sábado, 24 de dezembro de 2011

BÓSON DE HIGGS - PARTÍCULA DE DEUS: ESTÁ PERTO DE SUA EXISTENCIA SER CONFIRMADA

Cientistas encontram sinais da existência da 'partícula de Deus'
"Colisão de feixes de prótons observada no GCH, na Suíça | Foto: Reuters"


O prêmio mais cobiçado da física de partículas - o bóson de Higgs - está mais perto de ter sua existência confirmada, segundo o anúncio de pesquisadores que encontraram novos indícios da chamada 'partícula de Deus' no Grande Colisor de Hádrons (GCH) em Genebra.


A partícula é considerada o pedaço que falta na principal teoria da física de partículas - conhecida como Modelo Padrão - que descreve como partículas e forças interagem. Ela seria responsável por dar massa a todas as outras partículas.

Durante um seminário do Cern, organização que opera o GCH, nesta terça-feira, cientistas anunciaram que dois experimentos no colisor conseguiram encontrar sinais que podem ser do bóson de Higgs, causando furor na comunidade científica.

No entanto, os pesquisadores ainda não tem dados suficientes para reivindicar verdadeiramente a descoberta. Encontrar o bóson de Higgs seria um dos maiores avanços científicos dos últimos 60 anos. De acordo com os cientistas, ela é crucial para a compreensão do universo, mas nunca foi observada em experimentos.
Qualidade 'excepcional'
Dois experimentos separados no Grande Colisor de Hádrons - Atlas e CMS - procuram separadamente pela partícula. A teoria do Modelo Padrão não prevê uma massa exata para o bóson de Higgs. Por isso, os físicos precisam utilizar aceleradores de partículas como o GCH para procurar o bóson dentro de um intervalo de massas.

O Atlas e o CMS procuram sinais da partícula entre bilhões de colisões que ocorrem em cada experimento do GCH. Evidências da existência dela apareceriam como pequenos 'picos' nos gráficos dos físicos.

Nesta terça-feira, os diretores dos dois projetos disseram ter encontrado estas evidências no intervalo de massa entre 124 e 125 giga elétron-volts (GeV) - cerca de 130 vezes mais pesado do que os prótons encontrados no núcleo dos átomos.

'O excesso (referindo-se ao 'pulo' nos dados) pode ser o resultado de uma flutuação, mas também pode ser algo mais interessante. Não podemos excluir nada neste estágio', disse Fabiola Gianotti, porta-voz do Atlas.

Guido Tonelli, porta-voz do CMS, disse que 'o excesso é muito compatível com um (bóson de) Higgs do Modelo Padrão nos arredores de 124 giga elétron-volts e abaixo disso, mas a significância estatística dele ainda não é suficiente para dizer nada conclusivo'.

'O que vemos é consistente tanto como uma flutuação como com a presença do bóson.' A confirmação estatística da medida obtida pelos experimentos ainda é muito baixa para classificá-la formalmente como uma descoberta.

Mecanismo do universo
Colisão de feixes de prótons. | Foto: PA
"Colisão de feixes de prótons. | Foto: PA"


Segundo os cientistas, quando o universo esfriou após o Big Bang, uma força invisível conhecida como o campo de Higgs teria se formado juntamente com o bóson de Higgs. É este campo que dá massa às partículas fundamentais que formam os átomos. Sem ele, estas partículas passariam pelo cosmos na velocidade da luz e não conseguiriam se aglutinar.


O modo como o campo de Higgs trabalha foi associado ao modo como fotógrafos e repórteres se reúnem ao redor de uma celebridade. O grupo de pessoas é 'atraído' fortemente pela celebridade e cria resistência ao seu movimento em um salão, por exemplo.


Dessa maneira, o grupo dá 'massa' àquela celebridade, tornando sua movimentação mais lenta. 'A questão do (bóson de) Higgs é que sempre dizemos que precisamos dele para explicar a massa, mas sua importância real é que precisamos dele para entender o universo', disse à BBC Tara Shears, física especializada em partículas, da Universidade de Liverpool.


