Parte dos funcionários do Instituto Médico Legal (IML), ligados ao Sindicato da Polícia Civil (Sinpoci), aderiu à paralisação da polícia civil na manhã desta sexta-feira (6), em Fortaleza. Na entrada do órgão, a reportagem da TV Verdes Mares flagrou pessoas sendo enviadas de volta para casa sem atendimento. O diretor da unidade, Maximiano Chaves, confirmou ao G1 que há uma paralisação, mas apenas de funcionários auxiliares. Médicos e peritos, segundo ele, continuam trabalhando.
O pedreiro José Pereira da Silva diz que há dois dias espera por liberação do corpo do irmão, que foi assassinado. “Nossa família é de Chorozinho e está toda aqui, ansiosa para poder fazer o enterro” conta ele, após ser mandado embora por funcionários do IML. Mas, para o diretor, a espera de Silva não pode ser justificada com a greve. “Até ontem [quinta-feira] estava tudo normal, todos trabalhando. Ele não está esperando há dois dias por causa disso, deve ser algum problema de documentação”, explica.
“As pessoas podem continuar vindo e procurando o atendimento normalmente”, garante o diretor. Segundo o coordenador dos peritos forenses, Rômulo Costa, o trabalhos dos peritos continua sendo realizado dentro da normalidade no IML e no Sistema de Verificação de Óbitos (SVO). “O que acontece é que há uma minoria ligada ao Sinpoci, e eles estão afirmando que estamos parados. Mas nós [peritos] já temos uma negociação em andamento com o governo, não temos interesse em parar”, explica.