quinta-feira, 6 de setembro de 2012

LÍTIO: DE BATERIA DE CELULAR A TRANSTORNO BIPOLAR




O Lítio, muito conhecido por ser utilizado na fabricação de baterias de Lítio metálico ou de íons de Lítio, é um metal alcalino de alto potencial oxidativo (na verdade, é o metal mais fácil de sofrer corrosão) pertencente à família 1A. Nas condições ambiente é sólido e macio, apresenta coloração branco-prateada e brilhante. Seu símbolo químico é Li.





É o metal mais leve que se tem conhecimento, com densidade igual a 0,534g/cm³, ou seja, quase metade da densidade específica da água. Sua massa atômica ponderada vale aproximadamente 7 u e seu número atômico é igual a 3 (elétrons e prótons). O estado de oxidação mais comum é o Li+. Por possuir o calor específico mais alto dentre as substâncias sólidas, assim, é bastante utilizado em transferências de calor.



É bastante instável (assim como os metais alcalinos, de uma forma geral, praticamente não existe livre na Natureza), sendo que reage violentamente com água liberando hidrogênio gasoso e formando hidróxido de Lítio (LiOH, uma base forte). Além de ter muita afinidade química com a água (higroscópico), tende a formar óxidos facilmente.


Ocorrência e Abundância

 

 Lepidolita



O Lítio é um metal raro na crosta terrestre (sua composição não excede 5ppm), entretanto não é comercialmente caro. As maiores fontes de Lítio disponíveis para extração são a lepidolita, petalita e espodúmena. É encontrado também em diversos sais naturais e na água do mar. Quase sempre obtido pela eletrólise de cloreto de Lítio (LiCl).



Dentre os países produtores destaca-se a Bolívia: detentor de quase metade das reservas mundiais, cuja meta é produzir quase 30 mil toneladas por ano até 2012. Correspondendo assim, com 25-30% da produção mundial (estimada em 100 mil toneladas métricas por ano).


Aplicações

  • Baterias (na forma metálica ou iônica);
  • Medicamentos para tratamentos psíquicos (bipolaridade, depressão) na forma de carbonato de lítio – Li2CO3;
  • Ligas metálicas condutoras de calor;
  • Lubrificante (estereato de lítio);
  • Depurador de ar em submarinos e naves espaciais (atua removendo o dióxido de carbono)
  • Analgésico;
  • Prismas ópticos (fluoreto de lítio)




Embora o Lítio tenha sido utilizado no tratamento de várias condições neuropsiquiátricas nas últimas três décadas, é particularmente benéfico para o tratamento agudo da mania e, normalmente, para a profilaxia e tratamento da depressão nos pacientes bipolares. Os textos seguintes foram resumidos e compilados do Journal of Clinical Psychiatry 2000, 61 - suplemento 9, objetivando a atualização sobre a neurobiologia e a psicofarmacoterapia do Lítio.




A especificidade e resposta satisfatória do Lítio no Transtorno Bipolar do Humor pode ser útil na elucidação da fisiopatologia desse transtorno e, muito possivelmente, levar ao desenvolvimento futuro de drogas mais eficientes. Com base em revisão bibliográfica os autores participantes do Journal of Clinical Psychiatry 2000, 61 - suplemento 9*, atestam que o Lítio é, ainda hoje, a droga mais eficaz para o tratamento do Transtorno Bipolar.
O diagnóstico diferencial do Transtorno Bipolar de início na juventude pode ser complicado pela sintomatologia freqüentemente superposta ao Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade. Charles L. Bowden demonstra que o Lítio revolucionou tanto o tratamento quanto o estudo fenomenológico do Transtorno Bipolar e mostra também, que o Lítio é cada vez mais utilizado em regimes combinados de tratamento, freqüentemente permitindo doses menores e mais bem toleradas, aliadas aos benefícios complementares de drogas com diferentes perfis de ação.


As fases depressivas do Transtorno Bipolar podem ser bastante incapacitante, com significativa comorbidade e associadas a elevado risco de suicídio, prejuízo funcional e redução da qualidade de vida. O autor e seu colega, Michael T. Compton, revisam as evidências atuais para manejo da Depressão Bipolar mais efetiva com lítio.



A depressão unipolar é uma grave doença recorrente, com elevada morbidade ao longo da vida e elevada mortalidade precoce devido ao suicídio. De acordo com Alec Coppen, vários ensaios duplo-cegos e controlados por placebo demonstram que o Lítio é eficaz na redução de recidivas das crises agudas em pacientes com depressão unipolar quando utilizado como terapia de manutenção.



Efeitos colaterais do Lítio são comuns, porém, geralmente benignos, reporta David L. Dunner. Esse autor divide os efeitos colaterais do Lítio em aqueles que;

– ocorrem precocemente no tratamento,

- aparecem tardiamente,

- são relacionados a interações com outras drogas e

- são devidos à sua toxicidade.
 
O reconhecimento e tratamento precoces dos efeitos colaterais são aspectos importantes da farmacoterapia com Lítio. Husseini K. Manji e colaboradores notaram que avanços recentes no conhecimento da biologia celular e molecular resultaram na identificação de dois recentes alvos de ação do Lítio. Essas descobertas podem exercer grandes impactos sobre o uso futuro deste cátion na biologia e medicina. Sugerem o uso do Lítio como agente neurotrópico e neuroprotetor no tratanento em longo prazo de transtornos do humor.


Em situações clínicas, uma avaliação do risco de suicídio deve preceder qualquer tentativa de tratar doenças psiquiátricas, adverte Kay Redfield Lamison. Ela discute outros fatores de risco para o suicídio e atesta que, com exceção do Lítio, pouco se sabe sobre contribuições específicas de tratamentos que possam reduzir as taxas de mortalidade em pessoas com graves Transtornos do Humor e, em particular, na Depressão Bipolar.



Como o risco de suicídio associa-se, preferentemente, a episódios depressivos ou bipolares mistos, Leonardo Tondo e Ross J. Baldessarini afirmam que a melhor proteção contra a Depressão Bipolar será a chave para reduzir o comportamento suicida no Distúrbio Bipolar. Sua revisão de 22 estudos, entre 1974 e 1998, mostra taxas de suicídio sete vezes menor em pacientes sob tratanento com Lítio, em longo prazo, do que nos pacientes que não estavam recebendo esse tratamento ou após a sua suspensão.




A eficácia do Lítio no tratamento da mania e da Depressão Bipolar e na reversão do quadro em pacientes não responsivos a antidepressivos está claramente bem estabelecida. Embora o perfil de tolerabilidade à droga não seja o ideal, há poucas dúvidas de que o Lítio tenha sido literalmente um salva-vidas para milhares de pacientes.



A Especificidade Psicofarmacológica do Íon Lítio


De 1949, quando foi introduzido no arsenal terapêutico da psiquiatria até hoje, o Lítio foi avaliado no tratamento de várias condições neuropsiquiátricas mas, indubitavelmente, é no tratamento do Transtorno Bipolar que se tornou mais eficaz e indicado. Isso sugere que ele possua especificidade para o tratamento desse transtorno.



Os achados em pesquisas que atestam a eficácia do Lítio são muito relevantes, visto que a compreensão de seu mecanismo de ação no Transtorno Bipolar possa ser a chave para a elucidação de sua fisiopatologia e para o desenvolvimento de tratamentos mais modernos e eficazes. Os autores revisam os dados publicados sobre a eficácia do Lítio no Transtorno Bipolar e em várias outras condições neuropsiquiátricas e também os dados disponíveis sobre anticonvulsivantes e agentes terapêuticos mais modernos no tratamento desta condição.



