Os protestos têm como principal foco o abuso do gasto de dinheiro público, como com o estádio Itaquerão, onde o valor inicial de 820 milhões de reais passou para 1,2 bilhões de reais, e obras públicas em hospitais e escolas não tiveram o mesmo investimento. À medida que a Copa do Mundo vai se aproximando, crescem os protestos e manifestações nas ruas do Brasil. Os movimentos contra a realização do Mundial no país, que no ano passado levaram milhares a se manifestarem durante a Copa das Confederações, segue ganhando adeptos também na internet. Há pouco mais de um mês, a página Movimento Anti-Copa de Decoração de Ruas foi criada no Facebook e hoje tem mais de 15 mil curtidas.
Os protestos, em sua maioria organizados por redes sociais, tiveram inicio em diversos locais nas capitais federais e partiram de diversas células da sociedade. Professores, sem tetos, índios e autônomos se engajaram para protestar contra a copa do mundo. No dia 26 de maio de 2014, as manifestações se aproximaram pela primeira vez da delegação da Seleção Brasileira de Futebol em Brasília, onde manifestantes colaram adesivos escritos Não vai tercopa no ônibus oficial da seleção que se dirigia para Petrópolis. . - Pode acreditar, educador vale mais do que o Neymar gritavam os manifestantes. O veículo teve de pegar uma rota alternativa para fugir do bloqueio dos manifestantes. Houve uma correria, mas sem registro de algum grande incidente.
Um painel gigante com grafites feitos em alusão a copa do mundo de propriedade do Metrõ de São Paulo, próximo ao estádio Itaquerão, foi pixado no dia 6 de junho Apesar de membros do governo, como o ministro do esporte, Aldo Rebelo, alegarem que as manifestações de 2013 não iriam durar até a Copa do Mundo, os protestos ocorreram em diversas cidades-sedes do torneio. Esse cenário já era previsto pelas forças de segurança do mundial, sendo que este foi um dos maiores focos de treinamento e investimento.
As manifestações populares tiveram uma dimensão muito menor em relação aos protestos de junho de 2013, mas houve conflitos com as forças policiais em quase todas as cidades-sede, como São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Brasília, Porto Alegre e Fortaleza. Não houve confrontos em Salvador e Manaus. Na capital paulista, a cidade-sede do jogo inaugural do campeonato, houve uma forte e violenta repressão contra os manifestantes por parte da Polícia Militar. O governador Geraldo Alckmin (PSDB) prometeu investigar essas ilegalidades. As manifestações ganharam repercussão na mídia internacional, como na BBC e na CNN.
Na primeira semana do da Copa, houve mais de 20 protestos e 180 detidos, boa parte terminando com ação policial. Em Porto Alegre, no dia 23 de Junho de 2014, entre cerca de 100 e 200 manisfestante aglomeram-se no Camelódromo e de lá tomando a Avenida Borges de Medeiros, apesar do número baixo de manisfestantes, o reforço policial chamou a atenção no protesto desta segunda-feira, foram pouco mais de cem manifestantes, segundo contagem de repórteres, e mil policiais militares (PMs), conforme a Brigada Militar. Os protestos começaram meio-dia, e teve início próximo das 14h. O grupo, sempre entoando cânticos contra a Copa. Sem muitas opções de trajeto, o bloco seguiu até o bairro Cidade Baixa, encerrando a manifestação sem conflitos com a polícia ou depredações. Apenas um manifestante foi preso por esvaziar os pneus de uma viatura.
Ainda no dia 23 de Junho, em São Paulo, cerca de 200 manifestantes reuniram-se na Avenida Paulista (ponto tradicional de protestos) Durante os protestos, um homem não identificado atirou para o alto durante prisão de jovem. Denominado 11º ato contra a Copa em São Paulo, ao menos três pessoas foram presas no ato, entre elas o manifestante Rafael Marques Lusvarghi, de 29 anos que, em protesto em 12 de julho, recebeu um jato de spray de pimenta nos olhos. Argumentado a PM paulista através do tenente coronel José Eduardo Bexiga, comandante da operação, disse que não sabia sobre os disparos e que tampouco havia sido informado sobre os disparos efetuados por um suposto policial civil. "Pergunta para a Polícia Civil", limitou-se a responder, aos ser questionado sobre o incidente.
