sábado, 30 de abril de 2011

PRINCÍPE WILLIAMS E A PRINCESA, DUQUESA, CONDENSSA E BARONESA (PDCB) CATHERINE DE GALES

Londres foi o ponto do planeta que centralizou as atenções de muitos bilhões de pessoas, nesta sexta-feira (29). O repórter Marcos Losekann deu detalhes do casamento real.

Jamais uma festa reuniu tanta gente dentro e fora do palácio, na Grã-Bretanha e nos quatro cantos do mundo. Cerca de 2 bilhões de pessoas assistiram à cerimônia pela TV. Em Londres, 1 milhão de súditos e fãs da realeza saíram às ruas para tentar chegar o mais perto possível do cortejo e do palácio de Buckingham para assistir à tradicional cena do beijo na saca.

E para completar tudo isso, o tempo colaborou. São Pedro mandou uma bênção do céu. E se não fez sol o dia inteiro, pelo menos não caiu uma gota de chuva, contrariando a previsão do tempo. Na primeira entrevista coletiva depois do casamento, Catherine disse que estava muito feliz, inclusive porque o tempo tinha colaborado.

Enfim, uma bela festa, que começou bem cedo.Um reino de ansiedade: o príncipe herdeiro do império britânico à espera de sua noiva diante do altar. Ele chegou à abadia acompanhado do irmão Harry, padrinho de casamento. Passou o tempo conversando com os convidados.

Entre nobres e plebeus, havia também reis do esporte. O jogador David Beckham e o nadador australiano Ian Thorpe, amigos do noivo.

Famílias reais de vários países compareceram à festa que se transformou em uma celebração da monarquia. Do lado plebeu, a mãe da noiva e Philippa, irmã e a madrinha.

Com a chegada do Príncipe Charles, pai do noivo, com a segunda mulher, Camilla, e da Rainha Elizabeth II, a corte estava quase completa, só faltava a noiva.

E ela chegou deslumbrante. Era o fim de um segredo de estado: o vestido confeccionado pela estilista Sara Burton realçava a simplicidade sem deixar de destacar a elegância de Kate. Sobre a cabeça, uma tiara emprestada pela avó do noivo, a rainha.

O príncipe ficou encantado. Quando recebeu a noiva no altar, ele exclamou: "Você está linda!".

Na hora dos votos, os dois jovens pareciam tentar segurar um sorriso maroto para não quebrar a solenidade da ocasião.

Aliança, somente para Catherine. Ouro do País de Gales, que o príncipe representa. Wiliam já havia anunciado que não usaria um anel. Não é obrigatório e nem precisa: o mundo inteiro é testemunha desta união.

O cantor Elton John, que era amigo da princesa Diana, mãe do noivo, se juntou à congregação para entoar os cânticos religiosos. E depois, o hino nacional, ''Deus salve a rainha''.

Nas ruas de Londres, as vozes dos súditos, se juntaram às dos convidados. Na saída da igreja, Catherine fez uma obrigatória reverência ao passar diante da rainha. Ao som dos sinos da abadia, William e Catherine lideraram o cortejo.

Romântico, ele pergunta: "Você está feliz?". A resposta estava na cara.

Catherine, que entrou plebeia na igreja, agora é sua alteza real, Princesa William de Gales. Também duquesa de Cambridge, Condessa de Strathearn e Baronesa de Carrickfergus, títulos concedidos ao casal pela Rainha Elizabeth II.

Depois que os noivos, a rainha e todos os convidados entraram no palácio, a polícia retirou as barreiras que cercavam o caminho do cortejo. Com o espaço livre, súditos e fãs puderam se aproximar dos portões do Palácio de Buckingham para o momento mais esperado do esperado deste conto de fadas moderno.

Diante do povo, o novo casal real sela sua união com um gesto bem popular: um beijo. Tão rápido, que a multidão não se contenta, quer ver de novo, pede e o casal atende.

Aviões da Real Força Aérea sobrevoaram o palácio. Mais tarde, para a surpresa de todos, o príncipe e sua mulher saíram de carro conversível. Foram até a residência oficial do Príncipe de Gales se arrumar para o jantar. Foi o auge de uma festa de muita pompa e tradição que reviveu a magia das grandes histórias de amor.


