quinta-feira, 12 de maio de 2011

IMPOTÊNCIA SEXUAL ATINGE 25 MILHÕES DE BRASILEIROS

Impotência sexual é um assunto sobre o qual muitos homens evitam falar, mas atinge, em algum grau, 25 milhões de brasileiros acima dos 18 anos. Entre a faixa dos 40 anos, 30% não conseguem ter relações por falta de ereção. Mas o problema tem tratamento, que pode variar de terapia a prótese peniana, passando por remédio oral e injeção.


No Bem Estar desta quarta-feira (11), estiveram o endocrinologista Alfredo Halpern, que também é consultor do programa, e o urologista Sidney Glina. Eles explicaram a influência de hormônios e outros fatores no aparecimento da disfunção erétil. Também destacaram que essa é uma situação que deve ser trabalhada e resolvida a dois.


Para ter uma ereção, o homem precisa receber estímulos, que podem ser uma visão, um toque ou pensamento. E é necessário haver um equilíbrio de hormônios, nervos e circulação. Nas ruas, o apresentador Fernando Rocha e a repórter Marina Araújo conversaram com homens e mulheres sobre o assunto. No estúdio, os especialistas disseram que o excesso de adrenalina e ansiedade também pode prejudicar o desempenho na relação. Segundo Halpern, o sexo deve ser natural, sem se preocupar tanto com a performance. Por outro lado, afirmou ele, as mulheres estão mais liberadas e exigem mais dos parceiros.

É importante diferenciar quando há um falha eventual, motivada por fatores específicos, de quando o problema requer acompanhamento médico. O tratamento inicia-se com uma avaliação laboratorial para saber como estão o metabolismo, o colesterol e os triglicérides. Mesmo que o paciente busque uma terapia de apoio, caso a origem seja psicológica, costuma-se indicar remédio via oral para ajudar a resolver a impotência. Mas é bom conhecer os riscos de vício psicológico no medicamento, pois muitos homens sem a doença fazem uso deles apenas para melhorar o desempenho sexual.


Dados internacionais revelam que até 70% dos pacientes respondem bem ao tratamento com medicação. Quando o homem não reage ao remédio, porém, é indicado o implante de prótese peniana.
Com a idade, a tendência é que o distúrbio se agrave. E quem tem ejaculação precoce pode ter impotência mais tarde. Além disso, os mais velhos costumam a ficar mais doentes, tomar mais remédios e sofrer mais complicações psicológicas, hormonais e vasculares. Depois dos 30 anos, já começam a diminuir os níveis de testosterona no corpo masculino.

Doenças cardiovasculares também podem dificultar a ereção, porque tornam os vasos sanguíneos mais rígidos e atrapalham a vasodilatação. Já a diabetes interfere nos nervos e vasos, comprometendo o processo. Por isso, deve-se controlar as taxas de glicose. Problemas na próstata e uso de anabolizantes ou remédios contra depressão, hipertensão ou para emagrecer também podem piorar a situação.

O cigarro, por sua vez, obstrui os vasos, levando menos sangue até os corpos cavernosos do pênis. O sedentarismo aumenta a gordura abdominal, atinge os vasos e diminui a testosterona. Além disso, o estresse e a depressão interferem nos sinais cerebrais e podem desencadear a perda do desejo sexual.

Alccy Marthins

REFLUXO ESOFÁGICO E FLAVONÓIDES: CUIDE-SE SEMPRE

Cerca de 35 milhões de brasileiros têm refluxo, um problema que atinge tanto crianças quanto adultos e causa queimação e retorno do alimento pelo esôfago, junto com o suco gástrico. Esse distúrbio é muitas vezes confundido com azia ou gastrite e é provocado por uma falha em uma válvula que separa o esôfago do estômago.



Para esclarecer o que causa o refluxo, como evitá-lo e tratá-lo, o Bem Estar desta terça-feira (10) convidou a pediatra e consultora Ana Escobar e o clínico geral Arnaldo Lichtenstein, do Hospital das Clínicas da USP. No estúdio, os médicos explicaram como é feito o diagnóstico e quais alimentos podem desencadear essa reação. Frutas ácidas, como abacaxi e limão, molho de tomate, café, leite chocolate e outros produtos gordurosos devem ser evitados.Ana Escobar também falou sobre como identificar o problema em bebês, que podem acabar se engasgando mais facilmente. Deitar a criança sempre um pouco mais inclinada, com a cabeça de lado, pode ajudar.

Quando o estômago está muito cheio, o efeito pode ser pior. No refluxo, o músculo na extremidade inferior do esôfago não desenvolveu direito ou é "fraco", fazendo com que o alimento volte em direção à boca. Em casos mais graves, o tratamento pode ser a cirurgia. O médico refaz a válvula para que ela fique firme e o conteúdo ácido (de pH 3, altamente corrosivo) do estômago não retorne para o esôfago. Além de queimação no tórax e incômodo, o problema pode causar tosse, rouquidão, ronco e até sangue pela boca. Também pode piorar o quadro de pessoas hipertensas.

Refluxo em bebês
Se for muito frequente, pode levar à desnutrição, pois a criança deixa de ganhar peso em decorrência do excesso de vômitos, além de problemas respiratórios como pneumonia (o leite pode ir para o pulmão) e esofagite (inflamação do esôfago pela volta do suco gástrico). Se o problema persistir por mais de 20 dias, já pode haver lesões.

Todas as crianças nascem com a válvula do esôfago imatura. Até os 2 meses, é normal que o bebê tenha refluxo. A mãe pode desconfiar dessa situação quando o filho chora sem parar. Na consulta com o pediatra, é possível fazer três exames: cintilografia (ingerir leite com uma substância colorida, que aparece no resultado e mostra o caminho percorrido pelo líquido), raio X e pHmetria, uma sonda que mede o pH no esôfago durante 24 horas.

Cuidados recomendados:

- Deixar a criança no colo até arrotar;
- Evitar chacoalhá-la após a mamada;
- Colocá-la para dormir com o berço inclinado;
- Evitar pressionar o abdômen na troca de fraldas;
- Evitar alimentos proibidos;
- Engrossar o leite, se indicado pelo pediatra;
- Seguir a medicação corretamente.


Flavonoides
O programa falou, ainda, sobre os benefícios dos flavonoides para a saúde. Essas substâncias, presentes em frutas como maçã, uva e morango, ajudam o organismo a funcionar melhor e previnem os radicais livres, combatendo o envelhecimento. Os flavonoides também equilibram o colesterol, reduzem os riscos cardíacos e têm ação anti-inflamatória. Mas é importante comer a casca e preferir as frutas frescas, que contêm maior quantidade desses componentes que os sucos.

Alccy Marthins