terça-feira, 10 de maio de 2011

PRINCESS DIANA: NEM MORTA DESCANÇA

Um documentário que inclui uma foto feita por paparazzi da princesa Diana morrendo depois de sofrer um acidente de carro em Paris em 1997 está suscitando polêmica três dias antes de ser exibido para a mídia e potenciais compradores em Cannes. "Unlawful killing", dirigido pelo ator britânico Keith Allen e patrocinado por Mohamed al-Fayed, cujo filho Dodi morreu com Diana, deve ser exibido no festival de cinema de Cannes na próxima sexta-feira (13).

Um porta-voz dos patrocinadores do filme buscou minimizar a importância da imagem controversa que será mostrada, depois de uma amiga da princesa Diana ter expressado espanto diante do filme.
"A foto já foi publicada integralmente antes em muitas partes do mundo", disse o porta-voz em e-mail. "Compramos a imagem de uma revista italiana, que já a tinha publicado na íntegra. Ela também está amplamente disponível na Internet. Foi apenas na Grã-Bretanha que a imprensa optou por cobrir o rosto de Diana com uma tarja preta".

"Nosso filme não será exibido no Reino Unido, e o trailer só pode ser visto no site oficial do filme. Logo, não estamos divulgando nada que o resto do mundo já não tenha visto em outros lugares". Mas amigos da princesa, cuja morte marcou o ponto mais baixo da popularidade da monarquia britânica com o público, reagiram com indignação. "Se isto for verdade, é absolutamente repulsivo", disse Rosa Monckton, que passou férias com Diana poucas semanas antes da morte da princesa.

"O fato de pessoas estarem tentando ganhar dinheiro com sua morte - que é só o que estão fazendo agora - é, francamente ... não tenho palavras para expressar", disse Monckton ao jornal britânico Daily Mail nesta terça-feira (10). O filme procura provar que o inquérito realizado em 2007/08 para averiguar as causas da morte de Diana foi um acobertamento dos fatos por parte do "establishment" e de "forças ocultas", segundo declaração dos criadores.

Fayed alega há muito tempo que Dodi e Diana foram mortos por ordem do marido da rainha Elizabeth, príncipe Philip. Ele acredita que a família real não suportava a ideia de ver Diana casar-se com um muçulmano. Investigações de grande dimensões realizadas pelas polícias francesa e britânica concluíram que as mortes foram resultado de um acidente trágico causado pelo motorista do carro, que dirigia em alta velocidade e estava embriagado. Ambas rejeitaram as teorias conspiratórias de Fayed.
Allen disse em comunicado: "Exibir este filme para a mídia mundial em Cannes será emocionante e assustador para mim." Ele disse que assistiu ao inquérito 'clandestinamente' e descreveu a experiência como "aterradora". "Não se trata de uma conspiração antes do acidente, mas de um provável acobertamento depois do acidente", acrescentou. "Em suma, o filme é o inquérito sobre o inquérito".
Um porta-voz de Fayed disse ao Daily Mail: "Ele (Fayed) não tinha conhecimento de que qualquer foto feita de qualquer ocupante do carro faria parte do filme. Ele está horrorizado com isso e tomará as medidas necessárias para assegurar que a foto não faça parte do filme".

Alccy Marthins