Alccy Marthins

CESARE BATTISTI: DEVE VOLTAR PARA A ITALIA

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva rejeitou a extradição do ativista de esquerda Cesare Battisti para a Itália. E acatou o parecer elaborado pela Advocacia Geral da União (AGU) que recomendava a manutenção de Battisti em território brasileiro. A decisão foi tomada com base no tratado de extradição firmado entre Brasil e Itália.

Com a decisão de Lula, caberá ao Supremo Tribunal Federal (STF) decidir sobre a libertação do italiano, que está preso no Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília, onde aguarda a conclusão do processo de extradição. O governo italiano pode recorrer ao STF contra a decisão de Lula. É necesário que esse terrorista criminoso vá para seu país e deixe de viver as custas do povo brasileiro, sei que temos um tratato, mas tudo tem limite.

O caso envolvendo a extradição do ativista para a Itália transformou-se em uma das maiores polêmicas da diplomacia brasileira durante o segundo mandato do ex-presidente Lula. Battisti foi preso no Rio de Janeiro em 2007. Em janeiro de 2009, o então ministro da Justiça, Tarso Genro, concedeu refúgio ao ex-ativista, sob a justificativa de "fundado temor de perseguição”.

Membro do grupo Proletários Armados para o Comunismo (PAC), Battisti foi condenado à prisão perpétua na Itália pela suposta autoria de quatro assassinatos na década de 1970. A defesa nega o envolvimento do ex-ativista em assassinatos e acusa o governo italiano de perseguição política.

No dia 19 de novembro de 2009, o STF autorizou a extradição de Battisti para a Itália, revogando a decisão de Genro, depois de sucessivos movimentos diplomáticos da Itália para pressionar o Brasil a entregar o ex-ativista.

Por 5 votos a 4, os ministros do STF entenderam que o refúgio concedido pelo governo brasileiro a Battisti foi irregular. Os magistrados consideraram que Battisti não era um perseguido político e por isso não teria direito ao refúgio. Mas decidiram deixar a palavra final sobre a extradição ao presidente.


Fuga para o Brasil
Battisti fugiu da Itália em 1981, refugiou-se no México e passou 11 anos como exilado político na França durante o governo de François Mitterand, mas teve o benefício cassado. Ele chegou ao Brasil em 2004, também foragido, em busca de um último porto.

Em fevereiro deste ano, a 2ª Vara Criminal da Justiça Federal do Rio de Janeiro condenou o ex-ativista a dois anos de prisão, em regime aberto, por ter entrado no país com passaporte falso. Battisti recorreu da condenação e o processo ainda está em andamento. Segundo o Ministério da Justiça, Battisti pode cumprir a pena no Brasil, que envolve serviços comunitários e o pagamento de multa de dez salários mínimos (R$ 5,1 mil).


Esse criminoso deve voltar para a Italia e ser julgado, porque até onde sabemos, ele fez crime na Italia em varios países do mundo, inclusive no Brasil.
Fora Cesare Battisti


Alccy Marthins

quarta-feira, 27 de abril de 2011

INDISCIPLINA DE ALUNO DEVE SER PUNIDA PELO CÓDIGO PENAL

A Câmara analisa o Projeto de Lei 267/11 que estabelece  punições para estudantes que desrespeitarem professores ou violarem regras  éticas e de comportamento de instituições de ensino. O projeto é de autoria da  deputada Cida Borghetti (PP-PR).
Em caso de descumprimento, o estudante  infrator ficará sujeito a suspensão e, na hipótese de reincidência grave,  encaminhamento à autoridade judiciária competente.
A proposta muda o  Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei 8.069/90) para incluir o respeito aos  códigos de ética e de conduta como responsabilidade e dever da criança e do  adolescente na condição de estudante. 
A indisciplina de acordo com a autora, a indisciplina em sala de aula  tornou-se algo rotineiro nas escolas brasileiras e o número de casos de  violência contra professores aumenta assustadoramente. Ela diz que, além dos  episódios de violência física contra os educadores, há casos de agressões  verbais, que, em muitos casos, acabam sem punição.

