Marco Archer dentro da cadeia na Indonésia
(Foto: Rogério Paez / Arquivo pessoal)
Na minha opinião, se um brasileiro sai de seu país para cometer crime em outro perde o meu respeito totalmente. Já que no Brasil traficante é considerado até um ser capaz de comandar parte do Estado, só podemos mesmo é considerar a atitude da Indonésia de brutal. Se formos analisar bem esse brasileiro não foi condenado AO FUZILAMENTO como forma de pena de morte, por vender bombons ou trabalhar dignamente e sim por traficar drogas ilícitas, entendem, fornecer o descaminho e a destruição de famílias inteiras.
É claro que nessas horas, nos parece todo coitadinho e quase um inocente, porém não devemos nos esquecer do seu real objetivo naquele país. Traficar é crime e ponto final. Estamos em uma sociedade hipocrita que parece justificar as mais variadas formas de crimes como sendo por causa da infância difícil, pobreza, falta de carinho, falta de escolas, falta disso e daquilo. O que não é verdade plenamente. Não posso deixar de lembrar que somos considerados racionais portanto, nossas ações são feitas de acordo com nossa razão.
E me surpreende muito que estamos em pleno século XXI e as drogas ilícitas, ainda estejam tão a volta, com tanta informação sobre seus males, como afirma Michael Foucoult "a sociedade caminha com os pés do descaminho" e agora me volto e revolto também as drogas lícitas (medicamentos), que estão tomando conta dos diversos seguimentos da sociedade silenciosamente. Nem todo medicamento que tomamos apenas provoca efeitos benéficos, se fosse assim não teríamos tantas pessoas viciadas em Haloperidol, Diazepan e tantos outros. Não considero que um ser humano venha a ter direitos humanos quando este é violado.
Afirmo, Direitos Humanos apenas para quem é humano, desumano não lhes pertence tal invocação. Aqui no Brasil os diversos crimes são considerados acontecimentos ou fatos sociais e isto não configura o cumprimento de seu efeito criminalmente falando, pois temos recursos para isto e muito mais, para descaminhar sua punição. Nosso judiciário está mascarado e violado, nosso legislativo está sem efeito social é apenas um reflexo dos ideais dos megaempresários que acabam promovendo o nosso executivo. Entende é assim, nossos direitos tornam-se mera especulação. Traficar é uma forma de corrupção e ponto final, portanto CRIME.
O secretário-geral do Itamaraty, Sérgio Danese, reuniu-se, em Brasília, com o embaixador da Indonésia no Brasil, Toto Riyanto, para manifestar a “profunda inconformidade” com o fuzilamento. O Itamaraty voltou a dizer que o cumprimento da sentença de morte representa uma “sombra” nas relações entre os países. Ou seja, o Itamaraty disse, olha se vocês matarem esse brasileiro, não venderemos - não sei o que - e nem - compraremos também não sei o que. Ora vejamos, o Brasil, jamais consegueria impedir essa execução.
Antes da execução, em entrevista à GloboNews, o ex-cônsul do Brasil em Bali Renato Vianna explicou que Archer e os demais condenados à morte seriam transferidos para um lugar próximo à penitenciária e depois fuzilados por 12 atiradores. Questionado sobre outros brasileiros anteriormente condenados pelo mesmo motivo na Indonésia e que conseguiram se livrar da pena de morte, Vianna destacou que, no período, as penas não eram tão rígidas com relação às drogas. Explicou ainda que a legislação foi mudada há uns 15 anos. "A Indonésia é um país tranquilo, bem aberto, mas eles são muito restritos com relação às drogas. Se a pessoa for pega com um cigarro de maconha, ela vai ser presa e está arriscada a passar até oito anos na cadeia", afirmou. Imaginem se isso vira punição aqui no Brasil.
Ele acrescentou que há 138 pessoas para serem executadas – metade são estrangeiras. Outra notificação ser presa na condição de traficante fora do Brasil é perigoso porque não existe desde de imediato advocados que descondenem os traficantes, entendem. As leis da Indonésia contra crimes relacionados a drogas estão entre as mais rígidas do mundo e contam com o apoio da população. "Com isso [as execuções], mandamos uma mensagem clara para os membros dos cartéis do narcotráfico.
Não há clemência para os traficantes", afirmou Muhammad Prasetyo, procurador-geral da Indonésia. Vale lembrar, que a Indonésia é praticamente islâmica, porém em parte não é justificativa para isso, é porque traficar é crime e não admite-se contrariedade. Ressalto que aproximadamente 300 terroristas foram liberados de prisões na Indonésia e estão livres para provocar o mal as nações. De um lado temos traficantes x terroristas, nenhum desses grupos, são considerados profissionais legitimos. São na verdade uma degeneração de uma sociedade que não pensa no humano e sim como extorquir tal humano.
Além de Marco Archer, outro brasileiro aguarda no corredor da morte da Indonésia, o paranaense Rodrigo Muxfeldt Gularte, também por tráfico de cocaína. Lembro esse brasileiro não foi vender jujuba na Idonésia e sim cocaína.
Assinado por: Alccy Marthins