O Lítio é, em geral, a droga mais eficaz para o tratamento da Mania Aguda, produzindo melhora em cerca de 70 a 80% dos pacientes. As taxas de resposta variam em diferentes tipos de Transtorno Bipolar. Nos estados maníacos puros e típicos o Lítio é muito eficaz, enquanto nas manias de tipo mista, atípica e/ou secundária ou reativa, as taxas de resposta tendem a ser mais baixas, com descrições de valores entre 29 e 42%. Em conclusão, o Lítio é a droga mais eficaz nos quadros típicos, sugerindo especificidade nessa condição.




Muitos estudos, tanto abertos quanto controlados, têm documentado a eficácia do tratamento com Lítio na profilaxia das fases maníaca e depressiva do Transtorno Bipolar. As características clínicas de estados maníacos clássicos e mania seguida de eutimia ou depressão predizem um bom prognóstico para a profilaxia com Lítio. A presença de história familiar de transtornos de humor também é um fator positivo de resposta. Porém, estados mistos, quadros disfóricos, cicladores rápidos, grande número de episódios anteriores e mania secundária a comorbidades podem indicar resposta pobre ao Lítio. Desse modo, o Lítio pode ser considerado altamente eficaz nos Transtornos Bipolares de tipos I e II (DSM.IV).




Na depressão por Transtorno Bipolar, o Lítio apresenta bons resultados, porém não é tão eficaz quanto antidepressivos. Pode ser usado em combinação com antidepressivos além de ser mantido em manutenção para profilaxia de novos surtos. Na Depressão Unipolar, é menos efetivo do que na bipolar, porém é a droga mais utilizada na potencialização dos antidepressivos, nos casos de depressão resistente.



No Transtorno Esquizoafetivo, quanto mais proeminente o componente afetivo, mais evidente é o benefício do Lítio. Na Esquizofrenia, o Lítio parece ser um bom coadjuvante nos casos de aceleração psicomotora e de periodicidade.



O Lítio mostra efeitos benéficos nos casos de agressividade, em particular, na agressividade cíclica. Nos abusos de álcool e drogas ilícitas, há relatos em estudos abertos de algum benefício, embora não sejam dados controlados. O mesmo pode ser referido em relação aos transtornos alimentares, compulsividade e estados de hipersonia.



Outros agentes terapêuticos têm sido descritos no tratamento do Transtorno Bipolar: entre eles, os anticonvulsivantes, tais como a carbamazepina, o valproato, lamotrigina e gabapentina, os bloqueadores de canal de cálcio (verapamil e nimodipina) e os antipsicóticos haloperidol, risperidona, olanzapina, aripipazol.
Quaisquer desses agentes descritos podem ser associados ao Lítio, existindo base científica sugerindo benefício adicional, porém, ensaios clínicos mais sistemáticos são necessários para o desenvolvimento de uma terapia combinada mais racional.



O Transtorno Bipolar e o Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade em Crianças e Adolescentes


A relação entre Transtorno Bipolar e Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) em crianças e adolescentes, recentemente, foi um dos tópicos mais intensamente debatidos na literatura sobre psiquiatria infantil. O centro do problema é saber se um grande número de crianças com Transtorno Bipolar não está sendo reconhecido ou está sendo erradamente diagnosticado.



O diagnóstico diferencial do Transtorno Bipolar de início na juventude pode ser complicado por muitos fatores. Mas os dilemas clínicos mais comuns parecem surgir da superposição da sintomatologia com TDAH e as diferentes estratégias de tratamento que esses diagnósticos implicam. Há semelhanças e diferenças entre esses transtornos no que diz respeito à fenomenologia, epidemiologia, história familiar, exames de imagem cerebral e resposta ao tratamento.



Uma série de estudos de Harvard indica que a freqüência do Transtorno Bipolar em jovens pode ser muito maior do que previamente publicado. Com base em questionários administrados na clínica de diagnóstico e acompanhamento de TDAH, 22% dos pacientes preencheram critérios para Transtorno Bipolar, elevando-se para 30% se os pacientes tivessem o TDAH com comorbidade com Transtorno de Desafio e Oposição.



Os critérios diagnósticos pela DSM-IV para Transtorno Bipolar e TDAH sobrepostos com sintomas, tais como loquacidade, distração e agitação psicomotora podem ser difíceis de serem discernidos clinicamente, assim como também a "reduzida necessidade de sono", encontrada tanto no Transtorno Bipolar como em muitos casos de TDAH. A mesma dificuldade de diagnóstico aparece quando consideramos o fenômeno da "fuga de idéias", indício de pensamento acelerado presente tanto no Transtorno Bipolar como no TDAH e traduzido como "dificuldade em manter a atenção".



Confusão pode ainda surgir ao analisarmos o "excessivo envolvimento em atividades agradáveis com elevado potencial de conseqüências dolorosas", comum no Transtorno Bipolar, contra a "impulsividade" no TDAH. Outras características desses transornos que se superpõem são os prejuízos nos relacionamentos sociais e familiares, no desempenho escolar e na auto-estima.




No entanto, apesar da considerável sobreposição de sintomas entre essas duas patologias, alguns critérios revelam um bom poder de discriminação entre elas. No maior estudo bem-controlado existente até o momento, Geller e colaboradores examinaram 60 crianças com Transtorno Bipolar e 60 com TDAH e verificaram que a elevação do humor ocorreu em 87% das crianças com Transtorno Bipolar e em apenas 5% daquelas com TDAH. O sentimento de grandiosidade ocorreu em 85% das crianças com Transorno Bipolar versus 7% das com TDAH. Diminuição da necessidade de sono, fuga de pensamentos e hiper-sexualidade também foram relatados como sendo muito mais comuns no Transtorno Bipolar do que no  
TDAH.



Mas, mesmo com essas observações, as distinções clínicas são bastante complicadas pelo fato de que, tanto o Transtorno Bipolar quanto o TDAH, são altamente comórbidos com outras alterações, tais como o Transtorno de Desafio e Oposição ou os Transtornos de Conduta. Além disso, o TDAH é bastante comum em jovens com Transtorno Bipolar.



O seguimento desses pacientes, a história familiar bem detalhada (ambos são transtornos hereditários) e a presença ou ausência de episódios discretos de mania são pontos-chave na definição diagnóstica. O TDAH é o mais comum na infância, ocorrendo em 3 a 5% dessa população e, ao contrário, somente 20% dos adultos com Transtorno Bipolar iniciam seus sintomas antes dos 19 anos e, em apenas 0,5% deles, antes dos 10 anos. Se 22% das crianças que têm TDAH evoluem com Transtorno Bipolar, isso significa 0,88% de prevalência, ou seja quase a totalidade deste quadro (a prevalência do Transtorno Bipolar é, em média, 1 %).



Nos exames por imagem do cérebro, embora haja alguma sobreposição de comprometimento, tais como em áreas do cerebelo e gânglios basais, os achados são divergentes, especialmente nas regiões temporal e medial, as quais estão alteradas no Transtorno Bipolar e normais no TDAH.