Chamo aqui todos os professores do Brasil, a fornecer apoio a Deputada Cida Borghetti, e pressionar o Congresso  a aprovar essa lei mais do que importante é uma questão de sobrevivência e de plena cidadania.


ALCY MARTINS  

TOM CAVALCANTE SE TORNA LIXO DO HUMOR NA RECÓPIA (tv record)

São sempre numerosas as reclamações contra a baixa qualidade apresentada na grande maioria dos programas de humor. Em boa parte todas essas críticas são válidas e procedentes, porque as emissoras e os próprios profissionais envolvidos não têm com as suas produções o mesmo cuidado que é observado nos demais setores. O resultado, sem qualquer exceção, está sempre próximo do caótico e desinteressante.

Lamentavelmente, já não temos tantos talentos como no passado. Figuras como Chico Anysio, o próprio Jô, Renato Aragão, entre tantos, além de outros que já nos deixaram, não foram substituídas a altura. Mais do que nunca os textos dos bons redatores se transformaram em peças imprescindíveis, mas que raramente são observados - na medida em que deveriam - pelos artistas e diretores envolvidos. O que se vê, como consequência de tudo isso, é o excesso de improviso por trás e na frente das câmeras. Fica nítido o amadorismo no ar.

O humor, representado por tudo o que existe nas mais diversas emissoras, nunca esteve tão mal representado como nos dias atuais. É uma tristeza se ver. Os humorista atuais não faz rir, forçam sorrisos. Tom Cavalcante se tornou lixo na Recópia (
TV RECORD), Pânico (Rede TV) é apelação ao extremo e CQC (Band) é inútil.

ALCY MARTINS


DECISÃO TRABALHISTA PODE SOFRER DESCONSTINUAÇÃO POR SENTENÇA PENAL

Sentença da justiça criminal pode desconstituir decisão dada na esfera trabalhista. Com este entendimento, a Subseção 2 Especializada em Dissídios Individuais do Tribunal Superior do Trabalho desconstituiu, em ação rescisória, decisão trabalhista que determinou a demissão por justa causa de um trabalhador que foi, posteriormente, absolvido criminalmente da suposta falta grave.
 
O ministro João Oreste Dalazen considerou justificada a prevalência da decisão criminal no âmbito trabalhista por entender que “no juízo penal há uma busca incessante pela verdade real em razão da natureza dos interesses em litígio, que envolvem a liberdade das pessoas”. Ele também afastou a alegação de ofensa à Súmula 83, item I, do TST porque para ele a súmula restringe-se às hipóteses em que “se constata intensa controvérsia jurisprudencial ao tempo da prolação da decisão rescindenda”.
A redação do item I da súmula 83 é a seguinte: “Não procede o pedido formulado na ação rescisória por violação literal de lei se a decisão rescindenda estiver baseada em texto legal infraconstitucional, de interpretação controvertida nos Tribunais”.
Segundo o ministro, ficou demonstrada a violação ao artigo 65, do Código de Processo Penal, pois a sentença criminal dispôs de um modo e a decisão regional em sentido “diametralmente oposto”.
Dalazen lembrou que a regra geral é a não vinculação do juízo trabalhista ao juízo criminal, e que as exceções estão previstas justamente no artigo 65 do CPP. A norma, explicou, visa evitar decisões contraditórias, no sentido de que um mesmo fato ou uma mesma conduta sejam valorados de forma diferente nas esferas penal e trabalhista.
A corrente aberta por ele foi seguida pelos ministros Emmanoel Pereira, Alberto Bresciani, Pedro Manus, Barros Levenhagen e pela juíza convocada Maria Doralice Novaes. O relator do recurso, ministro Renato de Lacerda Paiva, considerou que a Súmula nº 83, item I, do TST era aplicável ao caso.
 
