domingo, 25 de dezembro de 2011

DILMA ROUSSEFF NAS ONDAS DA MÍDIA

O tema política externa foi o mais abordado pela presidente Dilma Rousseff em entrevistas a jornalistas no decorrer de 2011. Ela concedeu 61 entrevistas à imprensa, 17 a mais que seu antecessor, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no primeiro ano de governo do primeiro mandato.



O G1 preparou uma nuvem com as 300 palavras mais ditas por Dilma nas entrevistas concedidas à mídia brasileira e estrangeira de maneira exclusiva ou em coletivas de imprensa. “Brasil”, “fazer”, “governo”, “gente”, “vamos” e “acho” estão entre as palavras mais pronunciadas pela presidente.



Nmvem de Palavas, entrevistas de Dilma em 2011 (Foto: Editoria de Arte / G1)


Assuntos internacionais estiveram frequentemente em pauta durante as entrevistas concedidas por Dilma porque, em parte dos momentos em que falou com a imprensa, a presidente estava no exterior. Das 61 entrevistas concedidas em 2011, 18 foram realizadas durante viagens oficiais a outros países. Em Nova York (Estados Unidos), por exemplo, Dilma deu cinco entrevistas em três dias, de 19 a 22 de setembro. Ela estava na cidade para abrir a 66ª Assembleia Geral das Nações Unidas.



Os Estados Unidos foram citados em cerca de 22 entrevistas, a Argentina foi mencionada 15 vezes e a China foi assunto 12 vezes.
Dilma Lula 2003 Lula 2007 Lula 2010
Total 61 44 163 181
Tipos de entrevistas
Coletivas 48 34 110 98
Exclusivas 13 10 53 83
Tipo de veículos
Imprensa brasileira 53 37 134 167
Impresa estrangeira 8 7 29 14



O professor de Ciências Políticas da UnB Paulo Kramer diz que um dos motivos pelos quais a presidente concede frequentemente entrevistas no exterior é o fato de haver menos jornalistas nas coletivas de imprensa, o que impede uma avalanche de perguntas. “Para uma pessoa que me parece mais retraída, isso pode deixá-la mais à vontade”.


O segundo tema mais abordado por Dilma nas entrevistas foi infraestrutura. Durante as mais de 70 viagens feitas a cidades brasileiras, a presidente participou de diversas inaugurações de obras e lançamento de programas, onde frequentemente são discutidos andamentos de projetos locais.


No ano, Dilma concedeu mais entrevistas fora de Brasília do que efetivamente na sede do governo, o Palácio do Planalto. Foram 25 conversas com a imprensa durante viagens pelo país contra 19 entrevistas no Palácio.


Outro assunto que Dilma teve de abordar por diversas vezes foram as denúncias que apareceram ao longo do ano sobre alguns de seus ministros. Tanto no Brasil quanto no exterior, jornalistas indagaram a presidente sobre os casos.


Em viagem à Venezuela, por exemplo, Dilma disse não ser propriamente uma “romântica”, ao ser perguntada sobre uma "declaração de amor" do então ministro do Trabalho, Carlos Lupi. Na ocasião, ela afirmou ainda que resolveria “qualquer situação” na segunda-feira (5 de dezembro). O ex-ministro se adiantou e deixou o cargo no domingo (4).
 
 
A imagem do Lula mobilizador das massas deu lugar para um político mais técnico, de gestão, controle e cobrança. Ela precisa da mídia para mostrar isso"
Consultor político Gaudêncio Torquato


Lula
Apesar de ter um perfil menos popular do que o de Lula, Dilma falou 61 vezes com a imprensa, número maior do que seu antecessor em 2003, primeiro ano do primeiro mandato dele -- foram 44 conversas com a imprensa, sendo dez exclusivas e sete com a imprensa internacional.


O consultor político Gaudêncio Torquato acredita que Dilma tenha concedido mais entrevistas que Lula porque ela precisa da mídia para criar sua própria identidade e “não se deixar canibalizar com a personalidade forte do Lula”.

“A imagem do Lula mobilizador das massas deu lugar para um político mais técnico, de gestão, controle e cobrança. [...] Ela precisa da mídia para mostrar isso”, afirma Torquato. Já o professor de Ciências Políticas da UnB e consultor de empresas Paulo Kramer acredita que a Dilma é “menos carismática” e menos capaz que Lula de estabelecer uma “química” imediata com o grande público.
“Dilma precisa da imprensa, do efeito multiplicador da mídia para compensar essas dificuldades de comunicação espontânea. Ela não é uma pessoa de improvisar, o Lula passou a vida fazendo isso”.