As preocupações de segurança para o torneio aumentaram desde que massivos protestos ocorreram durante a Copa das Confederações FIFA de 2013.
Em junho de 2013, irromperam no país inúmeras manifestações populares, quando centenas de milhares de pessoas saíram às ruas para contestar os aumentos nas tarifas de transporte público e a truculência das policiais militares estaduais. Os manifestantes também citaram a quantidade de dinheiro público que está sendo investido pelo governo brasileiro na realização da Copa do Mundo, em detrimento dos serviços sociais públicos, que são considerados de má qualidade pela população.
A quatro semanas do início da Copa, movimentos sociais como a Articulação Nacional dos Comitês Populares da Copa (Ancop) e o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) foram às ruas de grandes cidades do Brasil em 15 de maio de 2014, no intitulado Dia Internacional de Lutas contra a Copa. Em São Paulo, importantes vias foram interrompidas, inclusive ao lado da Arena Corinthians. No primeiro dia da Copa do Mundo, houve manifestações contra o evento em diversas cidades-sede. Em São Paulo, a cidade-sede do jogo inaugural do campeonato, houve uma forte e violenta repressão contra os manifestantes por parte da Polícia Militar.
O governador Geraldo Alckmin (PSDB) prometeu investigar essas ilegalidades. Durante a cerimônia de abertura do torneio, na Arena Corinthians, na capital paulista, a presidente Dilma Rousseff foi vaiada e hostilizada por parte dos presentes no estádio. Em resposta às ofensas proferidas contra ela na arena, Rousseff afirmou: "Eu quero lembrar que [na minha vida] enfrentei situações do mais alto grau de dificuldade. Situações que chegaram ao limite físico. [...] Suportei agressões físicas, quero dizer pra vocês, quase insuportáveis. E nada me tirou do meu rumo. Nada me tirou dos meus compromissos nem do caminho que tracei pra mim mesma. Não serão xingamentos que vão me intimidar e atemorizar. Eu não vou me abater por isso.
A FIFA distribuirá um valor total de 576 milhões dólares (cerca de 1,3 bilhão de reais, cotados em cinco de dezembro de 2013) como premiação da Copa. Este valor representa um aumento de 37% em relação a Copa do Mundo de 2010, que era de 420 milhões de dólares. Os valores serão distribuídos em:
- 48 milhões de dólares para a preparação das seleções para a Copa (1,5 milhão de dólares para cada equipe);
- 358 milhões de dólares em premiações, conforme colocação;
- 70 milhões de dólares para os clubes detentores dos passes dos jogadores participantes do torneio, sendo 20 milhões destinados como legado ao futebol brasileiro;
- 100 milhões de dólares para a criação de um novo fundo de proteção aos clubes, que garantirá o seguro dos jogadores não apenas na Copa do Mundo, mas também durante todo o calendário do futebol internacional.
Com relação a premiação, todas as seleções serão contempladas independente da colocação, porém dividida em:
- 35 milhões de dólares para o vencedor (1 equipe);
- 25 milhões de dólares para o vice colocado (1 equipe);
- 22 milhões de dólares para o terceiro colocado (1 equipe);
- 20 milhões de dólares para o quarto colocado (1 equipe);
- 14 milhões de dólares para cada equipe eliminada nas quartas-de-final (4 equipes);
- 9 milhões de dólares para cada equipe eliminada nas oitavas-de-final (8 equipes);
- 8 milhões de dólares para cada equipe eliminada na fase de grupos (16 equipes);
Uma pergunta com o valor dessa premiação o Brasil daria um salto muito grande em todas as áreas. Por que não lotamos também os estádios da vida para buscar novas saídas para o Brasil?