domingo, 10 de julho de 2011

VALTER HUGO MÃE: O BRASIL NÃO PODE SER UM PAÍS QUALQUER

Um dos escritores mais celebrados até agora nesta edição da Flip, o escritor angolano radicado em Portugal valter hugo mãe - assim mesmo, com minúsculas - declarou ao G1, após participar de um debate nesta sexta-feira (8), que deve muito de sua formação à cultura brasileira.
"O Brasil não pode ser um país qualquer para um português.




A nossa cultura mescla-se muito. A maneira como eu cresci criou muitas referências que têm tem a ver com o Brasil", disse o escritor de 40 anos apadrinhado por José Saramago, enumerando alguns de seus principais ídolos literários brasileiros. "Já devorei Guimarães Rosa, Clarice Lispector, Drummond e Paulo Leminski, que eu queria muito ver se conseguia viabilizar uma edição dele em Portugal."



Cantor de uma banda de rock em Portugal, valter hugo revelou ainda sua grande admiração por músicos como Chico Buarque e Caetano Veloso, a quem descreve como "escritores cantados", e disse que um dos momentos mais emocionantes que teve em Paraty desde que chegou foi durante o show de abertura do evento, comandado por José Miguel Wisnick e Celso Sim e com a participação de Elza Soares. "É uma figura mitológica.


Nunca julguei ter a oportunidade de vê-la de perto. Encontrá-la aqui, durante 30 segundos, foi algo muito especial", tietou. Após o premiado "remorso de baltazar serapião", de 2007, valter hugo está lançando agora, pela editora cosac naify, romance "máquina de fazer espanhóis".



Alccy Marthins