Os números mostram que, com o tempo, o ex-presidente Lula passou a conceder mais entrevistas. No primeiro ano do segundo mandato, 2007, Lula falou 163 vezes com a imprensa. Já em 2010, último ano na Presidência e de campanha eleitoral, ele concedeu 181 entrevistas, crescimento de 411% em 7 anos.

 
Saiba mais


Rádios
Dilma diz que considera o rádio um dos mais importantes instrumentos de comunicação. “Quero dizer para vocês uma coisa: a rádio é um dos instrumentos mais importantes, eu acho, de um contato, [...] de uma conversa com a população", disse ela numa entrevista a rádios paraenses quando estava em Fernando Beltrão para o lançamento do Plano Safra da Agricultura Familiar 2011/2012, em julho. "É uma forma de a gente chegar à população mesmo quando ela está no trabalho, porque [...] a gente liga o rádio e pode fazer todas as coisas”, disse durante a entrevista.


Neste ano Dilma concedeu entrevistas a 21 rádios – sendo apenas uma internacional, a rádio ONU. Em várias ocasiões ela agrupava duas ou três emissoras de uma mesma cidade para uma entrevista única.


Foi o caso de Fortaleza. No dia 11 de agosto, em visita oficial à capital cearense, a presidente concedeu entrevista coletiva a três rádios simultaneamente, a AM 810 Verdes Mares, a FM 93 e a Jangadeiro FM.


Enquanto Dilma deu atenção especial às rádios, Lula optou – ainda durante seu primeiro ano – pelas entrevistas coletivas setorizadas, ou seja, grupos de jornalistas de um mesmo meio de comunicação, como TVs, internet, porém de empresas diferentes. A única entrevista que o ex-presidente concedeu a rádios em 2003 foi para um grupo de dez radialistas, em 26 de outubro

TV RECORD: EDIR MACEDO AFIRMA QUE O DINHEIRO ESTÁ ACABANDO


 
 
 
Record está reduzindo a sua folha de pagamentos no Rio. De acordo com o Sindicato dos Radialistas do Rio de Janeiro, dos dias 16 de setembro a 20 de dezembro a emissora demitiu 246 funcionários, sendo a maior poarte do Recnov, centro de teledramaturgia do canal.
 

"Seguranças, motoristas, produtores e câmeras; os cortes atingiram todos os setores do Recnov", disse o presidente do sindicato, Miguel Walther Costa, que ainda falou o que teria motivado as demissões: "tudo começou quando iniciamos uma campanha trabalhista pelo fim do banco de horas na Record e pela volta do pagamento das horas extras. Eles estão demitindo como retaliação".
 

As demissões teriam atingido também o jornalismo local. Vinte profissionais, entre jornalistas e radialistas, deixaram a Record há alguns dias. Com o fim das edições regionais do "Hoje em Dia", deverão haver novos cortes em Belo Horizonte, Porto Alegre e Salvador.
 


Procurada, a Record disse que alguns setores do Recnov, como segurança e transporte, foram terceirizados, enquanto outras pessoas foram substituídas. A emissora comentou ainda que contratou 60 novos profissionais para atender à produção de dramaturgia.
 
 
 
 
 
 
Pelo visto a Record não quer nem mais saber de Tom Cavalcante. Segundo o jornalista Fernando Oliveira, praticamente toda a equipe responsável pela produção do “Show do Tom”, incluindo pessoas jurídicas, foi demitida do canal. Apenas três pessoas conseguiram ser recolocadas em outras atrações da emissora.
 
A publicação diz ainda que há aqueles que pedem uma nova oportunidade no canal, a Record responde: “Vá pedir emprego ao Tom, ele que te demitiu”. A maior parte dos funcionários foi demitida via e-mail.
 
Mas realmente essas pessoas devem voltar a trabalhar com o humorista que, apesar de negar, deve estar muito próximo de assinar com a Globo. Grande parte da imprensa aposta no anuncio da emissora carioca, sobre a contratação, logo após o contrato dele com a TV Record acabar, no final deste mês.


TV RECORD: UMA TV QUE DEMITE....