O caso

 
Em novembro de 1985 o autor da ação brigou com outro empregado da transportadora em que trabalhavam e a empresa o afastou ao abrir um inquérito judicial trabalhista para apuração de falta grave, já que ele tinha estabilidade de dirigente sindical. Paralelamente, foi aberto um inquérito policial para apurar as agressões.
A 3ª Vara do Trabalho de Canoas (RS) julgou procedente o inquérito para apuração de falta grave e decretou a rescisão do contrato de trabalho. No dia 11 de março de 1988, o trabalhador foi dispensado com fundamento no artigo 482, alínea “j”, da CLT que considera justa causa o “ato lesivo da honra ou da boa fama praticado no serviço contra qualquer pessoa, ou ofensas físicas, nas mesmas condições, salvo em caso de legítima defesa, própria ou de outrem”.
No dia seguinte, a Justiça criminal o absolveu da acusação de crime de lesões corporais por entender que ele reagira à agressão em legítima defesa.
Após o trânsito em julgado da sentença absolutória, o empregado interpôs recurso ordinário, alegando violação do artigo 65 do Código de Processo Penal, segundo o qual “faz coisa julgada no cível a sentença penal que reconhecer ter sido o ato praticado em estado de necessidade, em legítima defesa, em estrito cumprimento de dever legal ou no exercício regular de direito”.
A 4ª Turma do Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região (RS) negou provimento ao recurso ordinário e manteve a sentença que reconheceu a justa causa. Diante disso, ele ingressou com uma ação rescisória, que ao ser julgada procedente pelo TRT-RS desconstituiu a decisão da Turma.
A empresa recorreu ao TST, por meio de recurso ordinário em ação rescisória, argumentando que a sentença criminal que absolveu o trabalhador em nada impede que o mesmo fato seja considerado sob outra ótica pelo juízo do trabalho.
 
Alcy Martins

segunda-feira, 25 de abril de 2011

FALTAM PEDIATRAS NO BRASIL

Toda mãe, todo pai, até uma criança sabe o valor do pediatra. E todo mundo é capaz de imaginar o drama de não ter este médico quando mais se precisa.
A busca desesperada por um médico especialista em crianças, o pediatra, virou situação comum em todo o país. Porque, no Brasil, hoje, faltam pediatras. Em 1996, 13,6% dos médicos eram pediatras. Hoje, 9,8%.

A explicação para faltar mais pediatras do que outros médicos começa nas faculdades: os alunos de medicina estão desistindo da pediatria.
“Até uns dez anos atrás, um quarto dos cem alunos de cada turma da santa casa tinham essa preferência, pediatria. No correr do último decênio, nós notamos que houve uma queda no interesse, conta o pediatra Júlio Toporovski.

Ele atende em consultório e também na Santa Casa de São Paulo, onde, há 40 anos, é professor na residência em pediatria. A residência é um curso prático, feito depois dos seis anos obrigatórios de medicina. Referência na área, Doutor Julio sabe que o problema de falta de pediatras é nacional.

“Na minha turma só eu fiz pediatria, de 50 alunos”, diz a residente de pediatria Karina de Oliveira.

Com a diminuição da procura da pediatria, nós fomos perdendo bolsas. Então hoje nós temos 10 vagas, mas só seis bolsas, explica José Eduardo Bueno, coordenador de pediatria da PUC/Sorocaba.

O número de inscritos para a prova nacional que dá o título de pediatra depois de feita a residência caiu 42% nos últimos 12 anos.

“Se nós não fizermos nada hoje, nós não teremos pediatras no futuro”, alerta Gloria Barreto Lopes, presidente da Sociedade Sergipana de Pediatria.


No estado de Sergipe, existem dois hospitais que oferecem residência em pediatria, mas neste ano nenhuma vaga foi ocupada. Em um deles, por falta de residentes, o atendimento às crianças já está sendo prejudicado.

Em Divinópolis, Minas Gerais, o maior hospital da cidade fechou o pronto-atendimento infantil há cinco meses.

“Nós necessitamos de sete profissionais para cumprir uma escala semanal. No mês de outubro estávamos contando apenas com três profissionais. Não foi possível mantê-lo aberto”, conta Alair Rodrigues, diretor do Hospital São João de Deus, Divinópolis/MG.

No Hospital Juscelino Kubitschek, em Nilópolis, bem perto do Rio de Janeiro, a placa já avisa as mães: não há pediatra após as 18h. Por "problemas técnicos". O diretor-administrativo João Faria Moreira explica que problemas são esses.