Em termos de tratamento, o Lítio, a carbamazepina e o valproato são largamente utilizados como estabilizadores de humor na esfera pediátrica, embora só o primeiro tenha aprovação pelo FDA para o Transtorno Bipolar em crianças e adolescentes acima dos 12 anos, com suporte de poucos estudos clínicos existentes. Para o TDAH, o uso de estimulantes, tais como o metilfenidato, a dextroanfetamina e a associação dessa com a anfetamina são as drogas mais usadas, com eficácia elevada. Respostas ausentes ou atípicas devem suscitar uma reavaliação diagnóstica.




A Eficácia do Lítio na Mania e na Terapia de Manutenção do Transtorno Bipolar


O Lítio foi introduzido em 1949, como tratamento para a mania, sendo essa, ainda, a mais forte evidência de sua eficácia. Alcançou resultados consistentemente melhores no tratamento da mania do que os neurolépticos e a carbamazepina e resultados equivalentes aos do divalproato de sódio. Sua eficácia na Depressão Bipolar permanece estudada de forma limitada. O Lítio fornece, também, benefícios na profilaxia.



Evidências convergentes de estudos clínicos e em animais indicam que um dos principais efeitos comportamentais do Lítio é a redução da atividade motora. O Lítio está sendo cada vez mais utilizado em regimes combinados de tratamento, permitindo assim, o uso de doses menores e mais bem toleradas, e com benefícios adicionais. A evidência mais forte da eficácia do Lítio ocorre no tratamento da Mania Aguda.




Diversos estudos controlados por placebo foram positivos. 0 Lítio foi comparado a antipsicóticos e anticonvulsivantes no tratamento da Mania e considerado consistentemente superior às drogas antipsicóticas em ensaios randomizados e duplo-cegos. No maior estudo controlado sobre o uso do Lítio na mania, e o único com grupo paralelo, o Lítio foi comparado ao anticonvulsivante divalproex e ambas as drogas foram significativamente superiores ao placebo. Esses resultados são particularmente dignos de nota, tendo em vista que os pacientes estavam gravemente doentes, com mais de um terço deles apresentando sintomas psicóticos. Nenhum neuroléptico foi permitido, e apenas lorazepam ou hidrato de cloral puderam ser associados durante os primeiros dez dias do estudo.




Em outra comparação randomizada cega do Lítio com o valproato, as drogas foram igualmente eficazes, com melhora moderadamente maior, ainda que não significativa, entre os pacientes tratados com Lítio. No pequeno número de comparações com a carbamazepina, o Lítio foi superior ou, no mínimo, igualmente eficaz. Esses estudos não foram controlados com placebo. O Lítio foi considerado superior ao bloqueador de canais de cálcio verapanil, no único estudo comparativo randomizado.




A resposta dos quadros agudos ao Lítio parece ser do tipo tudo ou nada, ou seja, a maioria dos pacientes responsivos apresenta grande controle do quadro, enquanto os não-responsivos pouco se modificam. Os fatores associados com boa resposta são o uso prévio positivo, a sintomatologia maníaca pura e de gravidade leve a moderada, poucos episódios polares, a ausência de cursos de ciclos rápidos, de sintomatologia psicótica, de abuso de drogas e de comorbidades.




As evidências da eficácia do Lítio no tratamento de manutenção do Transtorno Bipolar também são fortes. Diversos estudos controlados por placebo foram positivos. O Lítio foi comparado a antipsicóticos e anticonvulsivantes e considerado consistentemente superior ou, no mínimo, igual às drogas antipsicóticas, em ensaios randomizados e duplo-cegos.




Em estudos controlados, o Lítio foi comparável ao anticonvulsivante divalproato de sódio, em termos de eficácia, porém com taxa de descontinuação superior. No pequeno número de comparações com a carbamazepina, o Lítio foi superior ou, no mínimo, igualmente eficaz. Análises longitudinais também falam a favor da eficácia do Lítio na profilaxia do Transtorno Bipolar.




Os fatores associados com boa resposta ao uso crônico são uso prévio positivo, sintomatologia maníaca pura e de gravidade leve a moderada, poucos episódios polares, litemias maiores ou iguais a 0,8 mEq/L, ausência de cursos de ciclos rápidos, de sintomatologia psicótica, de abuso de drogas e de comorbidades.
Em termos de ação sobre suicídio, o Lítio, em metanálise dos diversos ensaios clínicos, mostrou redução de cerca de sete vezes na ocorrência desse quadro, com alto significado estatístico. Nenhum outro fármaco demonstrou essa ação, até a atualidade.




O Lítio tem uma dose tóxica superior a 3,0 mEq/L, enquanto que a dose terapêutica situa-se entre 0,8 e 1 ,2 mEq/L, e isso traz algum cuidado no manuseio. A incidência de descontinuação precoce tem se mostrado elevado, em decorrência da tolerabilidade, o que tem sido observado em ensaios abertos. Alterações cognitivas, dificuldades motoras, tremores, ganho de peso e anormalidades gastrintestinais são os efeitos mais comuns. As estratégias mais utilizadas, nesses casos, são modificar a formulação, reduzir a dosagem, associar com outras drogas ou modificar para outro agente terapêutico.



O Lítio na Depressão Unipolar e na Prevenção do Suicídio


A depressão unipolar é uma grave doença recorrente, com elevada morbidade, ao longo da vida e mortalidade prematura por suicídio. Após um episódio de depressão que respondeu ao tratamento, os pacientes necessitam de continuidade do tratamento por um período considerável de tempo para prevenir recidivas.



A maioria dos autores, em consenso, recomenda um período de cerca de seis meses de tratamento, após a recuperação clínica, mas muitos já estão optando por um ano ou mais. Enfatizam, também, que esse período é arbitrário e que o final do período de manutenção necessário pode apenas ser determinado por tentativa e erro, isto é, pela interrupção do tratamento e observação do paciente para ver se há recidiva.




As declarações de consenso reconhecem atualmente que, se os pacientes tiverem apresentado dois ou três episódios prévios, as chances de nova recidiva são tão grandes que o tratamento de manutenção deve se estender por prazo mais prolongado ou, quiçá, pela vida toda.



Numerosos ensaios duplo-cegos, controlados por placebo, demonstraram que o Lítio é muito eficaz na redução das recidivas, quando administrado como terapia de manutenção. Ele é também muito eficaz quando administrado como terapia de manutenção, após a eletroconvulsoterapia. Pode ser administrado uma vez por dia, à noite, e ensaios controlados mostraram um nível plasmático de Lítio em 12 horas entre 0,5 e 0,7 mmol/L, como sendo o mais eficaz, com poucos efeitos colaterais.




A redução da morbidade afetiva e da hospitalização em pacientes com litemias < 0,79 mEq/L foi de 34,2% ( p < ,05 ). Estudos de longa duração sobre tratamento de manutenção com Lítio mostram baixa freqüência de suicídios: 1,3 suicídios por 1.000 pacientes/ano. Esse número é muito menor que o de estudos comparativos de longa duração, da depressão não tratada, que mostram cerca de 5,4 suicídios por 1.000 pacientes/ano.


Lítio no Tratamento da Depressão Bipolar


Os transtornos bipolares tipos I e II afetam, aproximadamente, 0,8% e 0,5% da população adulta, ao longo da vida. O termo Depressão Bipolar refere-se a um Episódio de Depressão Maior que ocorre num paciente que preenche critérios para Transtorno Bipolar tipos I ou II. Nesses quadros, tais episódios são freqüentemente caracterizados por períodos de duração mais breve, quando comparado àqueles da depressão, seja unipolar ou bipolar, e podem envolver início mais rápido, anergia, lentificação psicomotora e sintomas neurovegetativos reversos (hipersonia e hiperfagia).



