Alunos de escola particular apoiaram professores
durante manifestação
durante manifestação
Foto: Vitor Midauar/ VC No G1
Segundo o representante do sindicato dos professores (Apeoc), o professor Vinícius Araújo, a manifestação teve o apoio dos alunos do Farias Brito. “Tivemos a adesão dos alunos, que gritaram junto com a gente e deram todo o apoio quando relembramos o caso de violência na Assembleia Legislativa”, disse Vinícius.
O estudante Cláudio Carvalho Neto, 17 anos, disse que se juntou aos professores durante a manifestação. "Eu e alguns amigos fomos para a frente do colégio, falamos no microfone e conversamos com o pessoal do sindicato. Sou a favor deles desde o início", disse o estudante.
O professor Vinícius Araújo disse ainda que a proposta de reajuste salarial oferecida nesta quarta não contempla os interesses da categoria. “A tabela proposta pelo Fundeb não tem nada certo, apenas possibilidades. Queremos algo concreto”, afirma.
A proposta do Fundeb reajusta o salário dos professores com ensino médio para R$ 1.400 (em vez do atual R$ 1.187) e de professores com ensino superior para R$ 1.820, (atualmente é R$ 1.400). O sindicato exige um salário para professores graduados 60% superior em relação ao salário de professores com ensino médio, o que daria um vencimento de R$ 2.240.
Manifestantes vestiam camisa com estampa lembrando professor
que sangrou em tumulto na última quinta-feira (29) na Assembleia Legislativa
Foto: Arte/ G1 Ceará
Ainda de acordo com representantes do sindicato, alguns professores entraram no ginásio onde acontecia o evento e realizaram um ato. “Após o hino nacional, puxamos a palavra de ordem 'Governo ditador, respeite o professor' e depois fomos conduzidos para fora do prédio por seguranças da instituição”, disse Rosa da Fonseca, uma das manifestantes. Rosa estava vestida com uma camisa que trazia estampada um desenho do tumulto ocorrido na última quinta-feira (29), quando o professor Arivaldo Freitas disse que sangrou após ser atingido com um cassetete por policiais militares.
Impasse já dura dois meses
Os professores estão em greve há 62 dias e reivindicam repercussão do Piso base, pago a professores com ensino médio com carga de 40 horas semanais, aos professores graduados com nível superior. O Tribunal de Justiça do Ceará manteve no dia 19 de setembro a liminar que determina a suspensão da greve e o retorno das atividades com multa diária de R$ 10.000,00.
Nesta luta histórica pela educação em seu sentido strictu sensu, dos professores do Ceara, faz a sociedade acordar para a realidade que é nossa sociedade. Uma categoria que está mostrando que educação é cultura e investimento, e que sociedade é o berço da sua concretabilidade social. Está marcada para Nesta quinta-feira (6/10), a categoria se reúne novamente com representantes do Estado, no Palácio do Abolição, sede do Governo.
Alccy Martins
Twitter: @alcy_martins