“A médica de quinta-feira pediu exoneração. Na Baixada Fluminense, infelizmente, é muito difícil você achar pediatra. É muito grande a procura. Se eu pegar as fichas ali você vai ver que hoje a gente atendeu 300 crianças. E nós temos três pediatras de dia e três pediatras de noite”.

De onde se conclui que, no turno do dia, até as 18h, cada pediatra do hospital atendeu 100 crianças. Ou uma criança a cada sete minutos.

As equipes do Fantástico percorreram o Brasil de norte a sul. De Pernambuco ao Rio Grande do Sul. E a situação é sempre a mesma. Faltam médicos para atender as crianças. Mas por quê? Por que tantos pediatras estão pedindo demissão? E por que os estudantes de medicina não querem mais saber dessa especialidade?
“Meu pai é cirurgião-geral. Por ele, eu não faria pediatria. Então eu não sofri influência de ninguém, porque ele falava: ‘Filha, você vai morrer de fome’”, relata a residente Marcela Romangneli.
Contra a carreira de pediatra, conta também o fantasma dos telefonemas a qualquer hora do dia ou da noite.
“Eu procuro ligar sempre, antes de dar qualquer coisa. Eu acho que eles preferem que ligue”, acredita a mãe Andrea Sirolin.
A repórter pergunta se o Dr. Toporovski concorda: “Eu prefiro que não liguem, mas faz parte da profissão. É uma consulta, 200 telefonemas”, brinca o médico.
E as ligações fora de hora são apenas uma das razões. “O pediatra trabalha muito, recebe telefonema em casa, tem que estar à disposição da família. E ganha pouco”, Ricardo Gurgel, vice-presidente da Sociedade Sergipana de Pediatria.
O médico Eduardo da Costa e Silva, de 37 anos, desistiu rapidamente da pediatria. Encarou mais dois anos de nova residência e virou radiologista - faz laudos de exames de imagem e quase não tem lida com pacientes.
“Agora, para ganhar o mesmo, eu trabalho menos. Eu não trabalho dando plantão. Tenho horário mais ou menos fixo, de segunda a sexta, sei mais ou menos a hora que vou sair para casa, sei a hora que vou entrar no trabalho. Não é o dia-a-dia do pediatra comum”.
“O aluno quer uma coisa cada vez mais especializada. Ele gosta da tecnologia. Ele quer que trabalhe com as especialidades que tenham procedimentos, porque isso leva a uma melhor remuneração”, conta Jucille Meneses, presidente de Pediatria de Pernambuco.
Procedimentos são exames, cirurgias, ações pagas à parte. Na pediatria, tudo isso é raro. O dia-a-dia é feito só de consultas. E consultas demoradas.
“A criança não te diz o que sente, muitas vezes. É um trabalho de detetive. Você olha para ela entrando, olhando, vendo e tal, a mãe te dá uma noção. Você precisa ter paciência e ir juntando as pecinhas pra conseguir chegar a um diagnóstico”, afirma a pediatra Daniele Castro.