 A história familiar de Transtorno Bipolar e Episódios Depressivos de início precoce são indicadores de que o paciente com depressão possa estar sob risco de Transtorno Bipolar, incluindo hipomania ou mania induzida por antidepressivos.



As fases depressivas do Transtorno Bipolar podem ser muito incapacitantes. Com base em um seguimento de 18 meses, Keller e colaboradores notaram que a probabilidade do paciente permanecer doente por um ano ou mais foi de 7% para pacientes com Mania, comparado com 22% para pacientes com Depressão.
Ampla gama de estudos mostra que 25 a 50% dos pacientes bipolares tentam o suicídio, pelo menos, uma vez. Em uma revisão de estudos de seguimento, 15% dos pacientes cometeram suicídio. Esta taxa é pelo menos 30 vezes superior à taxa encontrada na população geral.




Embora não seja tangível nem ético conduzir estudos duplo-cegos sobre a redução de suicídios, a evidência maciça mostra redução na morbidade no tratamento com Lítio e sugere o tratamento sistemático em longo prazo com Lítio na Depressão Unipolar, a fim de reduzir consideravelmente a taxa de suicídio. Os psiquiatras devem ser treinados para serem capazes de prolongar ao máximo o período de uso do Lítio, pois o seu benefício vale a pena.




O tratamento da Depressão Bipolar representa uma área relativamente pouco estudada na psiquiatria clínica. Os autores revisaram as evidências atuais para o manejo da Depressão Bipolar. As referências para essa revisão foram obtidas através de pesquisas pela MEDLINE da literatura médica em relação a assuntos pertinentes ao tratamento da Depressão Bipolar. Os termos de pesquisa incluíram Depressão Bipolar, antidepressivo e Transtorno Bipolar. Apenas publicações em inglês foram revisadas.



O Lítio pode ainda ser apropriado para o tratamento inicial para a fase depressiva do Transtorno Bipolar, obtendo-se respostas ao redor de 79%. Outros estabilizadores do humor demonstraram também eficácia em pesquisas preliminares. Os anticonvulsivantes também têm sido pesquisados com esse intuito, como por exemplo, a Carbamazepina cujo efeito antidepressivo é algo inferior ao Lítio, podendo ser potencializada por esse; o Valproato de Sódio (ou Ácido Valproico), que parece ser mais eficaz no tratamento da Mania do que no da Depressão, com um efeito antidepressivo fraco a moderado; a Lamotrigina, que apresenta resultados preliminares promissores e a Gabapentina, que poderá vir a ser uma opção de segunda linha para essa indicação.




Dentre os antidepressivos, os inibidores seletivos da recaptação da serotonina podem estar associados ao Lítio com menor risco de indução de hipomania, mania e ciclagem rápida, em comparação aos antidepressivos tricíclico. Os inibidores da monoaminoxidase devem ser considerados como escolha em pacientes com Depressão Bipolar Anérgica.





A terapia eletroconvulsiva mostrou ser muito eficaz em pacientes com quadros graves e com risco de suicídio ou alterações psicóticas. As demais formas de tratamento, incluindo psicoterapia, privação de sono, fototerapia e drogas mais modernas, necessitam ainda de pesquisas adicionais. Embora o tratamento da Depressão Bipolar possa ser uma tarefa clínica difícil, os esquemas de tratamento estão se tornando mais numerosos e adequados. Pesquisas adicionais, especialmente sob forma de ensaios randomizados controlados, são necessárias.






O Lítio parece diminuir a chance de demência 




Tem sido cada vez mais cogitado que o lítio teria capacidade neuroprotetora, reduzindo assim o risco de desenvolvimento de demência na senilidade. Algumas conclusões puderam ser extraídas de um estudo de comparação entre todos os pacientes que receberam lítio em tratamento psiquiátrico na Dinamarca entre janeiro de 1995 e dezembro de 2005 (10 anos) e uma amostra aleatória da população geral.





Tal estudo avaliou 16.238 pacientes que compraram lítio nas farmácias da Dinamarca em comparação com 1.487.177 pessoas da população geral que não compraram essa substância. As pessoas que continuaram comprando o lítio, indicativo de que continuaram o tratamento à base dessa substância, a taxa de demência de Alzheimer diminuiu até ao nível da população geral. O mesmo não se observou com compradores de anticonvulsivantes. O trabalho concluiu que a taxa de demência manteve-se a mesma da população geral em pessoas com tratamento continuado com lítio.



Outros estudos mostraram que o lítio pode ser útil no tratamento da Doença de Alzheimer. Investigações experimentais mostraram que o lítio é capaz de induzir maior produção de uma proteína neurotrófica protetora, BDNF, a qual se encontra diminuída em portadores da Doença de Alzheimer.



Esse estudo acompanhou variações nos níveis de BDNF durante 10 semanas. Pacientes com Alzheimer e tratados com lítio tiveram um aumento nos níveis de BDNF e melhora na cognição. O aumento de BDNF teria um efeito neuroprotetor, melhorando assim o déficit cognitivo próprio dessa doença.




Por:
Julio Cesar Lima Lira
Alccy Marthins
Ballone e Moura

terça-feira, 28 de agosto de 2012

CÉREBRO HUMANO: APRENDEMOS ATÉ DORMINDO

BBC Brasil

Cientistas Anat Arzi e Noam Sobel, no Laboratório do Olfato  (Foto: Cortesia Instituto Weizmann) 
Cientistas Anat Arzi e Noam Sobel, no Laboratório do
Olfato (Foto: Cortesia Instituto Weizmann)
 
 
 
O cérebro humano tem a capacidade de captar informações novas durante o sono, concluiu uma pesquisa publicada na segunda-feira (27) por pesquisadores do instituto israelense Weizmann. A pesquisa, realizada ao longo de três anos pela neurobióloga Anat Arzi, examinou a correlação entre olfato e audição e a memória armazenada no cérebro.



'Esta é a primeira vez que uma pesquisa científica consegue demonstrar que o cérebro é capaz de aprender durante o sono', disse Arzi à BBC Brasil.
Segundo a cientista, estudos prévios já demonstraram a capacidade de bebês aprenderem enquanto dormem, mas a pesquisa recém-divulgada descobriu que o mesmo vale para adultos.
 


'Aprendizagem associativa'

O experimento, realizado por Arzi em colaboração com o professor Noam Sobel, diretor do Laboratório do Olfato do instituto, examinou as reações de 55 pessoas que foram expostas a sequências de sons e cheiros enquanto dormiam.



As sequências, que incluiam um intervalo de 2,5 segundos entre o som e o cheiro, expunham os participantes a odores agradáveis (de perfume ou xampu) ou desagradáveis (de peixes podres ou outros animais em decomposição), de forma sistemática e sempre antecedidos por sons que se repetiam.



'A vantagem de se utilizar o olfato é que os cheiros geralmente não interrompem o sono, a não ser que sejam muito irritantes para as vias respiratórias', explicou a cientista.



