É justa a ocupação do plenário da Câmara Municipal de Fortaleza pelos professores em greve, que chamou a atenção pelo inusitado, seria necessário que isso tivesse acontecido no dia em que os vereadores aprovaram o aumento de seus rendimentos em até 60%, já pensou se ocorrese este fato de ocupação em todas as vezes que eles tivessem trabalhando oh coitadinhos foram impedidos de trabalhar, mentira também é história. Além de ultrapassarem os limites das galerias, onde deve ficar o público, e tomarem o espaço destinado aos vereadores, obrigaram os mesmos a se retirar e derrubando a sessão, os grevistas também simularam uma sessão plenária.
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Foto: Kléber A. Gonçalves
O presidente da Câmara, Acrísio Sena (PT), que na campanha era defensor dos professores agora onda de cobra criada da prefeita Luizianne Lins, teve a cara de pau de dizer, em coletiva de imprensa, que os manifestantes (professores que trabalham ate os sabados, diferentes dos canalhas do plenario) haviam excedido seus limites de forma “intempestiva” e inviabilizado os trabalhos de um Parlamento aberto ao diálogo, liberdade a conversa so se fosse para receber apoio para suas campanhas, bando de corruptos e salafrários. Acrísio Sena (PT) disse ainda se sentir desrespeitado, é falta de respeito lutar por seus direitos.
O comando de greve é formado por militantes próximos à Central Única dos Trabalhadores (CUT) no Ceará, entidade aliada à prefeita Luizianne Lins (PT), já sou desconfiado com essa entidade, mas a categoria em greve também dialoga sob a orientação da Central Sindical e Popular (Conlutas). Para João Batista, líder da Conlutas no Ceará, não houve invasão. “A porta estava aberta e entrou uma comissãozinha de 30 professores para, praticamente, implorar aos vereadores. Até porque havia mais de 500 professores lá fora”, disse Batista, que credita a posição de truculência à própria prefeita Luizianne Lins (PT). Os vereadores deveriam estar indignados é com a prefeita de Fortaleza, que mandou um projeto inconstitucional.
ENTENDA O CASO
11 de fevereiro
Professores da rede municipal de Fortaleza entram em estado de greve por discordar do reajuste salarial de 6,47% proposto pela Prefeitura. Eles reivindicam reajuste de 60%, redução da carga horária e mais tempo para planejamento de aulas.
27 de abril
No primeiro dia de aula, quando o calendário das escolas municipais voltaria à normalidade desestabilizada pela greve de 2009, professores paralisam as atividades. Eles pleiteiam piso salarial de R$ 1.187 para carga horária de 40 horas semanais.
18 de maio
Professores continuam em greve e cobram negociação da Prefeitura em manifestação na avenida 13 de maio.19 de maio
Prefeitura de Fortaleza envia projeto de lei à Câmara Municipal e fecha diálogo para negociações.24 de maio
Professores acusam Prefeitura de “traição” em manifestação na Casa.25 de maio
Categoria ocupa plenário e acua vereadores, que são obrigados a deixar o local e suspender sessão.26 de maio
Temerosa, Câmara suspende sessão plenária, triplica guardas e impede entrada de professores na Casa.A prefeita Luizianne Lins, precisa se mancar, e deixar que os professores possam receber o que lhes é de direito.
Alccy Marthins