Alcy Martins

PRF CONSTATA DIMINUIÇÃO DE 18% EM MORTES NA SEMANA SANTA - 2011

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) informou nesta segunda-feira (25), em balanço divulgado em Brasília, que o número de mortes nas estradas federais diminuiu 18% na Semana Santa em relação ao feriado de carnaval.
A estatística da PRF compara os seis dias de operação da Semana Santa (de 19 a 24) com os seis dias da operação do carnaval (de 4 a 9 de março).
Segundo o PRF, os 3.861 acidentes da Semana Santa resultaram em 175 mortes. No carnaval, 213 pessoas morreram em 4.165 acidentes nas estradas federais. O número de feridos, de acordo com a PRF, também diminuiu (2.274 na Semana Santa e 2.441 no Carnaval).
O estado que registrou o maior número de mortes, segundo o balanço nacional da Polícia Rodoviária Federal, foi a Bahia (25) - a informação da PRF no estado é de que morreram 22, mas esse número diz respeito somente ao período entre quarta (20) e domingo (24), não incluindo a terça (19), quando três pessoas morreram em rodovias federais da Bahia.
Em Minas Gerais, houve 24 mortos, informou a PRF. No estados da região Sul (Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul), aconteceram 14 mortes em cada um, de acordo com a polícia.
O número de mortos nas estradas no último feriadão também foi 10% menor se considerada a média diária. No carnaval, 35 pessoas morreram por dia em acidentes nas rodovias brasileiras. Na Semana Santa, foram registradas 31 mortes/dia.
O maior número de feridos foi registrado em Minas Gerais (363), seguido por Santa Catarina (288) e Paraná (271). No Rio Grande do Sul, 219 pessoas se feriram nas estradas e nas estradas de São Paulo esse número chegou a 143.
Bebida alcoolica Durante o feriado religioso, mais de 28 mil motoristas fizeram o teste do bafômetro. Desse total, 309 foram presos em flagrante e encaminhados a delegacias. Outros 754 foram reprovados no teste por ter ingerido bebidas alcoólicas antes de dirigir.
A PRF informou ainda que a quantidade de motoristas flagrados dirigindo após terem ingerido bebida alcoolica é semelhante ao registrado no carnaval. Durante a Operação Semana Santa, foram feitos quase 20 mil testes por dia e, em média, 52 motoristas embriagados foram flagrados.
De acordo com a Polícia Rodoviária, a comparação foi feita com o feriado do carnaval porque os dois períodos de folga tiveram a mesma duração. A Operação Semana Santa foi a segunda maior da PRF neste ano, perdendo apenas para a mobilização feita no carnaval.
O coordenador-geral de Operações da PRF, Inspetor Giovanni de Mambro, afirmou que a expectativa era por uma redução maior, apesar do aumento na quantidade de veículos circulando nas estradas brasileiras. Segundo ele, o principal motivo na queda no número de mortes nas estradas é a conscientização dos motoristas.
“Percebemos que esse feriado favoreceu um aumento no fluxo de veículos. Tivemos os principais corredores estrangulados, engarrafamentos significativos. A redução talvez [tenha ocorrido] por uma composição de fatores, como campanhas para tentar conscientizar os usuários”, afirmou do Mambro.
O comando da operação fez ainda críticas em relação à falta de infraestrutura do sistema rodoviário brasileiro, que contribui para a insegurança nas estradas. O inspetor Giovanni Di Mambro afirma que falhas de engenharia são fatores que contribuem para a violência nas estradas.
Segundo ele, a frota brasileira de carros aumentou pelo menos 150% nos últimos 15 anos e não foram construídos novos trechos de estradas, apenas foram recuperadas as vias.
“Nossa estrutura de transporte rodoviário é da década de 1980. Rodovia segura não é rodovia sem buraco. É uma rodovia duplicada, sinalizada, com menos curva, viaduto, túnel. Não tem como se colocar toda a culpa no usuário. É uma série de fatores que têm que se analisados”, disse o comandante-geral de Operações da PF.
Ano passado
Em relação ao feriado da Semana Santa do ano passado, o número de mortos nas rodovias federais aumentou 53,5%, mas, em 2010, a operação da Polícia Rodoviária Federal durou quatro dias e não seis, como neste ano.
Em 2010, PRF registrou 114 mortes nas estradas federais na Semana Santa e, neste ano 175.

Alcy Martins

quinta-feira, 21 de abril de 2011

AMOR E REVOLUÇÃO: UMA NOVELA DO SBT OU DO PT

Atuações constrangedoras, diálogos inverossímeis e equívocos históricos. Estes são alguns dos ingredientes básicos – mas não exclusivos – de “Amor e Revolução”, novela da vez do SBT, que retrata a repressão a militantes de esquerda durante a ditadura (1964-1985). A crítica tem sido arrasadora e a audiência derrapa. Um fracasso total? Mais espero melhoras.