Durante o experimento os cientistas observaram sinais de que os participantes adormecidos passaram por uma 'aprendizagem associativa'.
'Com o tempo, criou-se um condicionamento. Bastava que (os participantes) ouvissem determinado som para que a respiração deles se alterasse e se tornasse mais longa e profunda - em casos de associação com odores agradáveis -, ou mais curta e superficial - em casos de sons ligados a cheiros desagradáveis', afirmou Arzi.



A cientista também relatou que as mesmas reações ocorriam na manhã seguinte, quando os participantes acordavam. Se fossem expostos a um som associado com um odor agradável, respiravam longa e profundamente.
 


Informações gravadas

'O fato de que as informações ficaram gravadas no cérebro e causaram reações fisiológicas idênticas, mesmo quando os participantes estavam despertos, demonstra que eles passaram por uma aprendizagem associativa enquanto dormiam', disse.



Pessoas com lesões no hipocampo - região do cérebro relacionada à criação da memória - não registraram as informações, disse a neurobióloga.
Para Arzi, a descoberta pode ser 'um primeiro passo no estudo da capacidade do cérebro humano de obter uma aprendizagem mais complexa durante o sono'.



No entanto, segundo a cientista, são necessárias mais pesquisas para examinar as diferenças entre o funcionamento dos mecanismos cerebrais de pessoas adormecidas e despertas.




terça-feira, 3 de julho de 2012

FORTALEZA - CE APRESENTA O MAIOR NÚMERO DE CASOS DA GRIPE A - H1N1 EM 2012


Do G1, em São Paulo
 



O vírus da gripe A (H1N1), que causou uma epidemia mundial em 2009, continua circulando pelo Brasil, e os casos voltaram a crescer. Em 2012, segundo o Ministério da Saúde, já foram registradas mais mortes que em todo o ano passado. Santa Catarina é o estado com mais mortes de janeiro a junho: 38. A infectologista Rosana Richtmann e o pneumologista Luiz Vicente Ribeiro reforçaram no Bem Estar desta terça-feira (3) que a vacina é a melhor estratégia disponível para prevenir esse tipo de gripe e suas consequências. Na opinião dos médicos, o álcool em gel para lavar as mãos também é melhor que água e sabão porque mata 100% os vírus e bactérias.




Info gripe A H1N1 (Foto: Arte/G1)



Mas, apesar de o Brasil ter atingido 80% da população com a campanha de vacinação deste ano, essa porcentagem não é a mesma em algumas regiões. Em São Paulo, por exemplo, a cobertura ficou apenas em 73,2%. Segundo especialistas, esse aumento no número de mortes pode ser atribuído a essa falta de imunização. Durante a campanha, que já se encerrou, a vacina fica disponível de graça nos postos de saúde para idosos, crianças pequenas, gestantes, profissionais de saúde e populações indígenas.




Apenas 71% das grávidas se vacinaram até agora, quando o esperado era no mínimo 80%. Mesmo quem não pode receber a vacina pelo Sistema Único de Saúde (SUS) pode tomar, mas precisa pagar. O preço varia de R$ 50 a 70 nas clínicas particulares. Segundo a infectologista Rosana Richtmann, a vacina está em falta na rede privada por causa da grande procura. Mas ela espera que, em breve, aconteça o reabastecimento. Ela informou também que não há contraindicação para se vacinar.
 



Tipos de vírus

Os vírus influenza são da família dos ortomixovírus e se subdividem em três tipos: A, B e C, de acordo com sua diversidade. Todos podem sofrer alterações. O tipo A é o mais mutável e, por isso, as pandemias estão mais associadas a esse vírus. A maioria das pessoas infectadas se recupera da gripe em até duas semanas sem tratamento médico. Mas, no caso de crianças muito pequenas, idosos, grávidas e portadores de quadros clínicos especiais, a infecção pode levar a formas clinicamente graves, pneumonia e morte. O controle requer uma vigilância qualificada, somada a imunizações anuais, direcionadas especificamente a esses grupos de maior vulnerabilidade.




Sintomas e transmissão

Os sintomas da gripe, muitas vezes, são semelhantes aos do resfriado: comprometimento das vias aéreas superiores, com congestão nasal, tosse, rouquidão, febre variável, mal-estar, dor muscular e dor de cabeça.






Fique atento para sinais de piora, como falta de ar. Quanto mais cedo for usado um antiviral distribuído pelo Ministério da Saúde, mediante receita médica, melhor. A infectologista Rosana Richtmann recomenda que o remédio seja tomado nas primeiras 48 horas após o surgimento dos sintomas. Isso ajuda a abreviar a doença e minimizar as chances de transmissão. É importante procurar um médico. Quem já teve a gripe H1N1 já criou anticorpos e, caso volte a ter a mesma gripe, terá com menor intensidade. Uma das dicas para se prevenir é deixar os ambientes arejados. O vírus precisa de uma distância de mais ou menos 1 metro para ser transmitido e consegue sobreviver até 7 horas fora do corpo.




Essa transmissão ocorre por meio de secreções das vias respiratórias da pessoa contaminada através da fala, tosse ou espirro. Por isso, é importante virar a boca ou o nariz ou usar os braços, não as mãos, para impedir que o vírus se espalhe. Essa recomendação de não utilizar as mãos para evitar a disseminação do vírus acontece porque as pessoas podem se infectar através das mãos. Elas podem levar o agente infeccioso até a boca, olhos ou nariz por causa do contato com superfícies recém-contaminadas.




Para prevenir, os infectologistas recomendam lavar as mãos e evitar o compartilhamento de objetos. O álcool gel também pode ser usado após a tosse ou o espirro - inclusive, ele é mais recomendado pelos médicos do que o sabão. Higienizar as mãos, no mínimo, 5 vezes ao dia é um número adequado. Na enquete feita no site do Bem Estar, 90% dos internautas responderam que lavam as mãos várias vezes ao dia, um bom sinal de prevenção da gripe A. Veja o resultado:


Enquete gripe (Foto: G1)
 
 
Todo cuidado ainda é pouco...

segunda-feira, 2 de julho de 2012

OLIMPÍADAS DE LONDRES - 2012: O BRASIL BRIGANDO POR OURO





 


O Troféu Brasil de atletismo, encerrado neste domingo, definiu o tamanho da delegação verde-amarela nos Jogos Olímpicos de Londres. Com os últimos confirmados, contando todos os esportes, o país terá 258 atletas na capital britânica, 19 a menos do que levou a Pequim, em 2008.
Confira a lista completa de classificados abaixo:


Atletismo (35 atletas)
Adriana Aparecida da Silva – Maratona
Aldemir Gomes – 200 m e revezamento 4 x 100 m
Aline Leone – Revezamento 4 x 400 m
Ana Cláudia Lemos – 200 m e revezamento 4 x 100m
Andressa Oliveira de Morais – Lançamento do disco
Bruno Lins – 200 m e revezamento 4 x 100 m
Caio Bonfim – Marcha Atlética (20km)
Carlos Pio – Revezamento 4 x 100 m
Diego Cavalcanti  – 200 m e revezamento 4 x 100 m
Evelyn dos Santos – Revezamento 4 x 100 m
Fabiana Murer – Salto com vara
Fabiano Peçanha  – 800 m
Fábio Gomes da Silva – Salto com vara
Franciela Krazucki  – Revezamento 4 x 100 m
Franck Caldeira – Maratona
Geisa Arcanjo – Arremesso de peso
Geisa Coutinho – Revezamento 4 x 400 m
Guilherme Cobbo  – Salto em altura
Jailma de Lima – Revezamento 4 x 400 m
Joelma das Neves – Revezamento 4 x 400 m
Jonathan Henrique Silva – Salto triplo
Keila Costa – Salto triplo
Kleberson Davide – 800 m
Laila Ferrer – Lançamento do dardo
Lucimar Teodoro – Revezamento 4 x 400 m
Luiz Alberto de Araújo – Decatlo
Sandro Viana – Revezamento 4 x 100 m
Marilson dos Santos – Maratona
Mauro Vinícius da Silva – Salto em distância
Maurren Maggi – Salto em distância
Nilson André – Revezamento 4 x 100 m
Paulo Roberto de Almeida Paula – Maratona
Ronald Julião – Lançamento do disco
Rosângela Santos – 100 m e revezamento 4 x 100 m
Tamiris de Liz – Revezamento 4 x 100 m