'Descobrir a partícula confirma que a abordagem que estamos usando para entender o universo está correta.' Estas preocupações motivam o esforço do Cern para destacar o bóson de Higgs e outros fenômenos usando o GCH.


O Grande Colisor de Hádrons fica em um túnel circular de 27 quilômetros de comprimento na fronteira entre a França e a Suíça, repleto de ímãs que 'conduzem' partículas de prótons pelo imenso anel.


Em certos pontos do trajeto, o colisor faz com que os feixes de prótons se choquem uns com os outros a uma velocidade próxima à velocidade da luz, para que seja possível detectar outras novas partículas nos resultados da colisão.



Blog ALCCY NEWS autorizado pela BBC Brasil

 

THE QUEEN'S TRADITIONAL CHRISTMAS DAY MESSAGE - LONDON

The message, recorded earlier this month and before Prince Philip's illness, follows an event-filled 12 months for the Royal household. This year has seen the wedding of the Duke and Duchess of Cambridge, an historic visit to Ireland and the meeting with the Commonwealth leaders during a trip to Australia.


In the address, which is written by the monarch, the Queen says: "Of course, family does not necessarily mean blood relatives but often a description of a community, organisation or nation. "The Commonwealth is a family of 53 nations, all with a common bond, shared beliefs, mutual values and goals."

Royal commentator Dickie Arbiter says this year's speech is also linked to the royal events scheduled for 2012: "Don't forget this is a message to the Commonwealth family - it's been a big year and next year will be huge with Diamond Jubilee."




This year's broadcast features the Band of the Irish Guards playing the carol O Little Town of Bethlehem. Children from St Joseph's Catholic Infants' School in Camberwell, south London are also part of the message with a scene from a nativity play.
It was recorded in the 1844 room in Buckingham Palace. The message will be broadcast at 3pm on Christmas Day on TV and radio, as well as being available on the Royal Channel on YouTube.


COMISSÃO DA VERDADE: UMA VITÓRIA DA LIBERDADE BRASILEIRA

A presidente Dilma Rousseff sancionou nesta sexta-feira a lei que cria a Comissão da Verdade para esclarecer crimes e abusos contra direitos humanos cometidos no país entre 1946 e 1988, período que engloba o regime militar (1964-1985).


A Comissão, cuja criação foi proposta em 2009, terá um prazo de dois anos para investigar as violações de direitos humanos ocorridas no período. Ela é criada no Brasil anos após outros países latino-americanos que viveram sob regimes militares instalarem comissões semelhantes.


O grupo será composto por sete integrantes, que serão indicados pela Presidência da República, ponto polêmico na elaboração do projeto, que foi aprovado sem oposição no Congresso. Presa por três anos e torturada durante o regime militar, Dilma disse que a aprovação da Comissão é um "passo decisivo" na consolidação da democracia brasileira.


"(As leis) colocam o nosso país num patamar superior, num patamar de subordinação do Estado aos direitos humanos", disse a presidente a uma plateia que incluiu os comandantes de Exército, Marinha e Aeronáutica.


"É uma data histórica para o Brasil, é o dia em que comemoramos e a partir de agora iremos comemorar a transparência e celebrar a verdade. "O projeto brasileiro foi inspirado em investigações semelhantes adotadas por Argentina, Chile, Peru, Guatemala e El Salvador. Alguns desses países instalaram tais grupos logo após o fim de seus regimes militares.


A Organização das Nações Unidas (ONU) elogiou a criação da Comissão, "há muito tempo aguardada", e a considerou como um "passo importante para desvendar a verdade sobre as violações aos direitos humanos passadas".


"(A Comissão) é essencial e um primeiro passo bem-vindo para curar as feridas do país e esclarecer erros do passado", disse a alta comissariada da ONU para Direitos Humanos, Navi Pillay, em comunicado.