O mérito da novela é escancarar um tema ainda tabu, como indica um dos ataques mais irados contra o folhetim, vindo de militares de pijama congregados na Associação Beneficente dos Militares Inativos e Graduados da Aeronáutica (ABMIGAer), sediada em Belo Horizonte. Indignados, os militares (fúria adormecida) reformados lançaram um abaixo-assinado na internet em que pedem a censura à novela do SBT. Não é mais o tempo deles.
No texto, os militares evocam a Lei da Anistia, ignorando que ela não instituiu nenhum tipo de cerceamento a informações sobre o período. Também destilam teorias conspiratórias ao insinuar um acordo entre Silvio Santos e o governo Dilma Rousseff. Um se livraria da dívida do Panamericano e o outro conquistaria apoio popular para a criação da Comissão da Verdade, cuja finalidade é esclarecer as violações de direitos humanos praticadas durante a ditadura. Que brisa…

O argumento da associação é que a a novela pode colocar o povo contra as Forças Armadas. Difícil avaliar o impacto dela na popularidade da farda, mas é certo que torturadores e assassinos têm razão para desassossego. A brutalidade da ditadura está na telinha.
Mas a realidade, como sempre, supera a ficção – e os clichês também. Ao fim de cada capítulo, a novela apresenta depoimentos em que personagens reais narram os horrores de que foi capaz a ditadura. Embora a fórmula seja copiada de Manoel Carlos, o tema vem com profundidade nunca exibida antes na TV. É o que se salva de “Amor e Revolução”, e o que mais incomoda os saudosos da linha dura. A novela põe na sala da galera um assunto que defensores do regime militar se esforçam para que repousem no esquecimento, tentando reeditar o expediente mais perverso e longevo dos anos de chumbo: a censura.

Ainda que tocada num ritmo de dramalhão mexicano supertrash e a avacalhar a luta armada, “Amor e Revolução” nos ajuda a encarar o passado. E iniciativas como a da ABMIGAer, no máximo, trazem mais atenção à trama, talvez a indicar que o vento sopra a favor da elucidação dos crimes nas masmorras da ditadura. Resta torcer para que a discussão sobreviva à novela.
Não é preciso ninguém me dizer que o PT não esteja satisfeito com a novela do SBT, quem sabe até a Presidente Dilma Rousseff, não apareça na novela, afinal ela mesma foi uma das vítima da Ditura Militar.


Alccy Martins

quarta-feira, 20 de abril de 2011

ZONA DE EXCLUSÃO SERÁ APLICADA PELO JAPAO AO REDOR DA USINA

...O Japão começará a implantar uma zona de exclusão em torno de sua usina nuclear danificada … ....O Japão começará a implantar uma zona de exclusão em torno de sua usina nuclear danificada na sexta-feira, informou um comunicado nesta quarta-feira, em meio as preocupações crescentes sobre os efeitos de uma exposição de longo prazo à radiação.
O primeiro-ministro Naoto Kan anunciará a decisão para designar a área de 20 quilômetros em torno do complexo de Fukushima quando visitar a área na quinta-feira, informou a agência de notícias Kyodo, citando fontes não identificadas.
O governo permitirá a um membro de cada família levada a abrigos para fora da região retornar à casa sob supervisão para recolher seus pertences, informou a Kyodo.
"A designação da zona de exclusão pretende aumentar o controle do governo sobre a área para a qual pessoas retiradas têm voltado à casa por conta própria para colegar pertences, apesar dos temores de radiação, que prossegue na usina de Daiichi, de Fukushima", informou o relatório.
Não estava claro quais punições essas pessoas poderiam ser submetidas por violar a ordem.
Técnicos vêm lutando para consertar os reatores da usina, que foi atingida pelo terremoto de 11 de março seguido de forte tsunami que devastou o nordeste do Japão.
O sistema de refrigeração foi destruído, o que fez com que a temperatura dos reatores subissem, elevando os temores de um derretimento do núcleo.
Pessoas que moravam a um raio de 20 km da usina foram obrigadas a se retirar, enquanto aquelas que moravam em um raio de 10 km foram ordenadas a permanecer em suas casas.
Dos 3.378 moradores do raio de 20 km de 29 de março a 18 de abril, 63 famílias permaneceram, disse Kyodo.
O porta-voz do governo, Yukio Edano, disse em coletiva de imprensa que Kan faria uma visita de um dia a Fukushima na quinta-feira e encontraria moradores obrigados a se retirar nas cidades de Tamura e Koriyama.
"Há muitas pessoas em abrigos que foram evacuadas e só tinham as roupas do corpoo", disse Edano, citado pela agência Kyodo. "Acredito que é dever do governo apoiar firmemente essas pessoas."

Alccy Mathins