Basquete (24 atletas)
Não convocados


Boxe (10 atletas)
Adriana Araújo – até 60kg
Érika Mattos – até 51kg
Esquiva Falcão – até 75kg
Everton Lopes – até 64kg
Julião Neto – até 52kg
Myke Carvalho – até 69kg
Robenílson Jesus – até 56kg
Róbson Conceição – até 60kg
Roseli Feitosa – até 75kg
Yamaguchi Falcão – até 81kg
 


Canoagem (3 atletas)
Ana Sátila – K1 1000 m
Erlon Silva – C2 1000m masculino
Ronílson Oliveira – C2 1000m masculino



Ciclismo (9 atletas)
Clemilda Fernandes – Estrada
Fernanda da Silva Souza – Estrada
Gregorly Panizo – Estrada
Janildes Fernandes – Estrada
Magno Prado Nazaret – Estrada
Murilo Fisher – Estrada
Renato Rezende – BMX
Rubens Donizete Valeriano – Mountain Bike
Squel Stein – BMX



Esgrima (3 atletas)
Renzo Agresta – sabre
Athos Schwantes – espada
Guilherme Toldo – florete



Futebol (36 atletas)
Andreia Suntaque
Aline Pellegrino
Bagé
Barbara
Bruna
Cristiane
Elaine
Erika
Ester
Fabiana
Francielle
Formiga
Grazi
Marta
Maurine
Renata Costa
Rosana
Thaisinha
Masculino ainda não foi convocado



Ginástica artística (8 atletas)
Equipe feminina ainda não foi convocada
Arthur Zanetti – Argola
Diego Hypolito – Solo
Um atleta masculino a ser definido



Handebol (14 atletas)
Chana
Mayssa
Deonise
Fran
Silvia
Duda
Ana Paula
Mayara
Alê
Jéssica

Samira
Dani Piedade
Dara



Hipismo (10 atletas)
Luiza Almeida
Marcelo Tosi
Marcio Jorge
Renan Guerreiro
Ruy Fonseca
Serguei Fofanoff
Equipe de saltos ainda não foi convocada



Judô (14 atletas)
Bruno Mendonça – até 73kg
Felipe Kitadai – até 60kg
Erika Miranda – até 52kg
Leandro Cunha – até 66kg
Leandro Guilheiro – até 81kg
Luciano Correa – até 100kg
Maria Portela – até 70kg
Maria Suelen Altheman – mais de 78kg
Mariana Silva – até 63kg
Mayra Aguiar – até 78kg
Rafael Silva – mais de 100kg
Rafaela Silva – até 57kg
Sarah Menezes – até 48kg
Tiago Camilo – até 90kg



Levantamento de Peso (2 atletas)
Fernando Saraiva – acima de 105kg
Jaqueline Ferreira – até 75kg



Lutas (1 atleta)
Joice Silva – Luta livre (até 55kg)



Nado sincronizado (2 atletas)
Lara Teixeira – Dueto
Nayara Figueira – Dueto



Natação (20 atletas)
Bruno Fratus – 50 m livre e 4×100 m livre
Cesar Cielo – 50 m livre, 100 m livre e 4×100 m livre
Daniel Orzechowski – 100 m costas
Daynara de Paula – 100 m borboleta
Fabíola Molina – 100 m costas
Felipe França Silva – 100 m peito
Felipe Lima – 100 m peito
Gracielle Herrmann – 50 m livre
Henrique Barbosa – 200 m peito
Henrique Rodrigues – 200 m medley
Joanna Maranhão – 400 m medley
João de Lucca – 4×100 m
Kaio Márcio – 100 m borboleta e 200 m borboleta
Leonardo de Deus – 200 m borboleta e 200 m costas
Marcelo Chierighini – 4×100 m livre
Nicolas Oliveira – 100 m livre e 4×100 m livre
Nicholas Santos – 4×100 m
Poliana Okimoto – Maratona aquática de 10km
Tales Cerdeira – 200 m peito
Thiago Pereira – 200 m medley e 400 m medley



Pentatlo Moderno(1 atleta)
Yane Marques



Remo (4 atletas)
Anderson Nocetti – Skiff
Kissya Cataldo – Skiff
Fabiana Beltrame – Double skiff
Luana Bartholo – Double skiff



Saltos Ornamentais (3 atletas)
Cesar Castro – trampolim de 3 m
Hugo Parisi – plataforma
Juliana Veloso – trampolim de 3 m



Taekwondo (2 atletas)
Diogo Silva – até 68kg
Natália Falavigna – mais de 67kg



Tênis (4 atletas)
André Sá – duplas
Bruno Soares – duplas
Marcelo Melo – duplas
Thomaz Bellucci – simples e duplas



Tênis de Mesa (6 atletas)
Caroline Kumahara
Gui Lin
Gustavo Tsuboi
Hugo Hoyama
Lígia Silva
Thiago Monteiro



Tiro com arco (1 atleta)
Atleta não definido – Masculino



Tiro Esportivo (2 atletas)
Ana Luiza Ferrão Mello – Pistola de 25m
Felipe Fuzaro – Fossa olímpica double



Triatlo (3 atletas)
Diogo Sclebin
Pâmella Oliveira
Reinaldo Colucci



Vela (9 atletas)
Adriana Kostiw – Laser Radial
Ana Barbachan – 470
Bruno Fontes – Laser Standard
Bruno Prada – Star
Fernanda Oliveira – 470
Jorge Zarif – Finn
Patrícia Freitas – RS:X
Ricardo Winicki – RS:X
Robert Scheidt – Star



Vôlei (24 atletas)
Seleções ainda não convocadas



Vôlei de Praia (8 atletas)
Alison
Emanuel
Juliana
Larissa
Maria Elisa
Pedro Cunha
Ricardo
Talita


Em Pequim foram 277 atletas e em Atenas 247.  Em Londres será a segunda maior delegação da história do Brasil nas Olimpíadas só perdendo para Pequim. Segundo projeção divulgada pelo COB há alguns meses, a expectativa é conseguir 15 medalhas (sem distinção de cor), mesmo número atingido em Pequim.

domingo, 1 de julho de 2012

JUSTIÇA ELEITORAL BRASILEIRA ENVERGONHA O BRASIL

Agora cabe ao eleitor tirar da política os conta sujas, os fichas sujas, começar a fazer uma verdadeira faxina na política. Se é que o eleitor não é corrupto, pois a corrupção parte do próprio eleitor quando se permite as trocas, vendas e outras coisas mais do seu voto. Ele está sendo muito mais corrupto do que o político e merece ter seu título e seus direitos caçados.