SIGILO LIMITADO


A presidente sancionou ainda a lei que garante o acesso a documentos públicos de órgãos federais, estaduais, distritais e municipais dos três Poderes. De acordo com a lei, os órgãos públicos deverão disponibilizar, na Internet, arquivos como planos de governo e prestações de contas.


O sigilo ocorrerá apenas em casos de proteção da segurança do Estado e dados de caráter pessoal. Dilma disse que, com a nova lei, o sigilo não colocará "sob guarida" desrespeitos aos direitos humanos. "É fundamental (para) que esses fatos que mancharam nossa história nunca mais voltem a acontecer", disse.


A lei determina o prazo em que os documentos deverão ser mantidos sob sigilo: 25 anos para informações ultrassecretas, 15 anos para os dados secretos e cinco anos para os reservados. A prorrogação do prazo só será concedida para os documentos ultrassecretos, por única vez, limitando a restrição ao acesso a 50 anos.



OAB-PE É CONTRA AUXÍLIO-MORADIA PARA DEPUTADOS DE PERNAMBUCO

 
 

Criou polêmica entre a população pernambucana a concessão de auxílio-moradia para os deputados estaduais, benefício criado por eles mesmos e que começou a ser pago em setembro passado. O assunto veio à tona esta semana, quando o blog pernambucano Acerto de Contas trouxe uma reportagem a respeito.



 "Eu, como contribuinte, me sinto lesado. A gente vê as condições precárias de acesso a moradia que a maioria da população tem. E uma parte privilegiada tem direito a esse benefício, enquanto a camada que mais precisa não tem acesso a esse recurso. No mínimo, é uma falta de respeito", critica o educador Davinson Neves.



Para o digitador Júlio César, a população precisa se manifestar. "Como são eles mesmos que fazem as leis, são eles que mandam e a gente não pode fazer nada. Mas acho que a gente tem que gritar de alguma forma, para que isso não aconteça de novo", ressalta.



A decisão que concede a 52 parlamentares - ex-deputados e ex-suplentes da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) que exerceram o mandato no período entre 1994 e 1997 - o direito de receber até R$ 354 mil de auxílio-moradia, cada um, foi aprovada pela Mesa Diretora da Alepe. Após a aprovação, a medida foi publicada no Diário Oficial de 23 de dezembro de 2010, sem nenhum destaque.



Tecnicamente chamada de "parcela autônoma de equivalência", a determinação deveria conceder o valor a deputados que não tinham residência fixa na cidade sede do poder legislativo – no caso, Recife –, mas a maioria dos beneficiados morava na capital pernambucana ou na Região Metropolitana. Os deputados dizem que se basearam na equivalência salarial entre os três poderes, um direito garantido pela Constituição. Assim, eles começaram a receber o benefício em setembro passado, dividido em 36 parcelas.



Dos 49 deputados estaduais que cumprem mandato hoje, apenas dois estão recebendo essa verba extra. A assessoria de imprensa da Assembleia Legislativa explicou que os parlamentares consideram o pagamento do benefício legal, pois o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) reconheceu o direito do Supremo Tribunal Federal de incorporar o auxílio-moradia como remuneração no período de 1994 a 1997.



A Ordem dos Advogados do Brasil em Pernambuco (OAB-PE) diz que a medida não obedeceu aos critérios de transparência e de moralidade e estuda medidas legais para tentar suspender o pagamento. “Esse auxílio é, no mínimo, imoral. Nós faremos um ofício à Assembleia cobrando fundamentações técnicas desses pagamentos.



Cobraremos também uma cópia do parecer do procurador geral que opinou pelo pagamento das verbas. Mas a legalidade não é pautada apenas em regras jurídicas. Nós temos princípios que também são normas jurídicas. E esses, claramente, já foram violados”, disse Catarina Almeida de Oliveira, presidente em exercício da OAB-PE.