O ator Reynaldo Gianecchini (Foto: Divulgação)
O ator Reynaldo Gianecchini
Foto: TV GLOBO




O Hospital Sírio Libanês, na região central de São Paulo, onde Reynaldo Gianecchini está internado, confirmou na segunda-feira (22) que o tipo de câncer do ator é um linfoma de células T angioimunoblástico. Existem vários tipos de linfomas e, segundo especialistas ouvidos pelo G1, essa é uma variante rara e agressiva.



Os médicos consultados foram o oncologista clínico Vladmir Cordeiro de Lima, do Hospital A.C. Camargo, e a infectologista e oncologista Nise Yamaguchi, do Instituto Avanços em Medicina, ambos de São Paulo.



Eles afirmaram que a variante é mais agressiva que o linfoma difuso de grandes células B, contra o qual a presidente Dilma Rousseff lutou em 2009, quando ainda era ministra da Casa Civil. Segundo Lima, esse tipo corresponde a entre 3% e 5% dos linfomas não Hodgkins. Os linfomas se dividem em dois grandes grupos: Hodgkins e não Hodgkins; dentro desses grupos, ainda há variantes bem diferentes entre si.



O que é?
O linfoma é resultado de uma mutação em uma célula do sistema linfático, ligado à defesa do organismo. Essa célula passa a se multiplicar de maneira descontrolada, formando tumores. Isso pode acontecer nos diferentes tipos de células encontradas no sistema, principalmente nas células B e células T.



As células T, afetadas no caso de Gianecchini, são responsáveis pela defesa celular. São elas que regulam o funcionamento do sistema imunológico. O linfoma de células T angioimunoblástico acomete primeiro os gânglios, pequenos órgãos espalhados pelo corpo que fazem parte do sistema linfático, produzindo anticorpos. Em seguida, pode atingir outras partes do organismo, como a medula óssea, o fígado, o intestino e a pele.




O principal tratamento disponível para esse tipo de linfoma nessa situação é a quimioterapia. A quimioterapia é um tratamento intensivo com compostos químicos que atacam os tumores, mas que causam efeitos colaterais em todo o corpo -- o mais conhecido é a queda de pelos e, por isso, pacientes de câncer muitas vezes raspam o cabelo.




Há ainda pesquisas indicando para possíveis tratamentos com alvos moleculares, capazes de interromper o crescimento dos tumores. Contudo esses são tratamentos experimentais e não seriam adotados desde o princípio.




Caso o organismo responda bem à quimioterapia, é feito um transplante autólogo de medula óssea, após a quimioterapia. Nesse processo, os médicos retiram e congelam células sadias da medula. Depois, à base de medicamentos, eliminam toda a medula presente no corpo para, em seguida, injetar novamente apenas as células sadias. “Você só pode fazer isso se a pessoa tiver uma excelente resposta à quimioterapia”, ressaltou Yamaguchi.




Segundo Lima, o outro especialista consultado, a taxa de cura máxima que o tratamento atinge “varia entre 50% e 60%”. Pode parecer baixa, mas não é, se comparada a tumores em outros órgãos. “Os linfomas são um dos tipos mais curáveis do câncer. Mesmo disseminado, você pode ter cura”, garantiu Yamaguchi, que preferiu não falar em números.



Os próximos passos
Segundo os médicos, a resposta do corpo depende muito do quadro clínico. “Normalmente, a avaliação é depois de dois a três ciclos de quimioterapia”, contou Lima, oncologista do A.C. Camargo. Se for assim, só se saberá como será a evolução do tratamento daqui a cerca de dois meses.



Para Yamaguchi, esse período pode ser ainda mais breve, pois há marcadores que permitem identificar o tamanho dos gânglios. Se eles diminuírem, é sinal de que o tratamento está tendo efeito. Se o tratamento não funcionar, a alternativa seria usar outro tipo de quimioterapia. “A cada tratamento que não funciona, a probabilidade de resposta diminui. A maior chance de cura é sempre no primeiro tratamento”, afirmou Lima.




Reynaldo Gianecchini está com 38 anos. “O fato de ele ser novo é bom, pois ele tolera tratamentos mais agressivos”, explicou Lima. Segundo os oncologistas, quando o paciente não acumula doenças crônicas, tende a ter menos complicações e interrupções no tratamento.




Alccy Marthins
@alcy_martins