 
  Ministro do STE Antonio Dias Toffoli


O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) aceitou na quinta-feira (28), por quatro votos a três, pedido de 14 partidos para anular sentença da própria Corte, que havia barrado das urnas os políticos que tiveram a prestação de contas da campanha de 2010 rejeitada pela Justiça Eleitoral. Com a decisão, os chamados “contas sujas” poderão concorrer às eleições municipais de outubro.



Por maioria, o TSE determinou que a desaprovação das contas “não é impedimento para obter a quitação eleitoral”. Apesar de ter liberado os contas-sujas a disputar as eleições, a Corte enfatizou que, se houver a comprovação de que as quitações foram forjadas pelos candidatos, a contabilidade será considerada “não-prestada”. Neste caso, os concorrentes serão afastados da corrida eleitoral pela Justiça Eleitoral.



A situação dos candidatos com as contas rejeitadas havia começado a ser analisada na última terça-feira (26), mas o julgamento foi interrompido devido a um pedido de vista do ministro Antonio Dias Toffoli (foto).
O magistrado havia pedido mais tempo para apreciar o caso quando o placar estava empatado em três a três. Faltava apenas o voto de Toffoli para que o julgamento fosse concluído. Ontem, o ministro retomou a apreciação do caso e votou pela reconsideração da sentença anterior.



Vale ressaltar que tal ministro foi indicação de políticos de Brasília, justamente parajulgar o pleito. Precisamos acabar que as indicações para as Cortes Brasileiras e sim fazermos eleições para a escolha dos ministros. Eleições para ministros JÁ....


sexta-feira, 15 de junho de 2012

NOVELA "GABRIELA" NA TV GLOBO, SERÁ UM SUCESSO



 Atriz Sonia Braga


Atriz Juliana Paes


Gabriela é uma telenovela brasileira produzida e exibida pela Rede Globo de 14 de abril a 24 de outubro de 1975, às 22h. Escrita por Walter George Durst, adaptada do romance Gabriela, Cravo e Canela, de Jorge Amado, e dirigida por Walter Avancini e Gonzaga Blota, com 132 capítulos. Abordava a seca nordestina e a pacata cidade litorânea de Ilhéus da década de 1920. Foi escolhida pela Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA) como a melhor produção de 1975.

Sinopse

A novela retratava a vida de Gabriela, simples moça do sertão baiano que fora para Ilhéus para fugir da seca nordestina. Moça sofrida, porém muito alegre, seduzia os homens; a novela mostrava o amor de Gabriela com um estrangeiro que não aceitava seu comportamento, ora ingênuo, ora loucamente sensual. Gabriela era uma cabocla (filha de índia com branco) brigona e ousada, que andava descalça e com vestidos extremamente curtos, e muito trabalhadora.

Elenco

Participações especiais

Outras participações

Trilha sonora

  1. "Coração Ateu" - Maria Bethânia
  2. "Guitarra Baiana" - Moraes Moreira
  3. "Alegre Menina" - Djavan
  4. "Quero Ver Subir, Quero Ver Descer" - Wálter Queiróz
  5. "Horas" - Quarteto Em Cy
  6. "São Jorge dos Ilhéus" - Alceu Valença
  7. "Modinha Para Gabriela" - Gal Costa
  8. "Filho da Bahia" - Fafá de Belém
  9. "Caravana" - Geraldo Azevedo
  10. "Porto" - MPB4
  11. "Retirada" - Elomar
  12. "Doces Olheiras" - João Bosco
  13. "Adeus" - Walker

Trilha sonora complementar: Uma Noite no Bataclan

  1. "A Volta do Boêmio" - Nelson Gonçalves
  2. "Malagueña" - Los Índios
  3. "Vingança" - Linda Batista
  4. "Siboney" - Orquestra Serenata Tropical
  5. "Bigorrilho" - Jorge Veiga
  6. "Mano a Mano" - Carlos Lombardi
  7. "O Meu Boi Morreu" - Cravo & Canela
  8. "Bar da Noite" - Nora Ney
  9. "Historia de Un Amor" - Pepe Avila y Los Bronces
  10. "Castigo" - Roberto Luna
  11. "Mambo Jambo" - Perez Prado
  12. "Tortura de Amor" - Waldick Soriano
  13. "Perfume de Gardênia" - Bienvenido Granda
  14. "Jura" - Altamiro Carrilho



Curiosidades


  • Gabriela foi reapresentada no Brasil em quatro ocasiões:
    • de janeiro a maio de 1979, às 22h;
    • em 1980, num compacto de 90 minutos no "Festival 15 Anos";
    • em junho de 1982, às 22h15, compactada em 12 capítulos;
    • de 24 de outubro de 1988 a 24 fevereiro de 1989, às 13h30, na sessão Vale a Pena Ver de Novo, em 90 capítulos.
  • A novela foi lançada quando a Globo comemorava dez anos de existência e cinco anos de liderança nacional.
  • O ator inicialmente pensado para viver Nacib foi Jardel Filho.
  • A atriz Ana Maria Magalhães, que também participou da novela, foi cogitada para o papel principal, por ser bem mais morena do que Sonia Braga, que usava tintura para o bronzeamento da pele conforme noticiado nas revistas da época.
  • A sequência em que Gabriela sobe no telhado para pegar uma pipa entrou para a história da televisão.
  • Foi a primeira atuação em novelas das atrizes Elizabeth Savalla e Natália do Valle.
  • Sonia Braga foi elevada à categoria de estrela depois da sua atuação como "Gabriela".
  • O nome de Sônia Braga só era creditado em quarto lugar depois de Paulo Gracindo, Armando Bogus e José Wilker.
  • O artista plástico Aldemir Martins, que ilustrara os livros de Jorge Amado, foi o responsável pela abertura da novela.
  • Foi a primeira novela da Globo a ser exibida em Portugal, na RTP.
    • Foi um grande sucesso em 1977 e seria repetida mais algumas vezes pela RTP.
    • Jayme Barcellos foi convidado para o Carnaval da Mealhada, em Portugal.
    • A novela foi repetida na SIC (primeira televisão privada portuguesa) em 2004, às 16:45.
  • O sucesso da telenovela no Brasil e no exterior foi o estopim para a produção do filme, protagonizado por Sônia Braga e Marcello Mastroianni e dirigido por Bruno Barreto.
  • Elizabeth Savalla recebeu da Associação Paulista dos Críticos de Arte o prêmio de Melhor Revelação da Televisão de 1975, por sua interpretação de Malvina Tavares.
  • Única novela do extinto horário das 22:00 a ser reprisada no Vale a Pena Ver de Novo.

Remake

Um remake da telenovela está confirmado para 18 de junho de 2012, sob autoria de Walcyr Carrasco e direção de Mauro Mendonça Filho e com Juliana Paes interpretando a personagem-título, que será exibida no horário das onze horas, sendo a segunda telenovela "das onze" a ser exibida pela emissora, iniciada com O Astro.



quinta-feira, 7 de junho de 2012

OAB 2012 APROVA 32 MIL BACHARÉIS EM DIREITO NO PAÍS


A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) divulgou, nesta quinta-feira (7), o resultado preliminar da primeira fase do VII Exame de Ordem. Faça o download do arquivo em pdf. Mais de 32 mil dos 111.909 inscritos foram aprovados para a segunda fase do exame, que será realizada no dia 8 de julho, o que representa 28,7% dos candidatos. O candidato que quiser apresentar recurso contra o seu resultado na prova da primeira fase tem até as 12h deste domingo (10) para fazer no site da FGV Projetos. O resultado final dos aprovados na prova objetiva será divulgado no dia  21 de junho, quando também é publicado o gabarito oficial.


SAIBA MAIS SOBRE O EXAME DA OAB

O que diz a lei:
O Exame da OAB se baseia no artigo 5º parágrafo XIII da Constituição Federal: "XIII - é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer"; e no Estatuto da Advocacia (lei 8.906/94): "Art. 3º O exercício da atividade de advocacia no território brasileiro e a denominação de advogado são privativos dos inscritos na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB)"

Quem deve participar
Todo bacharel de direito precisa fazer o exame para poder exercer a profissão de advogado
Quantas provas são feitas por ano?
São três edições por ano e o candidato que não for aprovado pode fazer a edição seguinte
Como é a prova?
A prova é dividida em duas fases. A primeira fase é composta de 80 questões de múltipla escolha. Quem acertar o mínimo de 40 questões passa para a segunda fase. Na segunda fase o candidato precisa redigir uma peça processual e responder a quatro questões, sob a forma de situações-problema, compreendendo as seguintes áreas de opção do bacharel, indicada no momento da inscrição: Direito Administrativo, Direito Civil, Direito Constitucional, Direito do Trabalho, Direito Empresarial, Direito Penal ou Direito Tributário.
Quanto custa a taxa de inscrição?
O candidato paga R$ 200 para fazer o exame



A prova da primeira fase, chamada de prova objetiva, teve 80 questões de múltipla escolha que, segundo o edital, envolveram as disciplinas profissionalizantes obrigatórias e integrantes do currículo mínimo do curso de Direito, além de Direitos Humanos, Código do Consumidor, Estatuto da Criança e do Adolescente, Direito Ambiental, Direito Internacional e o Estatuto da Advocacia da OAB. Era preciso acertar o mínimo de 40 questões para passar para a fase seguinte do Exame da OAB. Na segunda fase, o candidato terá de redigir uma peça processual e responder a quatro questões sob a forma de situações-problema. A aprovação no exame é requisito necessário para a inscrição nos quadros da OAB como advogado. O resultado preiliminar do exame será divulgado no dia 27 de julho. O resultado final, após os recursos, será em 14 de agosto

terça-feira, 5 de junho de 2012

JUSTIÇA FEDERAL DO CEARÁ PROMOVE EVENTO DE DIREITO INTERNACIONAL


O Curso de Atualização em Direito Internacional, realizado entre os dias 15 e 16 de março de 2012, na sede da JFCE, trouxe aos participantes momentos de significativa reflexão sobre o tráfico de seres humanos, a reforma do CPC e cooperação internacional. A força normativa dos tratados internacionais de direitos humanos na ordem constitucional brasileira também contribuiu para calorosa discussão no Evento promovido pela ESMAFE-CE com apoio da JFCE.



Mesa solene de abertura



Nos oito painéis apresentados por expressivos nomes do Direito em nosso País, o Curso também discutiu as ações implementadas no Brasil no combate ao tráfico de seres humanos, sobretudo de mulheres para fins de exploração sexual. A Juíza Federal Cíntia Brunetta contextualizou o tema falando sobre os objetivos específicos sobre projeto desenvolvido pelo Centro Internacional para o Desenvolvimento de Políticas Migratórias (ICMPD).





Juiz Federal Marcos Vinicius Rebouças – primeiro palestrante com o tema “A força normativa dos tratados internacionais de direitos humanos na ordem constitucional brasileira”








Juíza Federal Cíntia Brunetta, que falou sobre Tráfico de Seres Humanos O ICMPD é uma organização que nasceu em 1993 por iniciativa da Áustria e Suíça com o objetivo de prestar assistência técnica em matéria de migração e asilo. No Brasil, o projeto promove mecanismos de intercâmbio entre os governos, institutos de pesquisa, organizações internacionais e sociedade civil na prevenção e resposta ao tráfico de pessoas.



O TRÁFICO HUMANO NO MUNDO

Ainda sobre o tema “Tráfico de Seres Humanos”, Andréia Costa, Coordenadora Estadual do Núcleo de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas do Estado do Ceará – NETP/CE identificou dimensões alarmantes: são 2,5 milhões de vítimas por ano, com exploração sexual de 66% de mulheres adultas e 13% de meninas e uma lucratividade em torno de US$ 31.6 bilhões/ano. Cada vítima “rende” em torno de US$ 30 mil/ano.




Professora Andréia Costa discorreu também sobre Tráfico de Seres Humanos




Em conexão com o tema sobre tráfico humano, a Advogada da União Karla Simões falou sobre a atuação da Advocacia Geral da União no cumprimento da Convenção de Haia no que se refere ao seqüestro internacional de crianças. Para tanto a Advogada da União falou sobre o Decreto nº 3.413, de 14 de abril de 2000, que promulga a Convenção sobre os Aspectos Civis do Seqüestro Internacional de Crianças, concluída na cidade de Haia, em 25 de outubro de 1980.




A Cooperação Jurídica Internacional

A relevância do tema “Cooperação Judiciária Internacional” apresentado durante o evento pela Juíza Federal Germana de Oliveira Morais, se deu em face do diagnóstico do aumento de demandas judiciais transnacionais, em diversos campos do Direito, como por exemplo, no âmbito Direito criminal, os delitos transnacionais, tais o tráfico de pessoas e alguns crimes de cibernética; no domínio do direito ecológico e da tutela ambiental; no campo do direito de família, diante de causas, como pedido de alimentos, que envolvem interesses de brasileiros e de estrangeiros,dentre outras.



Para a professora doutora Germana Morais, os magistrados e as magistradas, nas diversas instâncias, se deparam com dificuldades de cumprimento de cartas rogatórias e mesmo de comunicações outras com os sistemas judiciais de outros países. Verifica-se, assim, a necessidade de atualização das normas, bem como de detecção e de intercâmbio das boas práticas que já se efetivam, no que diz respeito à cooperação judiciária internacional, entre o Brasil e os países dos cinco continentes.





Momentos do Evento:



Professor Doutor Paulo Henrique Portela. Tema abordado: “Intervenção Humanitária”.




Advogada da União Karla Simões falou sobre “A atuação da AGU no cumprimento da Convenção de Haia no que se refere ao seqüestro internacional de crianças.”




Professora Doutora Nádia de Araújo (PUC/RJ), falou sobre “A reforma do CPC e a Cooperação Internacional”.






Professor Doutor Ricardo Perlingeiro (UFF) discorreu sobre “A cooperação jurídica internacional entre o novo CPC e o Código Modelo Ibero-Americano”.




 

Professor Doutor Wagner Menezes (USP) falou sobre a “Cooperação Jurídica Internacional e mecanismos de implementação de decisões de caráter internacional”.





Professora Doutora Andréa Pachá (UNESA), Professora Doutora e Juíza Federal Germana Morais, Procuradora da República Nilce Cunha, Juíza Federal Cíntia Brunetta e a professora doutora Andréia Costa (SEJUS).




Momentos de Interação:

Fonte: JFCE Direito Internacional 2012


Alccy Marthins